terça-feira, 20 de junho de 2017

Slightly Magic


Nome: Slightly Magic
Editora: Code Masters
Autor: Astonishing Animations
Ano de lançamento: 1991
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston
Número de jogadores: 1

Slightly Magic é uma maravilhosa aventura, bem ao jeito da saga Dizzy, e que nos remete para o mundo da magia e também para o universo de Lewis Carroll e da Alice. E o espanto ainda é maior quando se verifica que saiu quando o Spectrum já estava a definhar e os jogos já perdiam qualidade a uma velocidade galopante, mesmo aqueles lançados pelas grandes editoras, que preferiam já não investir nos 8 bits. E tudo por menos de 3 libras, pois estamos perante um jogo da categoria budget.

Assumimos aqui a pele do sobrinho de um mágico que teve que abandonar o castelo à pressa, deixando-o no caos, e a quem cabe agora a tarefa de salvar a princesa Croak. Para isso temos que começar por descobrir a varinha mágica e o livro de mágica, para podermos activar os feitiços. Doutra forma pouco conseguiremos avançar no jogo.


Sendo um típico jogo de aventura, a destreza nos dedos pouco conta, embora existam alguns pontos que exigem alguma precisão e timing correto de salto. Mas acima de tudo o que é necessário é muito pensamento lateral e perspicácia, pois se alguns dos objectos são bastante óbvios quanto ao local onde devem ser utilizados, para outros só lá vamos através de muita tentativa e erro.

Apesar de Slightly Magic ter o equivalente a cinco diferentes níveis, o laboratório do mágico, as catacumbas, o lago, a floresta e a masmorra do dragão, aos quais apenas podemos ir acedendo depois de cumpridas todas as tarefas em cada um deles, não existem muitos ecrãs, facilitando-nos um pouco a tarefa sobre qual o local onde poderemos utilizar cada objecto.


Por outro lado, alguns dos feitiços permitem aceder a outros pontos do cenário. Assim, podemos transformar-nos num peixe, única forma de podermos andar no lago, podemos voar para alcançar lugares aparentemente intangíveis e podemos também tornar-nos invisíveis (mais uma vez a remeter para o universo de Lewis Carroll), de modo a obter alguns objectos fundamentais para podermos cumprir com a nossa missão.

Os gráficos, estilo cartoon, hiper coloridos, embora não evitando um pouco de colour clash, são do melhor que já se viu na Code Masters, e a música tem o selo de qualidade de Allister Brimble, responsável por The Spectrum Works (cd que acompanhava o livro A Visual Compendium). Além disso, o jogo está muito bem implementado, contribuindo para uma experiência bastante satisfatória e viciante.

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