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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Roboprobe/48


Nome: Roboprobe/48
Editora: NA
Autor: Stephen Nichol
Ano de lançamento: 2017
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

E em apenas vinte e quatro horas saem dois novos jogos para o Spectrum. Roboprobe/48 é o segundo deles e apesar de estar alguns furos abaixo de The Treasure of Zedin, ainda assim é um trabalho meritório.

A história é muito simples. Um espião infiltrou-se na estação espacial AZ-101-D1, sabotando os motores e colocando-a em rota de colisão com o Planeta Zircliv 48. Além disso reprogramou um batalhão de droides que defendiam a estação, para destruir todos aqueles que tentem impedir este plano destrutivo. E é aqui que nós entramos. Ao comando de um droide (dos bons), temos que encontrar as cinquenta e cinco peças que permitem reparar os motores da nave espacial.


Estamos então perante um jogo que mistura muita acção com labirinto. É que as peças encontram-se espalhadas pela nave e a nossa missão só acaba quando encontrarmos a última peça (ou antes, se formos destruídos). De cada vez que um droide nos toca, quando somos atingidos por balas disparadas por uma espécie de canhão, ou quando tocamos nos objectos pontiagudos da nave, o nosso droide é danificado. Quando atinge os 100% de estrago, é destruído e a nossa missão acaba ingloriamente.

Mas não se pense que são só obstáculos. É que o nosso droide vem equipado com um laser que destrói tudo o que cruza o seu caminho. Assim, dedo rápido no gatilho (aconselha-se a pressionar continuamente a tecla de fogo) é meio caminho andado para completarmos a missão.


Tal como em The Ship of Doom (recentemente analisado), Roboprobe/48 está muito bem implementado, mas tem um ponto fraco que lhe limita em muito a longevidade. O grau de dificuldade é muito pequeno e rapidamente terminam o jogo (nós acabamo-lo na primeira tentativa). Aliás, no ecrã acima poderão ver o nosso droide prestes a apanhar o último item. Obviamente não iremos dizer o que se segue para não estragar a surpresa...

Para quem quiser experimentar Roboprobe/48, pode descarrega-lo aqui gratuitamente. Vale a pena dar uma espreitadela.

The Adventures of Jane Jelly @ the Treasure of Zedin


Nome: The Adventures of Jane Jelly @ the Treasure of Zedin
Editora: NA
Autor: Jaime Grilo
Ano de lançamento: 2017
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: NA
Número de jogadores: 1

Depois de The Treasure Of Lumos, Jaime Grilo tomou-lhe o gosto e passado pouco tempo volta a lançar uma nova aventura criada com o motor Arcade Game Designer, que consta, terá um upgrade para o Spectrum Next, permitindo melhorar as potencialidades deste excelente programa. E The Treasure of Zedin vai também ter uma sequela, na qual Jaime já está a trabalhar. Só boas notícias, portanto...

Nesta aventura assumimos o papel de Jane Jelly, legítima descendente de outras heroínas pop e dos videojogos dos anos 80, como sejam Samantha Fox e Sabrina Salerno. Para quem não entende a semelhança, basta olhar para a figura da nossa personagem. Um toque de humor que se realça e que traz um aperitivo extra para quem decidir aventurar-se nesta busca de relíquias e de um tesouro. Aliás, doutra maneira não poderia ser, pois para poderem sair do labirinto de grutas onde a acção decorre, terão que encontrar as três chaves que permitem abrir a porta final e escapar, um pouco mais ricos, claro está.


Para quem experimentou the Treasure of Lumos irá notar nesta nova aventura uma nítida evolução a todos os níveis. A começar com o ajustamento do nível de dificuldade, uma das pechas do primeiro jogo, que primava pela simplicidade. Assim, apesar de termos a possibilidade de escolher entre cinco e oito vidas, estas esgotam-se com uma rapidez alucinante. É que os obstáculos e as armadilhas são mais que muitos, incluindo alguns pontos sem retorno, e para conseguirem encontrar as três chaves terão que necessariamente repetir alguns trilhos.

Mas também a nível gráfico houve melhorias. Apesar das semelhanças com Lumos, estes encontram-se agora melhor definidos em especial a nossa heroína mais os seus dois proeminentes apêndices. Bom uso de cores torna também o cenário mais atractivo.

Por fim, e uma vez que estamos perante um típico jogo de plataformas (embora com alguns elementos de aventura à mistura), é fundamental um sistema de colisão eficaz. E, de facto, este é mais um dos pontos favoráveis, contribuindo para uma boa jogabilidade.


E a prova de que vale mesmo a pena descarregar The Treasure of Zedin é que não descansámos enquanto não o terminámos, se bem que não atingindo a perfeição, isto é, recolhendo as vinte e cinco relíquias. Assim, para quem quiser ver o que se encontra por trás da porta do ecrã acima, apenas tem que dar uma oportunidade a esta nova aventura de Jaime Grilo, programador nacional que promete dar cartas no panorama Spectrum.

Podem aqui descarregar gratuitamente o jogo.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Speccy Bros


Nome: Speccy Bros
Editora: Climacus
Autor: Climacus, Radastan, Shiru
Ano de lançamento: 2012
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Número de jogadores: 1

Neve-se dizer logo de início que Speccy Bros é um clone de Bubble Bobble. Mas quando o clone é tão bom quanto o original, não há razão para o seu autor ficar envergonhado. E é precisamente o que aqui se passa, não lhe faltando sequer uma história minimamente convincente.

Em Speccy Bros a princesa da neve foi capturada e cabe aos irmãos Nick & Tom libertarem-na. Mas como estamos perante um jogo em que apenas um pode participar, coube a Nick o papel de herói. Assim, ao longo de 50 níveis, Nick tem que eliminar todos os inimigos que povoam o ecrã. Para os eliminar tem primeiro que os atingir com a arma que tem ao seu dispor, transformando-os numa bola de neve. Depois tem que se aproximar dessa bola, continuar a dar-lhe tiros até a poder empurrar, e levando na avalanche à destruição de todos os inimigos que se cruzem no caminho. Mas atenção, porque se não o faz rapidamente aparece um novo inimigo, este indestrutível, que anda atrás do nosso herói e que se lhe toque, fá-lo perder uma vida.


O conceito é portanto muito semelhante ao já referido Bubble Bobble. A jogabilidade é tão boa quanto o original, e o som e gráficos ainda melhores, conferindo um jogo muito colorido e atractivo.

E se Speccy Bros não leva a nota máxima deve-se apenas a dois factores: a demasiada parecença com Bubble Bobble (é um clone, pois claro), e o facto de não permitir a opção de dois jogadores em simultâneo. É assim um daqueles jogos que fica no limiar da excelência.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Activision


A Activision foi uma das mais bem sucedidas editoras do Spectrum, tendo o seu período dourado entre 1987 e 1989. Normalmente os seus jogos vendiam massivamente e estavam muito bem cotados nas revistas da época, nomeadamente na Sinclair User e por vezes na Your Sinclair, levando a rumores de que estariam a comprar as reviews. São paradigmáticos os casos de Predator e Quartet, jogos francamente medíocres mas que alcançaram classificações surpreendentes.

Houve também casos como os de Afterburner ou Ghostbusters II, que fizeram jus ao sucesso de arcada e ao filme para vender milhares de cópias, não obstante os jogos também não terem uma bitola muito elevada.

De qualquer forma, estamos perante uma software house muito respeitada e com um vasto catálogo.

Jogos recomendados por Planeta Sinclair: Ghostbusters, Enduro Racer, Time Scanner, Power Drift, Fighter Bomber.

domingo, 25 de junho de 2017

The Spectrum Show: episode 62


Saiu o episódio 62 da popular série The Spectrum Show. Tem as habituais rubricas, como as notícias (dezembro de 1987), reviews de jogos antigos e novos, análise dos clones de Robotron, e até uma review de um livro. Mais uma vez, uma série a não perder.

sábado, 24 de junho de 2017

Pole Position


Nome: Pole Position
Editora: Atarisoft
Autor: Graeme Devine
Ano de lançamento: 1984
Género: Race'n'chase
Teclas: Não redefeníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

A Atarisoft foi uma editora que apenas lançou quatro títulos, todos em 1984 (entretanto dois foram recuperados mais recentemente), mas que granjeou desde logo um grande reconhecimento por parte do público. Isso porque pelo menos dois desses títulos foram mega-sucessos, Ms. Pac-man e este Pole Position.

De facto, e apesar de ter sido lançado numa época precoce do Spectrum, embora as corridas de carro fossem desde sempre território apetecido das editoras já que normalmente significava grandes volumes de vendas, não havia nenhum que se destacasse, e mesmo Chequered flag era mais um simulador do que propriamente um jogo de arcada, não permitindo correr com outros carros na pista ao mesmo tempo.

Sendo um jogo de arcada puro também não temos que nos preocupar com grandes preciosismos acerca da condução. Existem apenas duas mudanças, lenta e rápida, e além disso o carro acelera automaticamente, o que não deixa de ser estranho e por vezes até confuso, pois a configuração de teclas utilizada é a QAOP e não raras vezes estamos a mudar a mudança pensando que estamos a travar (a tecla de travar é a que usamos habitualmente para acelerar). Mas tirando este aspeto e um outro ponto fraco que falaremos mais à frente, Pole Position é bastante divertido e consegue aguentar-nos em frente ao ecrã por muitas horas.


Ainda antes de entrarmos na corrida propriamente dita teremos que fazer uma corrida de qualificação para definir o lugar na grelha de partida. Mas atenção que necessitamos de fazer um tempo mínimo, doutra forma nem sequer chegamos a partir. Depois, ao longo de 3 voltas, cada uma delas mais complicada que a anterior pois o número de carros em prova também aumenta, terão que acabar cada uma abaixo do tempo limite. Fica aqui também uma dica: tentem sempre andar ao meio da pista, pois assim conseguem passar por "entre os pingos da chuva".

Embora o tempo de resposta das teclas esteja longe de ser perfeito, levando a que muitas vezes não tenhamos tempo de evitar os obstáculos, os gráficos são bastante agradáveis, grandes e coloridos. O som é que é uma lástima, pois o barulho do motor ao final de algum tempo, torna-se verdadeiramente irritante. No entanto, em termos gerais está um programa muito bem conseguido, ainda mais tendo em conta a altura em que foi feito.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Novidades do Spectrum Next


Os criadores do Spectrum Next têm estado a trabalhar a todo o vapor. Não só para terem as primeiras boards para entrega em Agosto (ou antes, quem sabe), conforme prometido, mas também para dinamizar toda a comunidade e potenciar as vendas deste computador.

Em primeiro lugar disponibilizaram um portal de vendas online. Um dos receios daqueles que não conseguiram financiar o Spectrum Next durante a campanha de crowdfunding era não terem posteriormente o computador disponível para venda (coisa que os criadores nunca prometeram, até para não prejudicar a própria campanha, que recorde-se, foi um sucesso tremendo). Mas naturalmente que os artigos serão agora mais caros que durante a campanha (mas provavelmente mais baratos que os especuladores que irão colocar à venda no Ebay e canais semelhantes).

O preçário é o seguinte, podendo a loja online ser aqui acedida:
  • ZX Spectrum Next board (devkit): £119.00 + VAT (£146.37 total)
  • ZX Spectrum Next computer: £210.00 + VAT (£258.30 total)
  • ZX Spectrum Next Accelerated computer: £275.00 + VAT (£338.25 total)
Uma outra boa notícia está relacionada com o desenvolvimento dos Turbo Modes. Assim, o computador ganhou agora dois modos de alta velocidade (originalmente ia até aos 7 MHz): 14 MHz e 28 MHz.

As vantagens serão mais visíveis em jogos futuros, mas também alguns jogos mais antigos, em particular aqueles que utilizam gráficos 3D e o sistema Freescape. Basta visualizar o vídeo seguinte para se notar as diferenças em Driller ou Elite, por exemplo.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Slightly Magic


Nome: Slightly Magic
Editora: Code Masters
Autor: Astonishing Animations
Ano de lançamento: 1991
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston
Número de jogadores: 1

Slightly Magic é uma maravilhosa aventura, bem ao jeito da saga Dizzy, e que nos remete para o mundo da magia e também para o universo de Lewis Carroll e da Alice. E o espanto ainda é maior quando se verifica que saiu quando o Spectrum já estava a definhar e os jogos já perdiam qualidade a uma velocidade galopante, mesmo aqueles lançados pelas grandes editoras, que preferiam já não investir nos 8 bits. E tudo por menos de 3 libras, pois estamos perante um jogo da categoria budget.

Assumimos aqui a pele do sobrinho de um mágico que teve que abandonar o castelo à pressa, deixando-o no caos, e a quem cabe agora a tarefa de salvar a princesa Croak. Para isso temos que começar por descobrir a varinha mágica e o livro de mágica, para podermos activar os feitiços. Doutra forma pouco conseguiremos avançar no jogo.


Sendo um típico jogo de aventura, a destreza nos dedos pouco conta, embora existam alguns pontos que exigem alguma precisão e timing correto de salto. Mas acima de tudo o que é necessário é muito pensamento lateral e perspicácia, pois se alguns dos objectos são bastante óbvios quanto ao local onde devem ser utilizados, para outros só lá vamos através de muita tentativa e erro.

Apesar de Slightly Magic ter o equivalente a cinco diferentes níveis, o laboratório do mágico, as catacumbas, o lago, a floresta e a masmorra do dragão, aos quais apenas podemos ir acedendo depois de cumpridas todas as tarefas em cada um deles, não existem muitos ecrãs, facilitando-nos um pouco a tarefa sobre qual o local onde poderemos utilizar cada objecto.


Por outro lado, alguns dos feitiços permitem aceder a outros pontos do cenário. Assim, podemos transformar-nos num peixe, única forma de podermos andar no lago, podemos voar para alcançar lugares aparentemente intangíveis e podemos também tornar-nos invisíveis (mais uma vez a remeter para o universo de Lewis Carroll), de modo a obter alguns objectos fundamentais para podermos cumprir com a nossa missão.

Os gráficos, estilo cartoon, hiper coloridos, embora não evitando um pouco de colour clash, são do melhor que já se viu na Code Masters, e a música tem o selo de qualidade de Allister Brimble, responsável por The Spectrum Works (cd que acompanhava o livro A Visual Compendium). Além disso, o jogo está muito bem implementado, contribuindo para uma experiência bastante satisfatória e viciante.

domingo, 18 de junho de 2017

The Ship of Doom


Nome: The Ship of Doom
Editora: NA
Autor: Mat Recardo
Ano de lançamento: 2017
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Mat Recardo lançou o seu primeiro jogo, depois de o ter vindo activamente a anunciar nos fóruns do Facebook. Feito com recurso ao AGD, The Ship of Doom (não confundir com a aventura de texto de 1982 lançada pela Artic) é um platformer típico onde os reflexos e o timing de salto são fundamentais para se conseguir avançar na missão.

E a missão é bastante simples: controlamos um pequeno robô, simplesmente chamado de Robot 1, e temos que encontrar, no labirinto da nave onde fomos desafortunadamente deixados, quatro chaves e a sala de tele-transporte. Se não o fizermos, e temos apenas 5 minutos para isso, seremos desintegrados pelo Sol. Assim, o nosso principal inimigo é mesmo o tempo, pois apesar da nave estar repleta de inimigos, com um pouco de perícia conseguimos evitá-los.


Mas convém antes de tudo mapear a nave, pois só assim iremos rapidamente localizar as quatro chaves necessárias para podermos escapar. Depois de o fazermos, Ship of Doom torna-se relativamente fácil de completar. E aqui reside a maior fragilidade deste jogo, uma vez que a sua longevidade é fortemente limitada pelo número pouco elevado de salas, muito embora as chaves, a partir do primeiro jogo, passem a encontrar-se aleatoriamente pela nave, dificultando a nossa tarefa.

De resto, os gráficos são bastante agradáveis, a música excelente, embora pudesse ter a opção de ser desligada, e a fluidez da acção muito boa. Para primeiro trabalho de Recardo não se poderia pedir mais, e ficamos agora a aguardar ansiosamente por uma sequela ou novos jogos.

Quem quiser obter o jogo pode fazê-lo aqui.

sábado, 17 de junho de 2017

Blimpgeddon


Nome: Blimpgeddon
Editora: NA
Autor: Narwhal
Ano de lançamento: 2017
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Não é todos os dias que aparece uma história tão alucinante como a de Blimpgeddon, Assim, em 2077 os frigoríficos inteligentes (muito mais à frente que os smart phones) ganharam consciência e sentimentos. Hans Von Deck, nome do nosso inimigo (um frigorífico, pois claro), foi o primeiro deles e magicou um plano para destruir todas as fábricas de gelados. Nós assumimos então o papel do Agente 99 e temos como missão libertar o Mundo do plano maléfico deste frigorífico maldoso.

Está assim dado o mote para mais uma aventura criada com o popular AGD. Aliás, hoje em dia são muito poucos os jogos que não são criados através deste motor, que sem dúvida consegue esticar as capacidades do Spectrum ao seu limite.


A tarefa é mais que árdua. É que Hans Von Deck construiu um exército imenso para frustrar os planos de qualquer pessoa que o tente eliminar. E a maior parte dos inimigos nem sequer são passíveis de serem destruídos, casos das alforrecas, minas colocadas em pontos estratégicos, balas disparadas a uma velocidade que dificilmente conseguimos escapar, uma panóplia imensa de bicharocos muito estranhos mas fatais ao mínimo toque, plataformas que vos movimentam numa única direcção, etc.. No meio disso tudo, os guardas ainda são os mais fáceis de ultrapassar, pois uma única bala serve para os eliminar.

Por falar em balas, a nossa arma é mais um elemento alucinante no meio desta jogo. Assim, em vez de disparamos uma bala normal (isso seria muito vulgar, não é?), a nossa arma planta um pato que explode, destruindo aquilo que esteja mais próximo, incluindo o nosso herói, se não for rápido o suficiente lhe fugir. Fica também a dica: o pato serve para mais do que simplesmente eliminar os nossos inimigos. Explorem bem a sua capacidade, pois só assim poderão avançar longe neste jogo (e mais não dizemos).


Como se a tarefa não fosse suficientemente difícil, para ultrapassarem alguns campos de forças que bloqueiam o acesso a novas salas terão que activar algumas alavancas. Como já devem imaginar, essas alavancas encontram-se nos pontos mais inacessíveis mas que obrigatoriamente terão que por lá passar, se não querem ficar bloqueados.

O som é minimalista, mas os gráficos são bastante coloridos e cumprem muito bem com a sua função. A acção também é bastante fluída, contribuindo para aumentar um pouco a jogabilidade. No entanto, Blimpgeddon tem dois pontos fracos que o impedem de obter uma classificação mais elevada. O primeiro o seu grau de dificuldade, que vai fazer com que muito boa gente desista nas primeiras tentativas. O segundo a impossibilidade de redefinir as teclas, sendo que aquelas que aparecem por defeito tornam Blimpgeddon injogável (optámos por jogar com as teclas do Sinclair, que apesar de tudo são um pouco melhores). Para quem persistir, irá encontrar um desafio à altura e umas boas horas de diversão.

Podem aqui vir descarregar o jogo, inteiramente gratuito.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Preview: The Treasure of Zedin


Já antes referimos, mas também Jaime Grilo tem um novo jogo em carteira. Para já sem título inteiramente definido, mas a avaliar pelos screenshots já divulgados, será um digno sucessor de O Tesouro de Lumos.

Espera-se assim um novo platformer, com uma nítida evolução ao nível gráfico relativamente ao já mencionado Lumos, aproveitando a experiência do programador com o primeiro jogo.

Assim que disponível, colocaremos aqui mais novidades.

Poderá ser visto um vídeo aqui.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Preview: The Legend of Zelda e Xelda


The Legend of Zelda é uma popular série de jogos da Nintendo que mistura RPG, com aventura e muita acção. Pelo amostra dada, cujo vídeo poderão ver acima, a conversão irá seguir muito de perto o original, esperando-se assim que repita o sucesso das restantes plataformas onde foi lançada.

De qualquer forma não esperam novidades antes do próximo ano, pois só muito recentemente David Clarke começou a trabalhar nesta conversão, usando para tal o já habitual Arcade Game Designer.


Mas também Andrew Dansby está a desenvolver um tributo a Zelda. Xelda é o seu nome e ainda está no estágio inicial, mas pode-se desde já adiantar que apenas vai correr em 128 K.

Pelo que vimos do pequeno vídeo apresentado pelo programador, a acção é bastante fluída e parece ser um digno tributo a The Legend of Zelda.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Nova revista para o Spectrum: Espectro


Grandes novidades na cena luso-brasileira do Spectrum! Está prestes a sair o número 1 da revista Espectro, cuja capa desde já divulgamos.

A revista é uma parceria entre conhecidas figuras portuguesas e brasileiras da cena dos 8 bits, desde logo garantindo conteúdos interessantes para todos aqueles que seguem de perto este renascimento do Spectrum.

Como não poderia deixar de ser, a capa do primeiro número é dedicado ao Spectrum Next e à muito bem-sucedida campanha de crowdfunding, Mas haverá muito mais novidades em breve. Vão-se assim mantendo a par através da página do facebook, que pode ser consultada aqui.

Memoirs of a Spectrum Addict


Memoirs of a Spectrum Addict é um documentário de 140 minutos que foi bem-sucedido no financiamento via crowdfunding e que, tal como o nome indica, visa trazer algumas lembranças da era dourada do Spectrum.

O documentário faz um retrato realista da indústria deste computador nos anos 80 e tem testemunhos de gente célebre como Jim Bagley, Andrew e Rob Hewson, Steve Turner, Jon Ritman, Jas Austin, Jonathan Cauldwell, Mark Jones, Kevin Toms, Clive Townsend entre outras figuras igualmente conhecidas.

Está prevista a seguinte estrutura para o documentário:
  1. A Brief History of Time (and the Spectrum’s place in it)
  2. A Merry Speccy Christmas! 1982-1984
  3. Skooldaze – How the Spectrum Changed the World
  4. Those Early Bedroom Programmer Days
  5. Games I: Before Tape to Tape
  6. CRASH Magazine
  7. Playground Politics: Game Fuel for your Speccy
  8. Let The Developers Speak I
  9. Let The Fans Speak I
  10. Three Programmers in Paradise (Well, Slightly More Than Three...)
  11. Mugsy! – Playground Piracy
  12. Games II: Digital Lifeblood for a New Generation
  13. Hardware Developments: Spice and Sugar
  14. Let The Developers Speak II
  15. Let The Fans Speak II
  16. Games III: Were YOU a Spectrum Addict?
  17. National Archives
  18. Project: Future – The Future of the ZX Spectrum
Mais informação aqui.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Preview: Megaforce


Climacus, autor de jogos recentes como Specsit, Gimme Bright, Speccy Bros, Knightmare ZX, Request in'Peace e Retroinvaders, e McNeill, estão a desenvolver um novo shooter: será a conversão de Megaforce e a avaliar pelo pequeno vídeo disponível, parece estarmos perante um produto interessante, a fazer lembrar jogos como WAR e Light Force (scroll vertical).

Ainda está no estágio inicial, portanto deverá demorar alguns meses até ser colocado no mercado.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

The Spectrum Show: issue 17


Também já saiu o issue 17 do The Spectrum Show. Qualidade top, como não poderia deixar de ser em tudo o que Paul Jenkinson esteja envolvido.

Destacamos as notícias para 1986, as reviews de jogos antigos (Ant Attack, Gold Rush, Moon Alert, Midnight Resistance, Blade Warrior, Chase H.Q., Swordfight, Billy Bong) e mais recentes (Wanderers, Specball), assim como um artigo muito interessante sobre o Laser Basic, além das secções Aventura e Fanzines.

Podem descarregar gratuitamente a revista aqui.

Nova versão para The Treasure Of Lumos


E estamos de volta de férias. Houve algumas novidades durante este período que tentaremos actualizar durante os próximos dias.

Assim, Jaime Grilo disponibilizou a nova versão de The Treasure Of Lumos (o Tesouro de Lumos), agora na versão 128 K. E a primeira novidade está logo na bonita melodia agora acrescentada. Temos também a possibilidade de no menu inicial escolhermos se queremos iniciar a aventura com 5 ou 8 vidas. Existem ainda algumas surpresas adicionais que aumentam os motivos de interesse desta aventura, nomeadamente novos cenários, tele-transportadores, chaves, etc.. De resto, mantém-se todos os atributos que nos levaram a elogiar o jogo aquando da sua saída e que poderá aqui ser revisto.

Quem desejar experimentar esta nova versão poderá descarregar The Treasure Of Lumos aqui. Entretanto aguardamos pelo novo jogo de Jaime Grilo, que segundo o seu autor já está em fase de desenvolvimento.

sábado, 10 de junho de 2017

iLogicAll


Nome: iLogicAll
Editora: Computer Emuzone
Autor: Benway, Anjuel, Riskej, WYZ, AugustoRuiz, Cht666cht, Dadman, DavidCM, Kendroock, Metalbrain, Sejuan, TBrazil, Utopian
Ano de lançamento: 2008
Género: Puzzle
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

iLogicAll é mais um interessante puzzle que saiu já nos anos mais recentes e é baseado nos passatempos matemáticos japoneses, conhecidos como nanogramas. Existem de vários tipos, mas porventura o mais conhecido é o Pic-a-Pix. O objectivo é descobrir quais dos quadradinhos devem ser pintados (ou deixados em branco), para formar uma figura, que surgirá quando o passatempo for resolvido correctamente.

E a mecânica do jogo é muito simples. Assim, neste passatempo, para o qual normalmente é utilizado papel quadriculado, existe um número em cima de cada coluna e à esquerda de cada linha, que indica quantos quadradinhos deverão ser preenchidos no tabuleiro, formando blocos. Entre um bloco e outro deve haver, no mínimo, um espaço em branco. Depois de preenchidos todos os quadrados do tabuleiro, é revelada a imagem. As semelhanças com o Sudoku são óbvias.


À partida parece estarmos perante um jogo muito fácil, não é? Mas experimentem agora juntar-lhe um tempo limite para se completar cada um dos 100 níveis (felizmente acessíveis por password, evitando ter que repetir níveis já completos). E se por acaso se enganarem a preencher um dos quadradinhos, lá se vão mais uns minutos preciosos.

São estas opções que dão sal a este jogo e o transformam num divertido quebra-cabeças que todos querem terminar, até para ver quais as figuras que são reveladas e que vão sendo mais complexas à medida que vamos avançando nos níveis (conseguem adivinhar a que aparece no nível 1?).


Mas como se não bastasse, iLogiAll vem ainda munido de um editor que de forma simples nos permite construir os nossos próprios tabuleiros. Podemos assim fazer umas maldades e pôr os nossos amigos a tentarem adivinhar os nossos desenhos.


Os gráficos e o som/música, apesar da simplicidade do jogo, são melhores que a generalidade dos puzzles que estão no mercado, constituindo assim mais um motivo para carregarmos iLogicAll, que apesar de distribuído em freeware, tinha todas as condições para ser lançado no mercado ao preço normal.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Total Eclipse


Nome: Total Eclipse
Editora: Incentive Software
Autor: Major Developments
Ano de lançamento: 1988
Género: Aventura gráfica
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface 2
Número de jogadores: 1

A Incentive Software foi a reputada editora responsável pelo sistema Freescape. Este sistema não era mais que um motor 3D que permitia criar jogos e cujos gráficos eram compostos por blocos geométricos sólidos e que davam uma sensação perfeita a três dimensões, sendo Driller o primeiro dos jogos criados com recurso a este sistema, muito aclamado pela crítica em 1987. A partir daí a Incentive Software foi aprimorando o sistema, aumentando a velocidade da acção (um dos poucos defeitos deste sistema). Além disso as embalagens eram autênticas obras de arte, algumas com mapas em 3D, outras, como foi aqui o caso, com um poster muito bonito.

A própria história de Total Eclipse está ao nível de tudo o resto e remete-nos para o antigo Egipto. Há centenas de anos atrás o Sumo Sacerdote ficou aborrecido porque o seu povo revoltou-se e recusou-se a fazer mais sacrifícios a Re, o Deus-Sol. Como punição, lançou uma maldição sobre a população: uma pirâmide foi construída e na câmara superior foi colocado um santuário em honra do Deus-Sol, mas se alguma coisa alguma vez bloquear os raios do sol durante a luz do dia, a maldição ficaria activa.

Chegamos ao momento actual, 26 de Outubro de 1930, e dentro de duas horas haverá um eclipse total do Sol, fazendo com que a lua expluda, lançando  para a Terra meteoritos enormes que perturbarão o equilíbrio ecológico, mergulhando a civilização na Idade das Trevas.

Está assim lançado o mote para a nossa missão. Acabámos de aterrar ao lado da pirâmide e temos de localizar e destruir o santuário para evitar que a maldição se abata sobre a Terra.


Esta aventura é então o delírios de todos os mapeadores. Além do inovador sistema Freescape, que já aqui falámos, a pirâmide é um autêntico labirinto, com passagens secretas, portas bloqueadas, buracos e muitos perigos que espreitam a todo o momento. Mas apesar disso, teremos que explorar todos os cantos e revirar todas as pedras, pois só assim nos é permitido encontrar os inúmeros tesouros e os Ankhs, peças que representam o símbolo da vida e que permitem desbloquear algumas entradas. Aliás, fica aqui a dica que o primeiro Ankh poderá ser encontrado junto ao avião que nos trouxe a este lugar.

A pirâmide possuí também 2 entradas. Apenas uma delas dá acesso à câmara principal, mas convém primeiro encontrar a segunda entrada para enriquecer os vossos bolsos.


Sendo humanos, devem ainda estar com atenção ao nível da água (não se esqueçam que estão no deserto, perante temperaturas altíssimas), devendo anotar os locais onde podem abastecer o vosso cantil. Mas também devem ir olhando para o vosso ritmo cardíaco, pois necessitarão de descansar de vez em quando ou correm o risco de sucumbirem com um ataque cardíaco.

Os gráficos, como podem ver pelas imagens, são espantosos, do melhor que se viu com o sistema Freescape. A velocidade da acção, mesmo tendo em conta o elevado detalhe gráfico, é bastante aceitável. O som quase inexistente, mas serve para tornar o ambiente ainda mais sinistro.


Como seria de esperar esta não é uma aventura para todos os jogadores. Não se entra imediatamente em Total Eclipse, sendo necessário uma boa ambientação ao cenário e a memorização de muitas teclas. Não raras vezes iremos sentir-nos desorientados, mas para isso têm a tecla F. No entanto, aqueles que perseverarem, terão aqui muitos dias de diversão até conseguirem dar com a solução e salvar o nosso planeta.

domingo, 4 de junho de 2017

Dragon Ninja


Nome: Dragon Ninja
Editora: Imagine Software
Autor: Paul Owens, Mark R. Jones, Bill Harbison
Ano de lançamento: 1988
Género: Beat'em'up
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Houve um período no final dos anos 80 que o mercado dos 8 bits foi inundado com beat'em'ups. De longe, aqueles que tiveram maior sucesso foram os da trilogia Renegade, também porque sem dúvida eram aqueles que apresentavam maior qualidade, em especial os dois primeiros (Renegade e Target Renegade).

Dragon Ninja veio na senda dessa saga (também editada pela Imagine), assim como do sucesso que este título fazia nas máquinas de arcada. Mas Dragon Ninja foi uma semi-desilusão. Não que estejamos perante um mau jogo, mas depois de Target Renegade a fasquia aumentou muito e foram poucos os que conseguiram atingir o mesmo nível (ou para sermos honestos, nenhum).

A história de Dragon Ninja é a de tantas outras. O Presidente dos EUA, George Bush, foi raptado por um bando de ninjas e nós fomos o escolhido para o salvar (a América era pobrezinha e não podia pagar a um esquadrão de elite para o resgatar). Assim, ao longo de oito níveis, que passam por armazéns, camiões e combóios em andamento, rio, floresta e uma gruta, uma fábrica, para no último defrontarmos todos os adversários de final de nível e o Dragon Ninja em carne e osso, temos que ir distribuindo soco e pontapé até darmos cabo dos nossos adversários, isso tudo num tempo limite pré-definido.


Apesar de Dragon Ninja estar bem implementado, possuí algumas lacunas importantes. Assim, o teclado não responde tão rápido quanto gostaríamos, fazendo lembrar um pouco Kung Fu Master (que não serve de exemplo para ninguém). Depois, a variedade é quase nula, e com gráficos monocromáticos, um grau de dificuldade relativamente baixo, e níveis que não são assim tão compridos, rapidamente terminamos o jogo e nos fartamos dele. 

A longevidade é assim baixa, o que é uma pena, pois Dragon Ninja prometia muito e o resultado final frustrou um pouco as expectativas de quem esperava mais um jogo de pancada ao nível de Renegade ou Target Renegade.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Principais novidades de Junho de 1982

Há 35 anos atrás as principais novidades foram:
  • O Spectrum começava finalmente a despontar no mercado, originando uma importante quebra nas vendas do ZX 81. Os utilizadores não eram indiferentes à maior capacidade em termos de memória, 8 cores, som, teclado mais ergonómico e com maior número de funções e diminuição nos tempos de carregamento dos programas.
  • A Prestel pretende antes do final do ano lançar o adaptador que permita aos possuidores de um ZX aceder a uma forma arcaica de internet, semelhante ao teletexto que temos nas nossas televisões. Este adaptador será compatível com todos os modelos ZX, incluindo o recentemente lançado ZX Spectrum.

  • A Timex, parceira da Sinclair Research, lança no mercado americano o Timex Sinclair 1000, equivalente ao ZX 81 na Europa. O computador tem 2 K de memória e é vendido abaixo dos 100 usd.
  • A Acorn Computers (responsável pelo computador BBC), pretende lançar no mercado um computador que faça concorrência directa ao Zx Spectrum.