quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Creepy


Nome: Creepy
Editora: NA
Autor:  4z1m0v
Ano de lançamento: 2019
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K

Já há cerca de mês e meio que não tínhamos nenhuma entrada na competição BASIC 2020, patrocinada por Radastan. Mas Azimov achou que estava na altura de criar alguma dinâmica ao evento, pelo que depois de B1n4ry!, o qual bastante apreciámos, colocou novo jogo a concurso, Creepy.

O nome e ecrã de abertura dizem tudo, estamos perante um desafio assustador, mas ao mesmo tempo com um objectivo muito nobre: resgatar um gatinho (quem nos conhece sabe o amor que temos a estes animais). Mas este encontra-se encerrado num castelo mal-assombrado, tendo um fantasma como seu guardião. A tarefa não é fácil, portanto, e Creepy divide-se em três partes distintas, contribuindo para lhe dar um toque de diversidade.

A primeira das tarefas é talvez a que envolve menos riscos, apesar de ser bastante confusa. Somos assim largados a meio da noite numa floresta e temos que encontrar o castelo no meio de um labirinto de trilhos. Sendo de noite, e pelos vistos Lua Nova, o caminho seria feito totalmente às escuras, não tivéssemos connosco uma pequena candeia que alumia uma pequena parcela à nossa volta. Parca ajuda, mas que pelo menos nos permite ver por onde andamos, embora não evite os maus caminhos. À medida que nos vamos aproximando do castelo, este vai aumentando de tamanho no horizonte, até que encontramos a porta de entrada...


Depois de entrarmos, vamos ter a uma sala única (ecrã acima). Nessa encontra-se o gato, mas também o guardião. Teremos assim que conseguir trazer o gato para ao pé de nós, e com ele sair pela mesma porta por onde entrámos. Curiosamente, nesta fase, não reparámos que acontecesse alguma coisa se o guardião nos apanhasse, e até é possível sair do castelo e voltar a entrar, recomeçando o desafio. Será algum bug?

Segue-se então a terceira e última parte, sem dúvida a mais difícil. Saímos então do castelo com o gato e temos agora que voltar ao ponto de partida antes que o sol nasça. Apesar de já haver alguma claridade, permitindo-nos ver o caminho, é apenas nesta parte que temos a exacta noção do labirinto onde nos metemos. E o problema é que existe um tempo muito curto para se conseguir escapar deste local encantado, sendo que o caminho mais directo obviamente não é o correcto. Assim, apenas por tentativa e erro (e algum sentido de orientação) se consegue chegar ao fim.


Obviamente que as limitações do Basic notam-se mais neste tipo de jogos, em que a rapidez de movimentos é factor fundamental para o sucesso. Nos quebra-cabeças, como foi o caso de Dead End, que também entra a concurso em BASIC 2020, as limitações não são tão visíveis. No entanto é de louvar a coragem de Azimov, que mesmo tendo em conta todas estas condicionantes, que à partida não seriam de fácil resolução, criou um desafio engraçado, fazendo lembrar não só os type-ins que saiam em muitas revistas nos anos 80, mas até alguns jogos que apareceram para outras plataformas, como é o caso do Atari 2600.

Vale a pena então dar uma espreitadela a Creepy, sendo um exercício demonstrativo daquilo que se consegue fazer com um simples programa em Basic. Gostámos mais de B1n4ry!, sem dúvida, mas isso também está relacionado com o próprio género de jogo.

 

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