sábado, 29 de dezembro de 2018

Rodman


Nome: Rodman
Editora: The Future Was 8 Bit
Autor: Mick "Misfit" Keranen
Ano de lançamento: 2018
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Em primeiro lugar deixamos já um aviso à navegação: estamos a basear a nossa review na demo fornecida pela editora. Embora contendo apenas dois dos nove ecrãs que estão incluídos na versão final que está a ser comercializada, acreditamos que a mesma reflecte aquilo que será o jogo "inteiro", em termos de jogabilidade, gráficos e som. Perdoem-nos assim por alguma falha decorrente desta situação.

São várias as razões que nos levaram a não adquirir esta cassete (na realidade são três cassetes). por um lado não podemos adquirir tudo aquilo que gostaríamos de ter, pois Planeta Sinclair é um projecto sem qualquer fonte de receitas, que por vezes exige grande esforço em termos financeiros por parte dos seus colaboradores para adquirirem material para disponibilizar pela comunidade (em especial os muitos MIA's que vamos obtendo). Por outro, e por muito que seja uma ideia inovadora, apresentar um jogo em três cassetes, contendo além da versão do Spectrum, outras sete (Amstrad CPC, Atari 8bit, Commodore VIC20,C16,C64, MSX e Oric), mas aumentando o seu preço para uns proibitivos £24.99 + portes, está longe de nos seduzir, por muito bom que o jogo seja.


Quanto ao jogo, estamos aqui perante um clone de Pac-man, apresentando algumas novidades que iremos dar conta. O objectivo é também evidente, o nosso herói, convenientemente chamado de Rodman, deve comer todas as pílulas de cor púrpura, evitando ser apanhado pelos vários inimigos que vagueiam aleatoriamente pelo cenário. Estes têm nomes bastante curiosos e sugestivos (Naughtly Nic, Dirty Tim, Desperate Dave, Spurious Pete, Teflon Timmy), embora ninguém saiba a sua origem.

Em alguns pontos do labirinto encontram-se também pílulas amarelas, residindo aqui a primeira novidade do jogo. Estas não são mais que bombas, que quando apanhadas e depositadas em algum ponto do cenário, deflagram ao final de alguns segundos e varrem tudo à volta: inimigos, outras pílulas e nós, se tivermos a infelicidade de estarmos no seu caminho.


Outra das novidades de Rodman tem a ver com os próprios níveis do jogo. Já referimos que são nove, os ecrãs, ao longo de três níveis. Quer isso dizer que cada um deles possui três cenários diferentes, podendo ser transpostos através das setas amarelas que se encontram nas paredes do labirinto. Logicamente que apenas passamos para o nível seguinte quando já não restam pílulas para serem comidas.

Cada um desses três níveis (jardim, casa e cave) têm também cenários distintos, embora, como seria de se esperar, e dado que estamos perante um clone de Pac-Man, não existam grandes primores gráficos. Muito longe de um Mad Mix Game ou de um Mad Mix 2. No entanto, são perfeitamente funcionais e adequados a um jogo com estas características.


Dois aspectos que gostámos bastante: em primeiro a jogabilidade. É de facto bastante boa, a acção é fluída, estando o nível de dificuldade perfeitamente adequado, sendo difícil q.b., mas não frustrante, tendo o condão de agradar a todo o tipo de jogadores, muito embora por vezes tenhamos algumas dificuldades em entrar à primeira nos corredores.

Em segundo lugar, o som, mesmo que sendo minimalista, é também bastante interessante, e não nos distrai da nossa missão com melodias supérfluas. O que aqui interessa é pensamento rápido (e reflexos, também), e qualquer música, por melhor que seja, iria distrair-nos.

Diríamos que se o jogo tivesse um preço "normal", nem que isso implicasse apenas ter uma cassete para o Spectrum (o que é que nos interessam as outras plataformas?), Rodman teria uma classificação bastante mais elevada. No entanto, nestas condições, e tendo em conta que o rácio custo / benefício é bastante baixo, isso reflectiu-se obviamente na nossa avaliação.

De qualquer forma, não perdem nada em experimentar a demo, e se gostarem mesmo do jogo, poderão sempre vir aqui adquirir.

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