segunda-feira, 20 de maio de 2019

Big Deal


Nome: Big Deal
Editora: NA
Autor: Fahnn
Ano de lançamento: 2019
Género: Estratégia
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Big Deal é uma conversão do velhinho Drugwars, que surgiu para PC (MS DOS) em 1984, obviamente que numa versão bastante mais simplificada, como iremos ver. É também o segundo jogo de Fahnn, depois de nos ter trazido Trine Michelson's Hot Parts, jogo com o qual Big Deal tem muitas semelhanças. E tal como no primeiro, também aqui a temática associada (estupefacientes) é susceptível de chocar muitos puritanos, que se esquecem que isto é apenas ficção e que ninguém se tornará um traficante de droga apenas por experimentar uma simulação de computador.

A ideia de Big Deal é enriquecermos. Para isso temos que ao longo de 30 dias (turnos), comprar e vender oito tipos de drogas. E tudo se passa em apenas três ecrãs. Um primeiro ecrã (foto acima) indica-nos as quantidades de droga e dinheiro que temos em nosso poder, assim como o seu valor de mercado. Logo aqui surge um primeiro detalhe que necessita de futura correcção e que acreditamos que o programador o faça, até porque como o próprio reconhece, ainda existe muito espaço e memória para melhoramentos. É que pelos vistos somos exímios traficantes e conseguimos uma pontuação totalmente inesperada na primeira tentativa (já o diremos como fizemos), não estando o programa preparado para ordens de grandeza tão elevadas ao nível do dinheiro ou droga em carteira (olhando para o ecrã, facilmente percebem o que queremos dizer).


Escolhendo uma das oito opções, surge um segundo ecrã que concede a possibilidade de comprar ou vender droga, em unidades de "1", "10" ou "100". Também aqui existe um pequeno bug, pois nem sempre a opção de comprar ou vender "100" funciona, sendo a alternativa carregar dez vezes na opção "10".

Depois de tratarmos de todas as transacções, o computador diz-nos o que mais de relevante se passou em termos de mercado, isto é quais as drogas que subiram o seu valor, e quais as que desceram, permitindo-nos no dia seguinte comprar ou vender de acordo com a lei da oferta e procura. Pura gestão económica, portanto, e se vem vez de oito tipos de drogas tivéssemos oito tipos de canetas, o efeito seria exactamente o mesmo. Mas não teria tanta piada, reconheça-se...

Finalmente, no final do mês é-nos apresentado o resultado das nossas actividades ilícitas, sob a forma de uma tabela de pontuações. Também aqui a precisar de alguma afinação, como podem ver no ecrã abaixo.


Mas apesar de ser um género de jogo que até achamos uma certa piada, Big Deal tem algumas limitações. Tudo se resume a comprar e vender, sabendo que se aplica a lei oferta e da procura, e portanto é muito fácil de se conseguir enriquecer. Basta comprar quando as drogas estão em baixa e vender quando estão em alta. E a maior lacuna é que não precisamos sequer de estar com atenção aos oito tipos de drogas. Basta pegar apenas na cocaína (a mais cara e que portanto origina maiores lucros), e gastar todo o dinheiro na sua aquisição quando esta está barata, aguardar uns dias para que a droga desapareça do mercado, fazendo o seu preço aumentar, e vender tudo nessa altura. E assim consegue-se obter uma pontuação como a que conseguimos acima (nem a tabela se encontrava preparada para tal número).

Big Deal não é assim um jogo aconselhado a todos. Quem não gosta do género, não lhe irá achar grande piada. por outro lado, estas lacunas fazem com que tivéssemos gostado mais do primeiro jogo de Fahnn, pois detinha maior número de opções e complexidade. Mas tal como o seu autor diz, Big Deal apenas tem 6K, existindo bastante espaço para melhoramentos se esse tiver tempo e disposição para tal (no próprio menu inicial refere que é apenas uma "Demo Version"). Esperemos assim que exista vontade para essas melhorias, até porque é um género que apenas aparece esporadicamente e estamos ávidos deste tipo de jogos.

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