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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Zooming Secretary


 Nome: Zooming Secretary
Editora: PCNONOGames
Autor: Nono, Igor Errazking, Copy
Ano de lançamento: 2021
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 /128 K
Número de jogadores: 1

Zooming Secretary é a segunda proposta da PCNONOGames na competição ZX-DEV Media & Demakes, depois de Adventures Continue. E a má notícia (esperamos estar enganados), é que por aquilo que lemos no manual que acompanha o jogo, poderá ser o último lançamento para o ZX Spectrum desta editora. Se for verdade, temos imensa pena, pois esta equipa conseguiu quase sempre trazer desafios, que não sendo obras-primas, eram divertidos e tecnicamente competentes. É exactamente o caso de Zooming Secretary, como iremos ver.

Assumimos então o papel de uma jovem e bela secretária, que tem que substituir durante sete dias, uma colega que está de baixa médica. Mas o trabalho é stressante, pois tem que atender todas as chamadas que fazem para o escritório e os telefones não param de tocar. Sempre que um telefone toca, surge um ícone correspondente a um tipo de ficheiro. Para que se possa atender o telefone, temos antes que estar munidos do ficheiro solicitado, sendo que estes se encontram em armários longe dos telefones (como seria de esperar, ou não teríamos sido contratados). Se demorarmos muito tempo a atender a chamada, o telefone desliga-se e temos uma falha na folha de serviços. Quando chegamos à quarta falha, somos inapelavelmente despedidos, sem direito a qualquer tipo de indeminização. Somos colocados no olho da rua, dito por outra forma!  

Mas se apenas tivéssemos que atender os telefones, mesmo que recolhendo o ficheiro correcto, seria simples. O problema é que o escritório tem os empecilhos, isto é, o patrão e os restantes colegas que, de forma inconsciente, deambulam pelos corredores como se não tivessem mais nada para fazer e acabam por atrapalhar as nossas tarefas. Em cada dia, excepto o primeiro, que é apenas o aquecimento, ou estágio, se preferirem, vamos encontrar uma pessoa diferente, cada qual com as características muito próprias (e quase sempre nefastas).

Assim, no segundo dia damos de caras com o patrão, que tal como todos os patrões, só quer é conversa inútil, fazendo-nos perder tempos sempre que damos de caras com ele. No terceiro dia aparece a glutona, que está sempre a comer e de tão gorda que é, impede a nossa passagem pelos corredores. No quarto dia aparece a tagarela, que além de palrar todo o tempo, ainda muda os arquivos nos armários. No quinto dia surge o apaixonado, chato como a potassa. No sexto dia o estudante, sempre carregado com papelada e que nos manda ao chão. E no último dia, o bonitão do escritório, que nos pode ser de grande ajuda. Existe ainda um nível de bónus, no qual somos perseguidos pelos nossos pesadelos. Além do galã, a única ajuda que podemos ter é a da cafeina. Desta forma, se passarmos pela máquina de café, a nossa velocidade aumenta, possibilitando atender mais rapidamente os telefones, mas também sendo mais difícil de controlar os nossos passos.

Zooming Secretary é então um típico jogo de arcada, baseado num outro que apareceu para a NES e mais tarde para a Megadrive. Quem gosta de jogos puros de perícia vai aqui estar nas suas sete quintas. Nós preferirmos jogos com um pouco mais de substracto, no entanto temos que reconhecer, Zooming Secretary é tecnicamente muito competente, a velocidade é estonteante (por vezes demais, até), os gráficos funcionais q.b., e a música stressante, como convém ao trabalho que temos em mãos (apenas no modo 128K).  Provavelmente não será o vencedor da competição, mas de forma alguma deslustra os seus autores.

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