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sábado, 30 de junho de 2018

The Spectrum Show: episode 74


Fim-de-semana recheado de novidade. Paul Jenkinson, tal como é costume no final de cada mês, lançou o episódio 74 da popular série The Spectrum Show. Contém as rubricas habituais, destacando-se a review de R-Type.

Casanova / Pizza e Pasta


Nome: Casanova / Pizza e Pasta
Editora: Topo Siglo XXI
Autor: Javier Cano, José Carlos Arboiro Pinel, Alfonso Fernández Borro
Ano de lançamento: 1988/1989/2018
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Continuando na senda da reedição de antigos jogos da Topo Soft, em alguns casos finalizando-os e/ou corrigindo bugs que os impediam de ser terminados, mas também de novos jogos, como foi o caso de Topo Mix Game, é agora lançado Casanova. E tal como aconteceu com os restantes jogos lançados pela Team / Topo Siglo XXI, também este jogo teve direito a tradução para português por Planeta Sinclair. Além disso, quem adquirir a versão física do jogo, tem direito a um bónus no lado B: a versão beta de Casanova, realizada um ano antes, mas que continha alguns bugs, depois corrigidos na versão definitiva de 1989. Vale então a pena contar a história deste jogo...

Assim, no final de 1987 / início de 1988,  Alfonso Fernández Borro (aka Borrocop) chegou à Topo Soft. Tendo os seus trabalhos gráficos impressionado essa editora, colocaram-no em contacto com Jose Carlos Pinel, que tinha sido o responsável por "Ramon Rodriguez", na altura através da Erbe Software. Embora os gráficos de Casanova tenham inicialmente passado por Julio Erro, este não deu continuidade ao projecto, passando então para as mãos de Borrocop. No entanto, por vários motivos, Casanova (na altura ainda chamado de Pizza e Pasta), não foi lançado, tendo depois a Topo Soft cedido a distribuição à Iber Software. Entretanto, Borrocop conseguiu recuperar o programa original, que era uma versão beta sem música, diminuiu-lhe o nível de dificuldade (o original era praticamente injogável), sendo agora lançado na colecção do trigésimo aniversário da Topo Soft, como um extra ao lançamento de Casanova.


Relativamente a Casanova, Pizza e Pasta tem também outras pequenas diferenças. Assim, além do duplo ecrã de carregamento, tendo um deles sido agora criado por Borrocop, alguns personagens são diferentes relativamente à versão definitiva e o nosso galante herói lança agora notas musicais (fatais para os seus inimigos), em vez de disparar tiros. Tudo o resto mantém-se igual à versão definitiva, no entanto não deixa de ser notável trinta anos depois termos acesso a uma versão que nunca antes tinha sido lançada e que permanecia como MIA (Missing in Action).

Ressalva-se aqui o facto de esta versão de Pizza e Pasta não estar (nem vir a ser no futuro) traduzida, mantendo-se fiel ao original.


E chegamos então a esta versão de Casanova de 1989, agora relançada em 2018. Como poderão verificar ao carregarem o jogo, o ecrã de carregamento é desde logo diferente da versão beta, conforme poderão comprovar aqui ao lado. Mas quer seja o original, quer seja o novo criado por Borrocop, são verdadeiras obras de arte e que realçam um dos pontos fortes deste jogo, que são os cenários e gráficos criados, como iremos ver mais à frente.

A acção de Casanova passa-se em Veneza, naturalmente. Corre na cidade um boato que Casanova regressou, tendo até sido avistado por alguns habitantes. E a fama precede-o, tendo as mulheres ficado em histeria, na esperança de receberem o seu chamado. Mas este verdadeiro Don Juan apenas aparece ao anoitecer e é aqui que entramos nós.

Na pele de Casanova e ao longo de três níveis, temos que apanhar todas as máscaras espalhadas pelos cenários. Só depois poderão apanhar a gôndola que medeia cada um dos níveis e avançar para o seguinte. O primeiro e segundo nível decorre nos palácios e ruas de Veneza, sendo retratado em belíssimos cenários, com alguns dos melhores gráficos que vimos para o Spectrum e que nem o natural colour clash lhe retira brilho.


Mas a tarefa é muito árdua, fazendo jus aos jogos espanhóis, que normalmente impõem um nível de dificuldade muitíssimo alto, tornando-se mesmo frustrante em alguns casos. E Casanova sofre um pouco desse mal, pois desde o ecrã inicial que somos logo fustigados pelos muito inimigos que não se enamoraram pelos encantos de Casanova. E estes aparecem na pele de donzelas de meia-idade, piratas, malabaristas, entre outros, e que além disso nos tentam atingir com tudo o que têm à mão. O mínimo toque é fatal, e de cada vez que perdemos uma vida voltamos ao início desse nível.

Depois, temos também um tempo limite para recolher as máscaras. O tempo é representado por uma barra de energia que vai diminuindo à medida que o tempo passa, quando chega ao fim, perde-se mais uma vida e volta-se ao início do nível.


Mas Casanova não se encontra desarmado. Pode lançar sobre os seus inimigos notas musicais, que os eliminam. O problema é que estas também são em número limitado. No entanto, em alguns cenários, um pássaro deixa alguns presentes, permitindo repor os nossos stocks de energia e notas musicais. Aliás, é fundamental sabermos quais os quadros onde o pássaro aparece, pois só repondo os stocks regularmente conseguirão terminar o nível sem perder vidas.

Se conseguirem terminar os dois primeiros níveis, o terceiro já decorre num ambiente diferente. Assim, em vez dos palácios e canais de Veneza, entram agora num barco de piratas. No entanto o objectivo é o mesmo, recolher todas as máscaras e subir ao mastro, onde poderão demonstrar que são um autêntico perigo público, para as mulheres, obviamente.


O excessivo grau de dificuldade é o factor que menos gostámos neste jogo. Termos que lutar contra uma multidão de inimigos, ao mesmo tempo ter em conta o tempo/energia disponíveis, e ainda procurar pelas máscaras, que muitas vezes estão em pontos de difícil acesso e que só após muita tentativa e erro é que conseguiremos descobrir a forma de a elas aceder, irá fazer com que muito jogador fique frustrado e não avance no jogo. E o que é uma pena, pois apesar de Casanova não ter uma curva de dificuldade crescente, a experiência fará com que aos poucos consigamos perceber onde os inimigos vão aparecer e como lidar com eles, assim como recolher as máscaras da forma mais célere.

Este é daqueles jogos que efectivamente compensa ser perseverante, nem que seja para ver até ao fim os belíssimos cenários criados.

Casanova poderá aqui ser descarregado. A versão física portuguesa (e mais tarde as inglesas e espanhola) poderão também ser adquiridas, tendo todas como bónus no lado B Pizza e Pasta, que nem que seja apenas por isso, valerá a sua aquisição.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Gem Slider


Nome: Gem Slider
Editora: NA
Autor: Noniewicz
Ano de lançamento: 2018
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1

Do Leste chega mais um curioso puzzle que descobrimos na página do Speccy.pl. Como está tudo em polaco e não é uma língua que dominemos (muito pelo contrário), é-nos sempre complicado tentar traduzir informações simples como o nome do autor, a editora, características, etc.. Felizmente que o jogo encontra-se depois em inglês, facilitando a nossa tarefa, doutra forma nem conseguiríamos descobrir os objectivos.

Em Gem Slider é-nos apresentado um tabuleiro com peças de várias cores, sendo o objectivo ficar sem estas. Para isso teremos que as ir juntando cinco a cinco (ou mais), quer seja vertical, horizontal ou diagonalmente. Quando isso acontece, estas desaparecem do tabuleiro. No entanto, o problema é conseguir juntar as cinco, pois de cada vez que mexemos uma peça no tabuleiro (a peça pode ir para qualquer outro ponto desde que o caminho esteja desimpedido), se não completarmos um conjunto de cinco, são acrescentadas mais três peças num ponto aleatório do tabuleiro, muitas vezes estragando um conjunto que estejamos a fazer ou impedindo o caminho.


As três peças que são acrescentadas ao tabuleiro são visíveis previamente (junto à caixa "next"), permitindo-nos delinear a melhor estratégia. Mas não pensem que mesmo com esta ajuda é fácil, pois rapidamente começam a ficar com o tabuleiro cheio de peças inúteis e sem possibilidade de movimentarem as que necessitam.

O puzzle tem dois níveis. O primeiro, mais fácil, incluí as peças brancas que permite fazer sequência com as restantes. Quer isso dizer que poderemos ter quatro peças vermelhas, se lhe juntarmos uma branca, estas desaparecem do tabuleiro. Já o segundo nível não tem esta facilidade, aumentando, e muito, a dificuldade. Aqui, só um expert e com muita sorte conseguirá limpar o tabuleiro.


Como puzzle, Gem Slider está muito interessante. Apenas se lamenta que existam apenas dois níveis, limitando muito a longevidade deste jogo, pois assim que o terminamos, rapidamente passamos a outro jogo. No entanto está bem implementado, com gráficos engraçados, e com a possibilidade, até, de alterarmos a configuração das peças. O modo 128 K incluí música (AY), já no modo 48 K jogamos silenciosamente, o que para um jogo que requer concentração máxima não é uma lacuna.

Resumindo, Gem Slider é um jogo interessante, que vai agradar a todos os puzzlers, e que apenas não obtém uma classificação mais elevada por apenas incluir dois níveis de dificuldade, limitando a sua longevidade.

Quem pretender obter o jogo, poder descarregá-lo aqui.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

49 Jogos Explosivos para o Spectrum (MIA)


Decerto muitos de vós ainda se lembram de ver este livro à venda ou até o poderão ainda ter, mas até agora ainda não foram publicados em formato .tzx todos os jogos presentes na versão portuguesa do livro. Também não é a isso que nos propomos, antes, recorremos mais uma vez ao arquivo de Henrique Oliveira que na sua juventude passou alguns destes type-ins, fazendo-lhes algumas alterações, como de costume, e publicamos alguns dos jogos a que este se dedicou.

Para ter acesso ao jogo, basta apenas carregarem no título. Não são (ainda) a totalidade, mas ainda são alguns e achámos que mereciam um post:





Se os nossos leitores tiverem mais jogos deste livro que nos possam enviar, agradecemos que os façam chegar até nós (basta deixar um comentário e entraremos em contacto convosco) e prometemos publicá-los assim que nos for possível.

DeltaStar Earth Defence para venda em breve


DeltaStar Earth Defence, o novo shoot'em'up de Adrian Cummings, cuja preview já aqui tínhamos dado conta, será lançado no dia 27 de Julho. Quem não conhece este autor, foi o responsável pelo primeiro lançamento físico para o Spectrum Next (Dungeonette), computador que se espera que saia também pelo final de Julho, se não houver imprevistos de última hora.

Mas o melhor de tudo é que Adrian não vai ficar por aqui. Mais para final do ano será lançado Montana Mike. Não existem ainda grandes detalhes deste jogo, mas será que vamos ter aqui o sucessor de Rick Dangerous?

Quem quiser fazer a reserva destes jogos só tem que ir espreitando a página do Adrian.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Revista The Classic Adventurer


Já está disponível o número 2 da revista The Classic Adventurer, indispensável para todos aqueles que gostam de aventuras de texto, mas também para quem ainda não explorou devidamente estes jogos, como é o caso de alguns elementos de Planeta Sinclair.

O aparecimento de mais uma revista dedicada em grande parte ao Spectrum, ainda mais focada num nicho de mercado, mostra o grande dinamismo que a cena tem tido ultimamente. Apenas falta agora uma revista dedicada aos jogos de estratégia, que são os preferidos deste vosso anfitrião.

The Classic Adventurer é gratuito se optarem pela versão PDF, mas também pode ser aquirida a versão impressa. Podem aqui ver os detalhes desta revista, que recomendamos fortemente.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Spectrum Next a entrar na recta final

O Spectrum Next está a entrar na recta final, tendo Henrique Olifiers acabado de divulgar novo update.

Assim, a case está a levar as afinações finais, tendo a primeira fase de injecção de plásticos sido bem-sucedida, como poderão comprovar no vídeo seguinte.


Com a questão da caixa praticamente resolvida, passou-se para o último desafio da produção: a matriz de teclado de três camadas. Para manter a compatibilidade do teclado e do Next com o Spectrum original, a matriz do teclado precisava de ter três camadas (tal como o Spectrum Plus e o Toastrack) para suportar as teclas BREAK, DELETE e as SETAS, sendo necessária uma pressão muito alta. Para resolver esse problema estão a ser experimentadas uma série de soluções, estando-se também muito perto da sua resolução.

Finalmente, o firmware está quase funcional, faltando apenas corrigir 10 dos 55 recursos defeituosos iniciais. Ainda há alguns bugs a serem reportados, mas nada de preocupante.

O que falta agora? Falta a data final para envio, e assim que a questão do ponto de pressão do teclado esteja resolvida (expectativa na primeira semana de Julho), avança-se com essa data.

Mal podemos esperar...

YS Digitape Issue 6 recuperada


E aos poucos começam a ser recuperados as digitapes da Your Sinclair. Depois de termos dado conta do número 10, desta vez foi Michael Bruhn, que ainda recentemente preservou Blam! e David el Gnomo, a disponibilizar o número 6.

A cassete contém três programas:

  • George and the Deadly Meteor de Philip Garkin
  • Supercolour de Simon Crampin
  • Star Cat de Ian Hoare

Poderão aqui descarregá-la.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Blam!


Nome: Blam!
Editora: Control Software
Autor: Damian Scattergood
Ano de lançamento: 1991
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1

De vez em quando vão aparecendo boas surpresas. É o caso deste Blam!, do qual aqui muito recentemente falámos, pois andava muito bem guardado no sótão de alguém. Felizmente que esta pessoa estava sensibilizada para a causa da preservação dos programas do Spectrum e conseguimos assim ter acesso a mais uma pérola.

Desconhece-se mesmo se este jogo chegou alguma vez a entrar no circuito comercial, já que a capa é bastante amadora. Talvez seja apenas uma cópia entregue a revistas para reviews e não tenha depois sido efectivamente lançado, pois em 1991 o Spectrum já estava no final da sua primeira vida e tinha deixado de ser rentável lançar jogos para esta plataforma. Mas o que nos parece é que este jogo teria qualidade suficiente para ser distribuído por alguma das poucas editoras que ainda estavam no mercado nesse ano. Talvez na categoria budget, pois Blam! está muito bem implementado, apenas se lamentando a sua reduzida extensão (apenas três níveis), diminuindo assim a sua longevidade.


No entanto Blam! tem tudo para agradar aos shooters. Muita cor, sprites de tamanho considerável, gráficos e cenários atractivos, velocidade q.b. a exigir reflexos rápidos mas sem se tornar demasiado difícil, não afastando assim aqueles que não têm dedo rápido no gatilho. Damian Scattergood, responsável por meia dúzia de jogos para o Spectrum que atingiram alguma notoriedade, conseguiu aqui fazer um bom trabalho.

O jogo apenas não atinge bitola mais elevada devido à sua pouca profundidade e extensão. Não é de admirar, pois quando Blam! foi criado, os jogos para o Spectrum tinham deixado de ser comercialmente rentáveis e os programadores não tinham capacidade de investir grandes recursos, como acontecia dois/três anos antes, altura em que saíram alguns dos melhores shoot'em'ups, com R-Type à cabeça. Assim, não vão aqui ter os add-ons que se encontravam habitualmente neste tipo de jogos, nem sequer diferentes tipos de armas. Também não têm possibilidade de adquirir mais vidas durante o jogo, tendo apenas as três iniciais para cumprir a tarefa a que se propõem.

A jogabilidade é um dos pontos fortes deste jogo. Apenas conseguem disparar cinco tiros de laser cada vez, pelo que é exigida alguma contenção nos disparos, temporizando os mesmos, mesmo sendo as munições ilimitadas. Mas como os tiros de deslocam com alguma lentidão, e após memorizarem os padrões das vagas inimigas, conseguem desde logo programar os disparos para os pontos onde os inimigos vão aparecer. Mais chato e menos previsível é a nave cruzeiro que aparece no final de cada nível, pois exige que se lhe acerte uma quantidade enorme de tiros, mas com mais ou menos dificuldade também se consegue despachar mais obstáculo. 

É assim uma pena que Blam! só agora tenha aparecido, pois decerto teria feito boa figura em 1991. Mas antes tarde do que nunca, e sendo disponibilizado gratuitamente, há que recuperar o tempo perdido e dar agora cabo da ameaça alienígena que tenta invadir o nosso planeta.

domingo, 24 de junho de 2018

Varina


Nome: Varina
Editora: NA
Autor: Espectroteam
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1


Finalmente estamos em condições de apresentar a review do jogo Varina, da autoria da Espectroteam. Como devem saber, a Espectroteam engloba também os elementos deste blogue, pelo que desta vez iremos abrir uma excepção e fazer a nossa análise sem fazer grandes juízos de valor, muito menos apresentando a habitual tabela com a valorização das variáveis do jogo. Por razões óbvias deixaremos isso ao vosso critério.


De referir que Varina é um dos jogos que vão encontrar na mais recente edição da revista Espectro. Quer isso dizer que não poderão obter o jogo por si só, tendo antes que adquirir a revista para terem direito à cassete, e que também contém outros três jogos, todos da autoria do famoso programador brasileiro Einar Saukas. Mas disso tudo já aqui falámos, pelo que não nos iremos maçar-vos repetindo as mesmas coisas.


Varina é então o remake de Ravina, jogo celebrizado pela dupla Marco & Tito em 1985 e que saiu, como um type-in, na revista Mini Micro's número 13. Na altura o programa foi concebido em Basic e continha apenas um nível, sendo o objectivo passar as pessoas para o outro lado da ravina. Pegando nessa ideia, foi feita uma completa remodelação do jogo. Não só foi agora escrito em Boriel ZX Basic, como foram acrescentados dez níveis. Mas como se não fosse pouco, foi construído um guião muito completo (e com muito humor, apenas para maiores de 18 anos), onde passo a passo se vai construindo a história e os objectivos de cada um dos níveis, tal e qual como se de uma banda desenhada se tratasse. Obviamente que não iremos desvendar a história toda, mas fica aqui um pequeno "cheirinho" do que vão encontrar e das aventuras que a nossa heroína Gina (o nome não é inocente) vai passar para conquistar o coração do seu amado, Libório.


Cada um dos dez níveis apresenta uma grande diversidade de tarefas, com muitos inimigos e maldades pelo meio, locais que apenas se tornam visíveis após obterem certos objectos, e outras acções menos óbvias, tal e qual como se de uma verdadeira arcade adventure se tratasse. Os próprios títulos de cada um dos níveis desde logo deixam adivinhar aquilo que vão encontrar:


1. A Ravina
2. Aracnofobia
3. Polvo à Lagareiro
4. As Gaivotas Assassinas da Cornualha
5. Granizado de Tang Laranja
6. Caça às Baleias
7. Sopa de Cação
8. O Canhão da Nazaré
9. Tempestade Perfeita
                                      10. Against All Odds


Mas se pensam que quando completarem os dez níveis a vossa tarefa terminou, estão muito enganados. As maldades não acabam por ai, e antes de chegarem aos ecrãs finais, que desde logo revelam uma grande surpresa e fazem inveja a muito blockbuster dos anos 80, terão que suar mais um pouco. Ou bastante...


Um dos aspectos que gostaríamos de realçar em Varina, e sem querer puxar a brasa à nossa sardinha (da Nazaré), é a jogabilidade. De facto, enquanto fomos testando e afinando o jogo, obviamente correndo os mesmos níveis vezes sem conta, nem por um momento nos sentimos entediados ou algo que se pareça. E isto está relacionado com este factor da jogabilidade, que contribuí para que se passe uns momentos bastante divertidos a ler a história e a tentar fazer com que a Gina ganhe o coração do seu amado e perca algo mais...

Também os gráficos sofreram uma grande remodelação relativamente ao original. Foram acrescentados novos sprites, correspondendo aos muitos inimigos que vão encontrar. Tubarões, polvos, aranhas, baleias, de tudo um pouco vão aqui encontrar, sempre numa temática bastante divertida. E um dos níveis, Tempestade Perfeita, terá uma atracção especial, como poderão ver (ou talvez não), com os vossos próprios olhos.


Varina é assim um jogo que poderão (e deverão) adquirir, juntamente com a revista Espectro. É a certeza de que estarão a ajudar-nos, para continuarmos a trabalhar para colocar novos produtos no mercado e para terem a certeza que este capítulo da Gina não se encerra por aqui.

sábado, 23 de junho de 2018

Blam! preservado


Michael Bruhn tem vindo a recuperar uma série de jogos há muito dados como perdido ou mesmo praticamente desconhecidos, como é o caso deste BLAM! de 1991, curioso shoot'em'up, com gráficos bastante decentes, mesmo naão sendo a rapidez o seu ponto forte. Mas sem dúvida que vos vai fazer passar uma boas horas bem passadas.

Encontra-se agora preservado e aconselha-se a virem aqui espreitar, em especial os shooters.

Astor Gamão (MIA)



Astor Gamão é o primeiro jogo recuperado da Astor, de uma grande remessa que o Vasco Gonçalves nos fez chegar. Assim, aos poucos temos vindo a recuperar o enorme catálogo desta editora, que apenas tem três títulos disponíveis no World of Spectrum. E o título deste programa não engana ninguém, pois estamos perante o popular jogo de tabuleiro gamão, neste caso podendo ser jogado (apenas) a dois, o que não deixa de ser uma pena.

Nos próximo tempos iremos continuar a disponibilizar títulos pelos quais temos predileção, isto é, os lançados pela Astor Software e Timex. Mantenham-se assim atentos, pois vão ser revelados mais alguns segredos...

Poderão aqui descarregar Astor Gamão.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

SQIJ com lançamento físico


Lembram-se de SQIJ!, o injogável título lançado pela Power House em 1987 e que deu no início do ano a um muito decente remake, cuja review tivemos o prazer de fazer (pode aqui ser vista)? Pois, não satisfeito com isso, o seu autor, Søren Borgquist, resolveu agora fazer uma versão expandida, com mais 16 ecrãs e alguma aleatoriedade na disposição inicial de alguns dos itens, fazendo com que todos os jogos sejam sempre diferentes do anterior.

A Psytronk pegou então na ideia e resolveu lançar a versão física e exclusiva do jogo em cassete, ao preço de £ 6.99. Quem a quiser adquirir para a sua colecção, basta aqui vir.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Remake de Manic Miner em desenvolvimento


E era inevitável que uma competição como a ZX-Dev-MIA-Remakes viesse a originar a reconstrução de alguns dos mais famosos jogos do Sepctrum. Assim, o primeiro jogo dessa competição foi já anunciado e trata-se, nada mais nada menos, do que Manic Miner.

Pois é, Cristian M. Gonzalez, que ainda recentemente participou em Gandalf, está a dar ropuagem nova a este clássico. Para já está a utilizar o motor Nirvana Multicolor e o AY sound, esperando-se assim uma versão muito colorida de Manic Miner, como aliás já é perfeitamente perceptível no primeiro nível.

O jogo ainda está na primeira fase, portanto não esperem grandes novidades nos próximos tempos, até porque a competição apenas termina em Março de 2019.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

YS Digitape Issue 10 (MIA)


Recentemente chegou-nos num lote de Inglaterra mais um MIA, neste caso uma cassete que a revista Your Sinclair vendia apenas por mail order. Ou seja, estas não eram as vulgares cassetes que acompanhavam a revista, e que apenas por vezes chegavam a Portugal (a maioria das vezes ficavam retidas na editora).

Esta colecção Digitape era destinada aos mais preguiçosos, que não tinham paciência para teclar as imensas listagens com programas que vinham na revista. Mas a par desses programas, a Your Sinclair acrescentava mais alguns, fazendo com que esta colecção seja uma verdadeira raridade, até porque muito poucos exemplares foram feitos. Não é assim de estranhar que dos 17 títulos da colecção, mais de metade ainda continue sem estar preservado.

Este número 10 incluí a habitual apresentação da revista (screenshot no lado direito), um cheat para o Elite, um editor para esse mesmo jogo que permite mudar as configurações por defeito do nosso personagem e nave (mais uma batota), um editor de som e um pequeno programa que permite alinhar o azimute, incluindo depois um longo ficheiro com o barulho habitual do carregamento das cassetes e que permite alinhar as cabeças do gravador (.wav).

Podem aqui vir buscar esta raridade.