sexta-feira, 18 de maio de 2018

Quahappy


Nome: Quahappy
Editora: NA
Autor: Jaime Grilo
Ano de lançamento: 2018
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48/128K
Número de jogadores: 1

O programador nacional Jaime Grilo lançou há uns dias um dos muitos jogos que está presentemente a desenvolver, Quahappy. E este tem contornos diferentes dos anteriores, apesar de ter sido criado através do Arcade Games Designer, ferramenta na qual está a tornar-se mestre, ao mesmo tempo contribuindo para que esta seja cada vez mais poderosa. Assim, em vez de um platformer puro, o que Quahappy oferece é uma aventura labiríntica, fazendo-nos lembrar Sorceress.

Mas ainda antes de começarmos o jogo somos presenteados com um belíssimo loading screen, da autoria de Andy Green, pois claro, um dos melhores designers da actualidade. Não podemos deixar de sentir um arrepio na espinha com este écrã, que dá o mote para o que se segue.

A personagem por nós assumida é Dauntless Andy. É assim chamado porque aceita qualquer desafio, por mais perigoso que seja, sempre com um sorriso na cara. E foi agora desafiado por um amigo (da onça) a penetrar numa estranha mansão e recolher as trinta valiosas moedas que por lá se escondem. Mas assim que entra, a porta da mansão fecha-se, e cabe a nós fazer com que Andy consiga sair em segurança, encontrando as chaves que abrem as várias portas, e com todas as moedas.

Quahappy é também bastante mais extenso que outros jogos do Jaime (se conseguirem terminar o jogo em menos de uma hora, estão de parabéns). Pelo facto da mansão ser um enorme labirinto de cinquenta e seis salas, com portas que apenas se abrem depois de recolhidas certas chaves, faz com que a nossa primeira missão seja mesmo mapear a mansão. Doutra forma andaremos perdidos de um lado para o outro, com imensos inimigos a evitar, pelo que o caminho mais curto que fizermos para alcançar as chaves e moedas será sempre o melhor.

Mas além dos muitos inimigos que povoam a mansão, alguns com movimentos pouco previsíveis, o autor fez mais uma maldade. Colocou algumas moedas falsas, e que apenas por tentativa e erro conseguiremos identificar. Por vezes torna-se frustrante perdermos n vidas para tentar alcançar uma moeda, apenas para chegarmos à conclusão que é falsa. Mas quem disse que a vida era simples...


Além disso, para dificultar ainda mais a nossa missão, a chave que permite sair da mansão (a main key), apenas se torna visível depois de apanharmos todas as letras que compõem a palavra "MAIN DOOR KEY". É assim garantia que terão que correr todas as salas várias vezes até darem com a última das chaves.

Quanto aos inimigos e obstáculos, estes incluem os guardiões da mansão e que estão presentes em quase todas as salas, caveiras, espíritos que se podem tornar invisíveis, além de muitos obstáculos mortais, como prensas, picos e vigas eléctricas. Assim, as nove vidas dadas inicialmente são poucas, muito poucas para a enorme tarefa que temos em mãos.


Mesmo tendo em conta que o jogo está bem implementado e que Jaime trabalha cada vez melhor com o AGD, não gostámos tanto deste jogo como dos anteriores. Talvez porque o género de labirintos não seja totalmente do nosso agrado, mas o que notámos é que ao final de algum tempo o jogo se torna um pouco repetitivo, diminuindo a sua longevidade.

Os sprites são bastante coloridos, provocando inevitavelmente algum colour clash, e a música do menu inicial é excelente. Já durante o jogo, a música, mesmo sendo sinistra e muito adequada ao tema de Quahappy, pode tornar-se repetitiva ao final de algum tempo.

A versão inicial tinha também algumas (poucas) arestas por limar, nomeadamente o facto de por vezes entrarmos numa nova sala e morrermos imediatamente sem termos tempo de nos movimentarmos. Entretanto o programador já corrigiu esta situação, pelo que quem tinha ido descarregar a primeira versão, deverá agora fazer a actualização.

Poderão aqui vir buscar estes e os restantes jogos do Jaime Grilo.

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