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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Será o fim da linha para o Vega Plus?


Infelizmente tudo indica que sim, pois a Indiegogo deu precisamente o dia de hoje como prazo para entrega desta consola aos mais de 4.500 backers. E não se vislumbra qualquer movimentação no sentido do envio das mesmas. Aliás, existem mesmo muitas dúvidas que as mesmas tenha sido sequer produzidas (além dos protótipos que mostraram vezes sem conta e que inclusive tentaram passar para a opinião pública como sendo a prova de que tinham sido produzidas), e de algumas figuras menores e/ou obscuras, algumas com bastante responsabilidade na cena Spectrum, terem feito tentativas de convencer os investidores de que tudo estava bem.

Aliás, todo este processo foi muito pouco claro, e recorde-se que a RCL angariou mais de quinhentas mil libras com a campanha. Para onde foi todo este dinheiro, ainda não se encontra comprovado, embora se suspeite de pagamentos obscenos a consultores e sócios / directores da RCL, fees a advogados, muitos jantares e viagens, de acordo com os extractos bancários que apareceram divulgados em algumas páginas.

No entanto, a novela ainda apenas vai a meio, aguardando agora os investidores por novidades por parte da Indiegogo, que vai tentar (ou pelo menos o disse que ia fazer) recuperar o dinheiro angariado na campanha.

Por outro lado, também os ex-directores da RCL têm uma palavra a dizer e irão tentar recuperar o controlo da empresa, talvez a última esperança de alguma vez esta consola ver a luz do dia.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Catch My Balls


A competição Crap Games Competition 2018 acabou de ter mais uma entrada, Catch My Balls. Por razões óbvias vamos abster-nos de traduzir o título, mas o que podemos dizer é que é um sério candidato a vencer a competição, de tão mau que é.

Podem descarregar o jogo aqui (se é que se pode chamar jogo a isto) e comprovar com os vossos próprios olhos.

Stunt Bike Simulator


Nome: Stunt Bike Simulator
Editora: Silverbird Software
Autor: Daren White
Ano de lançamento: 1988
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

A Silverbird, editora ligada à Firebird mas especializada nos jogos da categoria budget, foi responsável por ter colocado no mercado um dos melhores jogos para o Spectrum, Rebelstar 2. No entanto, praticamente tudo o resto que lançaram, não era da categoria budget mas sim da categoria lixo. É o caso deste Stunt Bike Simulator, como iremos ver.

O jogo é composto por cinco níveis, nos quais temos que demonstrar a nossa habilidade aos comandos de uma mota, mesmo que isso passe por conduzir a mota sem estar aos seus comandos. É precisamente isto que acontece no primeiro nível, pois voamos numa asa delta e temos que saltar de forma a cair na mota, que sozinha (???), tem que se ir desviando dos vário obstáculos ao longo do caminho. No mínimo estranho, para não dizer surreal, não é?


No segundo nível, já aos comandos da mota, temos que nos ir desviando de vários obstáculos. Mas a tarefa é dificultada porque ao mesmo tempo vão rolando troncos pelo caminho e temos que fazer cavalinhos com a roda dianteira (primeiro) e traseira (depois), única forma de não dar um tralho. Como o tempo para terminar o percurso é limitado, se cairmos muitas vezes perdemos uma vida (das três com que iniciamos cada nível).

Os níveis seguintes passam muito pelo mesmo. Confessamos que já não tivemos paciência para os experimentar, pois o que aqui temos é digno de programas feitos em 1982/1983, não de 1988. Mas sempre adiantamos que temos que passar por um arco em chamas, entrar com a mota num camião, que para isso baixa uma rampa, enquanto ziguezagueamos entre obstáculos e, por fim, apanhar em voo um helicóptero, saltando da mota.


Apesar dos gráficos não serem maus (mas também não são bons), o som é inexistente, contribuindo ainda mais para a pobreza Franciscana que é Stunt Bike Simulator. É um jogo monótono, sem qualquer sentido e desprovido de qualquer motivo de interesse. A evitar, portanto.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Snake (LD)


De vez em quando os programadores entretém-se com experiências engraçadas, e foi isso o que djnzx48 fez. Criou, segundo o próprio, um clone do Snake onde todas as instruções são substituídas por LD. E até disponibilizou o código, para que possam ver com os vosso próprios olhos (isto é, quem perceba de código máquina, que não é o nosso caso). Poderão assim aqui descarregar este pequeno programa, e aqui poderão visualizar o código, ficando a promessa por parte do programador de que vai continuar a trabalhar nesta experiência...

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Asteróides e Misseis (MIA)


Nos próximos tempos iremos disponibilizar uma série de jogos lançados pela Timex Portugal, traduções de alguns dos êxitos dos primeiros tempos de vida do Spectrum (1982 e 1983). O primeiro deles é a compilação Planetoids + Missile, que a Sinclair Research lançou em 1982. Posteriormente a Investronica disponibilizou-a para Espanha (e essa está preservada), e a Timex para Portugal (não se encontrava ainda disponibilizada nos arquivos do WoS).

Iniciaremos então a colecção da Timex e desde já agradecemos publicamente ao Jose Manuel que simpaticamente nos enviou a sua colecção. Para quem não o conhece, o Jose Manuel, pertence ao Trastero del Spectrum, excelente projecto que desde já convidamos a visitar.

Entretanto poderão aqui vir buscar esta compilação, que também estará no menu dos "jogos preservados".


domingo, 27 de maio de 2018

Preview: Mike the Guitar: the Shooter


Lembra-se the Mike, the Guitar, de Sebastian Braunert? Pois é, o autor já está a trabalhar num novo jogo baseado nessa personagem. Mas desta vez não iremos estar perante um jogo de plataformas, antes um shoot'em'up puro. E será que Beethoven vai continuar a ser o mau da fita, perguntamos nós? Aceitam-se apostas...

Fica prometida a review completa quando o jogo for lançado, mas até lá deliciem-se com este belíssimo ecrã de carregamento, da autoria mais uma vez de Andy Green.

sábado, 26 de maio de 2018

The Spectrum Show: episode 73


Como é habitual quando nos aproximamos do final do mês, temos novo episódio da série The Spectrum Show para ver. O episódio número 73 já está no ar, com a qualidade habitual de Paul Jenkinson. Destaque para a review de Ninja Gaiden Shaw Warriors e a análise ao SAM Coupé.

Nextoid v2


E foi muito orgulho que ajudámos Lampros Potamianos a desenhar novos níveis para Nextoid!, o primeiro jogo a aparecer para o Spectrum Next, descontando obviamente a brincadeira que foi Nextipede. Quando analisámos o jogo no inicio de Março (considerado como Mega Jogo segundo os nossos parâmetros), estávamos longe de imaginar que mais tarde iríamos ter intervenção nele. Mas assim foi, e ainda bem, pois os novos níveis (desenhados por André Luna Leão), enchem-nos de orgulho e são de certeza um bom incentivo a tentar chegar ao fim.

Nextoid! tem agora 28 níveis, e se antes já o considerávamos excelente, com estes novos níveis a fasquia subiu ainda mais. Eis um dos agora criados (os restantes ficarão para descobrirem por vós)...


Relembramos ainda como poderão jogar Nextoid!, isto para quem ainda não tem o Spectrum Next, como é o nosso caso.
  1. Obter e instalar um emulador compatível com o Spectrum Next, nomeadamente o Specnext
  2. Ir para a página oficial do Spectrum Next e descarregar para o PC o pacote Next SD card V. 0.8 C, lançado ontem
  3. Copiar os ficheiros CSpect.exe e ay.dll para o directório do Nextoid, que vem incluído no pacote referido no ponto anterior
  4. Criar no "Bloco de Notas", numa única linha: CSpect.exe -s14 -zxnext
  5. Gravar o ficheiro do ponto anterior como: Cspect.bat
  6. Fazer duplo clique no ficheiro que gravaram no "Bloco de Notas", carregando então o Specnext
  7. Finalmente carregar em "F2" ou "F2+Fn", dependendo dos computadores, e abrir o Nextoid!

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Mais novidades do Spectrum Next


Fresquinhas... Já está disponível a nova imagem para actualizarem o firmware do vosso Spectrum Next. Mas as novidades são tantas que vamos necessitar do fim-de-semana para analisar tudo o que vem aqui incluído.

Mas desde já destacamos, ao nível dos jogos:
  1. Demo de Dreamworld Pogie
  2. Novo jogo: Orb Run
  3. Demo de Spectro 2084
  4. E o melhor de tudo, uma nova versão de Nextoid!, com níveis desenhados pelo André Luna Leão (Planeta Sinclair)

Estamos assim mortinhos para ver como ficaram os novos níveis de Nextoid!. E para quem não conhece ainda este jogo, não sabe o que perde. Mas podem começar por vir aqui ver a review que fizemos em Março.

Mantenham-se sintonizados, pois durante o fim-de-semana iremos dissecar devidamente todas estas novidades.

ZEsarUX 7.0


Foi hoje disponibilizada a nova versão (7.0) do emulador do Spectrum Next, o ZEsarUX. Além do Spectrum Next, tem capacidade para emular os seguintes sistemas:
  • MK14
  • ZX80
  • ZX81
  • ZX Spectrum
  • QL
  • Z88
  • Timex TS 2068
  • Sam Coupe
  • Pentagon
  • Chloe 140 SE, 280 SE
  • Chrome
  • Prism
  • ZX-Uno
  • ZX-Evolution BaseConf
  • ZX-Evolution TS-Conf
  • TBBlue/ZX Spectrum Next
  • Jupiter Ace
  • Amstrad CPC 464
Esta nova versão tem uma infinidade de novas opções, demasiadas para aqui listarmos, portanto o melhor é acederem aqui e descarregarem o ZEsarUX 7.0.

Hibernated 1: This Place is Death


Nome: Hibernated 1: This Place is Death
Editora: Pond
Autor:  Stefan Vogt
Ano de lançamento: 2018
Género: Aventura de Texto
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Hibernated: Parte I - This Place is Death é uma aventura de texto de ficção científica que surgiu originalmente para o Commodore 64 e foi agora transporta para o Spectrum.

Tal como o nome indica, é a primeira parte de uma futura trilogia épica, centrada em torno de Olivia Lund, que foi enviada numa missão de exploração interplanetária pela Aliança Terrana. Depois de estar no hiperespaço por mais de 200 anos, numa viagem que totalizaria 800 anos-luz a ser percorrida pela sua nave, a Polaris-7, dá de caras com uma gigantesca nave alienígena e é capturada. Mas esse é o menor dos seus problemas, pois Olivia descobre que está sem comunicações e não existe o mínimo sinal de vida à volta. A nave extraterrestre continua a vaguear pelo vácuo, como parece que sempre fez nos últimos milhares de anos. Aparenta assim ser um túmulo estelar e Olivia tem agora que conseguir sair desta armadilha. Apenas pode contar com Io, o robô de navegação da sua nave Polaris-7.


A aventura começa então com Olivia a acordar na nave. A primeira coisa mesmo a fazer será abrir os olhos, pois com eles fechados não vai a lugar algum. A partir daí começa a exploração de todo o ambiente onde agora se encontra. Aliás, apesar dos puzzles serem mais ou menos lógicos, não poderão deixar nada por explorar (utilizem a letra "X" para examinar), sob pena de correrem o risco de perder pistas importantes que permitem desbloquear algumas situações. Irá haver momentos em que parecem estar num beco sem saída, mas se refizerem os vossos passos, talvez consigam descobrir a peça que falta na engrenagem.

Os comandos são bastante intuitivos. Além dos habituais N, S, E, W, U, D, são bastante úteis os comandos X (para examinar), I (Inventário) e R (voltar a ver o texto descritivo). Podem também usar as frases compostas, como GET A, Check B, etc., além de que são muitos os sinónimos possíveis, facilitando o desenrolar da aventura. Uma vantagem de Hibernated é que apenas existe uma situação onde podem morrer. Ao contrário de outras aventuras de texto, onde essa fatalidade acontecia com muita frequência e em situações totalmente inesperadas, frustrando muito iniciado neste tipo de jogos, isso não é aqui um problema.


Não conseguimos ainda avançar muito nesta aventura, mas a história é absorvente, fazendo pela sua temática lembrar a trilogia Magnetic Moon / Starship Quest / Revenge of the Space Pirates, que saiu entre 1989 e 1994.

Também não é propriamente fácil, e como tal, não é indicada para os iniciados nas aventuras de texto, além de que necessitam de ser fluentes na língua inglesa. Por outro lado, pelo facto de ser apenas texto, não contemplando qualquer imagem, apenas os aficionados conseguirão embrenhar-se em Hibernated. No entanto, podemos dizer que vale a pena quem se resolva aventurar neste jogo, pois dificilmente deixarão de tentar chegar ao seu final. E muito importante, começar desde logo a mapear a nave é inevitável.

Nota final para uma curiosidade, o código binário do ecrã de carregamento é o nome da editora.

Apesar de estar prevista a versão física de Hibernated 1, quem quiser descarregar o jogo pode fazê-lo aqui.


quinta-feira, 24 de maio de 2018

Derby++


Já está disponível o Derby++, firmware para o Spectrum 128 K, baseado na versão 1.4 da ROM do Derby. Tem como principais características:
  • PU: Z80 @ 3.528Mhz and 7MHz switchable.
  • ROM: 64K Derby++ ROM with 128K esxDOS support.
  • Storage: DivMMC SD Card support and tape.
  • Total RAM: 280K. No RAM contention.
  • ULA: ULAplus with Timex Hi-Colour video mode.
  • Video RAM: 32K VRAM.
  • Video: 256x192, 512x192. 8x1 & 8x8 attribute modes. HAM256 supported.
  • Video Output: RGB, Composite. PAL.
  • Sound: 6-channel AY-3-8912 TurboSound.
  • Joystick/mouse ports: 2 x Kempston input. IF2/SJS inputs.
  • 9-Pin DB9 RS-232 serial communication port.
  • 5-Pin DIN MIDI IN port.
  • Modern keyboard layout with built-in keypad
  • Power switch, reset button and power LED.
  • Compatible with ZXSE, +2B, ZXHD, divMMC, and many compatible emulators and clones with 64K ROM support.
Poderão aqui vir descarregar este firmware.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Novo update do Spectrum Next


E tal como prometido, Henrique Olifiers divulgou hoje mais algumas novidades do Next.

Assim, começou a fase de injecção de plástico, tendo já sido efectuados alguns testes de qualidade. Entra-se agora na fase dos ajustamentos do fluxo e temperatura do plástico, por forma a obter-se um produto final perfeito. No seu update, Henrique refere algumas das variáveis que estão a ser alvo de atenção especial, nomeadamente a matriz de três camadas, ajustamento da membrana do teclado, etc.. Mas para primeiros testes, o resultado obtido é bastante agradável, como podem ver na foto seguinte.


Neste mais recente update, Henrique descreve também o avanço ao nível de alguns dos jogos que estão a ser criados para o Next, um deles, Power Blade, que já tínhamos antecipado durante o dia de hoje, assim como dados novos sobre a nova linguagem, Elena, e que também já foi alvo da nossa análise há algum tempo atrás.

Mas uma novidade muito simpática é também o anúncio de uma actualização do firmware do TTBlue já para esta semana, e que vai incluir a demo de Dreamworld Pogie, Orb Run, e, tomem atenção a este, depois perceberão porquê, a nova versão de Nextoid!.

Caso para dizer, stay tuned!

Preview: Power Blade


Power Blade foi um jogo que apareceu para a NES em 1991, tendo a sequela aparecido em 1992. Desenrola-se num ambiente futurista, ao longo de seis níveis, fazendo remotamente lembrar Total Recall, analisado por Planeta Sinclair há mais de um ano.

Para já ainda está em desenvolvimento pelos russos, estando alguns dos cenários criados, embora sem inimigos. Mas pelo que nos foi dado a ver, as parecenças com Castlevania não são inocentes, pelo que seguramente iremos estar perante mais um grande jogo.

Power Blade será lançado para o Spectrum 128 K (em baixo à esquerda), assim como para o Spectrum Next (screenshot da direita). Aguardemos por mais novidades em breve.

Russian Roulette



O concurso Crap Games Competition 2018 continua a receber entradas, a maior parte delas a fazerem jus ao nome da competição. É o caso deste Russian Roulette, onde à vez (modo dois jogadores), ou contra o computador, limitamo-nos a carregar numa tecla para disparar a pistola, esperando que não nos calhe a "fava". Trata-se apenas de uma pequena brincadeira, mas quem quiser descarregar Russian Roulette, pode fazê-lo aqui.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Espectron (Beta)


Depois de ESPECTROids, Filipe Viega (Espectroteam, Planeta Sinclair) recria o conhecido jogo de 1982, Tron.

Assim, o número 3 da revista Espectro não só incluí o type-in de Espectron, como dá continuidade ao curso de programação que o Filipe tem vindo a desenvolver. Quer isso dizer que nos vai explicando passo a passo as linhas de programação do jogo, fundamental para percebermos aquilo que estamos a carregar.

Para já ainda existe apenas a versão Beta que poderá ser descarregada na página da revista Espectro. Isto para quem não tenha paciência para carregar a listagem, claro. No entanto, para aqueles que pretendem iniciar-se agora no Basic, o melhor será mesmo adquirirem a revista e analisar as linhas de programação. Recorde-se ainda que o número 3 da Espectro terá mais um jogo da Espectroteam, Varina, este exclusivo com a cassete que acompanha a revista.

Pode-se também adiantar que futuramente sairá a versão em Boriel Basic, com todas as vantagens que isso representa, nomeadamente ao nível da velocidade.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Ognom (MIA)


Para hoje decidimos divulgar outro MIA, uma tradução para português do jogo Ognom que apareceu originalmente na compilação Microhobby Semanal 037-040 em 1985.

Esta tradução e adaptação, com a inclusão de instruções em Português, algo que o original não tinha, foi feita por Henrique Oliveira, já nosso conhecido de outras traduções e até de jogos e programas originais que temos vindo a publicar em Planeta Sinclair, pouco a pouco.

Ognom é muito simples, mas apelativo, decerto irão gostar. Podem fazer aqui o download.

domingo, 20 de maio de 2018

Rubicon


Nome: Rubicon
Editora: Rucksack Games
Autor: John Blythe
Ano de lançamento: 2018
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Depois de Andy Johns ter libertado Níxy no início do fim-de-semana, mega-jogo, na nossa opinião, nada melhor que o terminar com mais um jogo que nos vai manter colados ao ecrã durante muito, muito tempo. E vindo do seu amigo John Blythe (entrevistámos ambos para o número 2 da revista Espectro, no ano passado).

Antes de mais referir que Rubicon, apesar de também ser criado com o motor Arcade Games Designer, é um pouco diferente dos jogos deste programador e designer, que se destaca pela qualidade dos cenários e sprites que coloca nos seus trabalhos. E já agora também nos ecrãs de carregamento, pois atente-se no belíssimo loading screen de Rubicon, tão bom ou melhor que Níxy, que também foi da sua autoria. Mas adiante, vamos à história de mais uma pérola para o Spectrum...

Assumimos aqui o papel de Nym, amoroso ser que chegou ao último dia da sua infância. E como é tradição no mundo de onde vem, tem agora que cumprir o ritual de passagem à idade adulta. Para isso tem que atravessar inteiro o diabólico labirinto Rubicon, encontrando pelo caminho os cinco Pergaminhos do Conhecimento, as três Coroas da Riqueza, o Anel de Argus e o Amuleto de Luz. Só então poderá passar pelo guardião que lhe permitirá entrar na idade adulta e encontrar o seu verdadeiro amor.


Como já devem ter percebido, a tarefa que têm perante mãos é dificílima. Não só o labirinto é um autêntico quebra-cabeças, com dezenas de entradas que vão dar a lugar algum (se tiverem sorte), ou até a caveiras (escusado será dizer o que acontece quando se lhes toca), mas existem portas (em forma de diamante) que apenas poderão ser ultrapassadas se encontrarem cartões especiais. Além disso têm que evitar dezenas de diferentes inimigos e obstáculos que povoam o labirinto, desde seres fatais ao mínimo toque, outros radioactivos que vão sugando energia, paredes também radioactivas, bolhas que vão pulando nas paredes do labirinto e que também deverão ser evitadas, enfim, uma panóplia de estranhos seres que apesar de vistosos, são tudo menos amigáveis. Mas também quem disse que a passagem à idade adulta era fácil?

A nosso favor temos muito pouco. Alguns corações que terão que ser apanhados a todo o custo e que representam mais uma vida em carteira e alguns escudos que permitem imunidade durante uns segundos, mas apenas aos seres que consomem energia (aqueles fatais ao mínimo toque ou armadilhas continuam a ter que ser evitados). E este escudo também apenas poderá ser usado uma vez, tendo que se voltar a apanhar outro escudo para termos alguma protecção extra.


Cor é coisa que também não falta e quem conhece os jogos de Blythe sabe do que aqui falamos. Mas apesar de tanta cor e de cenários esplendidamente criados, o colour clash é mínimo ou mesmo existente. Não que isso nos fizesse qualquer confusão, pois perante gráficos tão bons, o que interessaria isso, ainda mais quando se sabe que é uma característica dos jogos do Spectrum. E a melodia que acompanha Rubicon está também ao nível do restante, isto é excelente.

Mas o que mais nos impressionou é a imensa jogabilidade de Rubicon. Perante jogo tão difícil, pensar-se-ia que seria frustrante. Bem, podem contar com uma boa dose de frustração nos primeiros tempos, em especial quando demorarem n minutos para passar um obstáculo, apenas para chegarem à conclusão que o caminho é um beco sem saída. Mas rapidamente a ultrapassam e voltam ao ponto inicial para tentar um novo caminho e ver que novas maldades o programador destinou no ecrã seguinte.

Rubicon é bom, muito bom, altamente aditivo e é daqueles jogos que se quer sempre fazer mais uma tentativa. Se não acreditam, venham aqui descarregar o jogo e depois voltamos a falar. E agora desculpem-nos, mas vamos voltar a arrancar mais uns cabelos (já não nos restam muitos), e fazer mais uma tentativa de chegar à idade adulta...

Níxy: The Glade Sprite


Nome: Níxy: The Glade Sprite
Editora: Monument Microgames
Autor: Andy Johns
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Depois de um 2017 preenchido com muitos e bons jogos por parte de Andy Johns, com expoente em Ooze, este programador volta à carga com um jogo que prometia muito. E o mínimo que se pode dizer é que a espera compensou, pois o que nos foi apresentado supera mesmo as nossas melhores expectativas. É que tudo em Níxy denota um esmero e uma dedicação exemplar, começando desde logo no belíssimo ecrã de carregamento, da autoria do seu amigo (e amplamente conhecido por aqui) John Blythe.

Neste jogo assumimos a pele de uma simpática duende, que tem como tarefa ser a guardiã da Pedra de Gaia. Esta Pedra sagrada é o coração deste mundo encantado e que dá vida às plantas e flores. Mas algo estranho aconteceu, a Pedra foi corrompida e as outroras pacíficas flores e os seres da floresta, semelhantes a Estrunfes, tornaram-se perigosos e atacam quem deles se aproxima. Os Antigos falavam de uma lagoa (Lagoa da Lua) que purificava a pedra. Quem sabe não esteja aqui a solução para o problema? Temos assim que viajar pela floresta, evitando as plantas e todo o tipo de criaturas mortais para encontrar a lagoa sagrada, purificar a pedra, devolvendo-a depois à Árvore Guardiã.


A nossa primeira tarefa passa então por encontrar a Pedra de Gaia. Depois de a detectarmos, teremos que procurar a Lagoa da Lua, local onde iremos depositar a Pedra de Gaia, assim como as dez flores azuis, escondidas nos recônditos deste mundo encantado. Por fim, teremos que devolver a Pedra de Gaia, já devidamente purificada, à sua guardiã.

Parece tarefa pequena? Então experimentem jogar. O problema não são apenas os muitos obstáculos que temos que transpor. Temos também que procurar todos os itens e locais necessários ao cumprimento das tarefas, e nem sempre estes são os mais óbvios. É assim também necessário algum pensamento lateral, além de uma grande dose de destreza nos dedos.

Começam inicialmente com três vidas, mas na floresta encontram-se mais quatro devidamente escondidas em cogumelos mágicos. Vão mesmo necessitar delas se querem chegar ao final de Níxy, mesmo tendo em conta que Andy Johns foi generoso, contemplando um sistema de colisão que nos favorece e que torna a tarefa um pouco menos complicada.


Mas o que é que destinge este jogo de muitos outros do género? Em primeiro lugar os sprites e cenários criados, que são qualquer coisa de espantoso. De facto, deambular por esta floresta encantada é algo de maravilhoso, tal a profusão de cores e o bom-gosto alocados, que nem o colour clash lhe tira brilho. Sim, porque não é apenas talento na arte do desenho que aqui se encontra.

Depois, o movimento dos sprites são majestosos. Experimentem a saltar com Níxy e vejam a graciosidade com que esta se move e a forma como aterra. Nota máxima para este aspecto, ajudando a obter-se uma jogabilidade óptima, e que já é apanágio nos jogos de Andy Johns.

Por fim, a magnífica música que acompanha o desenrolar desta aventura, e que mais uma vez contribuí para que retiremos um enorme prazer deste jogo.


Se conseguirem chegar ao fim desta aventura terão uma agradável revelação. Não vamos aqui dizer de que se trata, até para vos motivar a perseverar e chegar ao fim. No final de contas, ao fim de algum tempo apanham as manhas dos vossos inimigos e começam a ultrapassar os obstáculos com maior ou menor dificuldade. O nível é o ajustado para que a tarefa não seja demasiado fácil, mas que também não se torne frustrante.

A versão física irá estar brevemente à venda via Monument Microgames. Qualquer coleccionador que se preze não deve perder este lançamento, até porque deverá vir recheado de extras, como é habitual nesta software house. Mas se quiserem antes experimentar Níxy, poderão vir aqui à página do Andy Johns dar uma espreitadela, a este e aos outros jogos deste talentoso programador.

De referir ainda o contributo dado por David Saphier, Allan Turvey, a nossa amiga Sarah Christina Burroughs (de Vintage is the New Old) e Alec Foster, dizendo ainda que em breve estará também disponível uma versão para o Spectrum Next e outra mais modesta para o 48 K.

Face a isso, apenas temos a dizer: muito obrigado Andy, por mais uma vez nos permitires usufruir de um jogo deste calibre.

sábado, 19 de maio de 2018

Casanova sai a 30 de Junho


O próximo jogo a ser lançado pela Topo / Team Siglo XXI será Casanova, clássico de 1989, e que mais uma vez contou com a participação do nosso amigo Borrocop.

A cassete terá duas versões, sendo que no lado B irá estar a versão Beta de 1988, contendo personagens diferentes, o protagonista dispara em vez de lançar notas musicais (como se vê na capa), entre outros extras. Apesar de ser jogável, não foi a definitiva, até porque continha alguns bugs.

Entretanto, a versão traduzida de Lorna (clássico de 1990) ficará para mais tarde, mas não fiquem desiludidos, pois não estará esquecida.

Bomber recuperado


Graças a Pixel Perfeito, tomámos conhecimento da recuperação de mais um jogo para o Spectrum, Bomber. Como podem verificar na imagem ao lado, é um clone do clássico Blitz, que apareceu frequentemente em listagens type-in de revistas nos primeiros tempos do Spectrum. Esta versão apareceu no livro Astounding Arcade Games para o seu Spectrum + & Spectrum e é da autoria de David Perry, podendo aqui ser descarregada.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Quahappy


Nome: Quahappy
Editora: NA
Autor: Jaime Grilo
Ano de lançamento: 2018
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48/128K
Número de jogadores: 1

O programador nacional Jaime Grilo lançou há uns dias um dos muitos jogos que está presentemente a desenvolver, Quahappy. E este tem contornos diferentes dos anteriores, apesar de ter sido criado através do Arcade Games Designer, ferramenta na qual está a tornar-se mestre, ao mesmo tempo contribuindo para que esta seja cada vez mais poderosa. Assim, em vez de um platformer puro, o que Quahappy oferece é uma aventura labiríntica, fazendo-nos lembrar Sorceress.

Mas ainda antes de começarmos o jogo somos presenteados com um belíssimo loading screen, da autoria de Andy Green, pois claro, um dos melhores designers da actualidade. Não podemos deixar de sentir um arrepio na espinha com este écrã, que dá o mote para o que se segue.

A personagem por nós assumida é Dauntless Andy. É assim chamado porque aceita qualquer desafio, por mais perigoso que seja, sempre com um sorriso na cara. E foi agora desafiado por um amigo (da onça) a penetrar numa estranha mansão e recolher as trinta valiosas moedas que por lá se escondem. Mas assim que entra, a porta da mansão fecha-se, e cabe a nós fazer com que Andy consiga sair em segurança, encontrando as chaves que abrem as várias portas, e com todas as moedas.

Quahappy é também bastante mais extenso que outros jogos do Jaime (se conseguirem terminar o jogo em menos de uma hora, estão de parabéns). Pelo facto da mansão ser um enorme labirinto de cinquenta e seis salas, com portas que apenas se abrem depois de recolhidas certas chaves, faz com que a nossa primeira missão seja mesmo mapear a mansão. Doutra forma andaremos perdidos de um lado para o outro, com imensos inimigos a evitar, pelo que o caminho mais curto que fizermos para alcançar as chaves e moedas será sempre o melhor.

Mas além dos muitos inimigos que povoam a mansão, alguns com movimentos pouco previsíveis, o autor fez mais uma maldade. Colocou algumas moedas falsas, e que apenas por tentativa e erro conseguiremos identificar. Por vezes torna-se frustrante perdermos n vidas para tentar alcançar uma moeda, apenas para chegarmos à conclusão que é falsa. Mas quem disse que a vida era simples...


Além disso, para dificultar ainda mais a nossa missão, a chave que permite sair da mansão (a main key), apenas se torna visível depois de apanharmos todas as letras que compõem a palavra "MAIN DOOR KEY". É assim garantia que terão que correr todas as salas várias vezes até darem com a última das chaves.

Quanto aos inimigos e obstáculos, estes incluem os guardiões da mansão e que estão presentes em quase todas as salas, caveiras, espíritos que se podem tornar invisíveis, além de muitos obstáculos mortais, como prensas, picos e vigas eléctricas. Assim, as nove vidas dadas inicialmente são poucas, muito poucas para a enorme tarefa que temos em mãos.


Mesmo tendo em conta que o jogo está bem implementado e que Jaime trabalha cada vez melhor com o AGD, não gostámos tanto deste jogo como dos anteriores. Talvez porque o género de labirintos não seja totalmente do nosso agrado, mas o que notámos é que ao final de algum tempo o jogo se torna um pouco repetitivo, diminuindo a sua longevidade.

Os sprites são bastante coloridos, provocando inevitavelmente algum colour clash, e a música do menu inicial é excelente. Já durante o jogo, a música, mesmo sendo sinistra e muito adequada ao tema de Quahappy, pode tornar-se repetitiva ao final de algum tempo.

A versão inicial tinha também algumas (poucas) arestas por limar, nomeadamente o facto de por vezes entrarmos numa nova sala e morrermos imediatamente sem termos tempo de nos movimentarmos. Entretanto o programador já corrigiu esta situação, pelo que quem tinha ido descarregar a primeira versão, deverá agora fazer a actualização.

Poderão aqui vir buscar estes e os restantes jogos do Jaime Grilo.