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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

The Goblin


Nome: The Goblin
Editora: NA
Autor: Oscar Llamas
Ano de lançamento: 2022
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1
Memória: 48 / 128 K
Link para descarga: Aqui

Em primeiro lugar queríamos fazer um pedido de desculpas aos nossos leitores, não só pelo atraso no lançamento de algumas reviews, na menor profundidade de outras, mas também porque algumas, infelizmente, não vão ter o espaço merecido em Planeta Sinclair, pelo menos para uma análise mais aprofundada. Já devem ter reparado que ultimamente temos disponibilizado dezenas (centenas) de MIA's. Esta recuperação será sempre o nosso foco, o que não quer dizer que desvalorizemos os novos jogos (e programas). Muito pelo contrário, cá estaremos sempre para os apoiar, e o GOTY 2021 é talvez o caso mais evidente. Mas simplesmente o tempo não dá para tudo e conciliar a vida profissional, com a doméstica, com o Planeta Sinclair, que quer queiramos, quer não, é um hobby, começa a ser muito difícil, ainda mais quando saem mais de 200 jogos novos por ano. Assim, a partir de agora vamos apenas focarmo-nos em alguns, esperando que os nossos leitores e programadores o compreendam. Dito isso, vamos então à análise a The Goblin, o quarto jogo de Hicks, pseudónimo de Oscar Llamas.

Merl, o Goblin, logo no seu primeiro dia de trabalho como carcereiro, deixou escapar os demónios de Morleck (não lhe auguramos futuro auspicioso, pelo menos nesta profissão). Agora vai ter que remediar a asneira, para isso tendo que os trazer de volta à prisão sem que a sua falha seja detectada. Mas Merl não tem grandes armas à sua disposição. O máximo que consegue é ingerir cerveja e produzir vigorosos arrotos, capazes de eliminar os seus inimigos. Em cada uma das seis áreas do jogo (cada área tem vários ecrãs), existe um demónio a ser arrotado, isto é, derrotado (os restantes inimigos, são apenas lacaios, mas que também não deixam de ser perigosos). Depois de em cada ecrã eliminarmos todos os inimigos, para isso havendo um tempo limite (felizmente o programador foi mais condescendente do que nos jogos anteriores), surge um portal no qual deveremos entrar, passando-se então ao nível seguinte.

Esta é a engraçada história de The Goblin. E comparando com os trabalhos anteriores deste programador, podemos dizer que é o mais equilibrado de todos. Se ao nível da mecânica, não existem grandes diferenças (o sistema de colisão parece estar mais afinado), no entanto, a maior lacuna encontra-se agora limada. Referimo-nos ao elevado nível de dificuldade das propostas anteriores, que raiavam o frustrante (em especial em Ninja Poison, que nos levou até a desistir prematuramente do jogo). Neste aspecto, aproxima-se mais de Mabus Mania, que na realidade já era o nosso jogo preferido de Hicks.

The Goblin, por todas as razões, traz-nos também à memória um dos melhores jogos de 2020: Vampire Vengeance. Aposta na mesma fórmula vencedora, o que tem sempre o condão de ser do agrado de todos aqueles que gostam de jogos de arcada e de plataformas. Quem pretender um desafio que instantaneamente cative o jogador, que não o obrigue a pensar muito nem a ler 20 páginas de um manual, entáo o género é o mais indicado. Quando isto é feito com bom-gosto, a implementação é excelente, então tem tudo para cair nas boas graças da comunidade, como nos parece ser aqui o caso.


Graficamente ( musicalmente), The Goblin também se encontra muito bem conseguido, contribuindo para tentarmos sempre ir um pouco mais além. As seis áreas são bastante distintas umas das outras, apresentando também desafios diferentes, mesmo quando os inimigos são os mesmos. Por exemplo, no ecrã acima, o maior obstáculo não é exactamente atingir os inimigos. Estes são normalmente colocados de lado com um ou dois arrotos bem dirigidos. No entanto, após serem atingidos, transformam-se num redemoinho, tendo que ser empurrados para o túmulo. Se este se encontra num ponto de dificil acesso, como é o caso presente, e tendo em conta que apenas se consegue empurrar os redemoinhos (não é possível fazê-los subir as plataformas), rapidamente se percebe que tem que se atingir os inimigos apenas em determinados pontos.

Se por acaso atingimos o inimigo num ponto no qual não se consegue empurrar os seus restos quase-mortais para o túmulo, também existe solução: um novo arroto certeiro liberta-o, transformando-o num demónio que voa aleatoriamente pelo ecrã, tendo então que se voltar a atingi-lo. O problema é que o tempo disponível, nessa altura, já é menor. E para piorar a coisa, no último ecrã de cada área, temos ainda que lidar com o demónio, que surge assim que o último lacaio é eliminado. E esse é um pequeno demónio à solta, de fazer inveja aos Gremlins...

Assim, The Goblin é sem dúvida o melhor jogo de Hicks, que demonstra uma boa progressão e, acima de tudo, ouviu a comunidade, tendo afinado o nível de dificuldade e como consequência aumentando substancialmente a jogabilidade do seu trabalho. 2022 começa muito bem para todos. Bem, para todos, não, Merl está a ter um dia diabólico...

4 comentários:

  1. Me parece muy buena nota,para mi,incluso un diez,hicks tiene que estar contento

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  2. Muchas gracias por el análisis. Un saludo!

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