Nome: Total Recall
Editora: Ocean Software
Autor: James Higgins, Andrew P. Deakin, Ivan Horn, Warren Lancashire, Jonathan Dunn, Active Minds
Ano de lançamento: 1991
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1
E depois de na notícia anterior termos falado um pouco sobre a versão de Total Recall que nunca chegou a ser colocada no mercado, nada como analisarmos a versão "oficial".
Regra geral os jogos que têm como base os blockbusters são fracos uma vez que as editoras gastam o budget todo na licença do filme e pouco sobra para a concepção do jogo. São imensos os flops, alguns até da própria Ocean, que regra geral mete cá para fora programas de qualidade (o caso mais gritante é o de Highlander, talvez o seu pior jogo). E também basta lembrarmo-nos de Predator ou Red Heat, filmes que tiveram Arnold Scwarzenegger como actor principal (tal como em Total Recall), e que não tinham ponta por onde se pegar.
E as expectativas para Total Recall até eram bastante baixas, ainda mais após o que tinha sucedido com a primeira versão. Mas felizmente que as previsões não se confirmaram e estamos aqui perante uma boa surpresa.
Total Recall segue assim a linha do filme. Assumimos o papel de Arnold Scwarzenegger e temos que recuperar em primeiro lugar as nossas memórias e a nossa identidade, para depois libertarmos o Mundo de um malvado ditador (e não o são todos?).
O jogo, apesar de ter apenas cinco níveis, é bastante longo. Três dos níveis fazem lembrar os habituais shoot'em'ups à la Dan Dare, com muitas plataformas pelo meio, botões para activar (que dão acesso a novas áreas), puzzles para deslindar, objectos para recolher, enfim, o delírio dos mapeadores. Os outros dois níveis são bem mais fraquinhos (e fáceis). Aqui conduzimos uma viatura que tem que ao longo de um monótono caminho, desviar-se ou abater todos os inimigos com os quais se depara, para no fim darmos de caras com um osso um pouco mais duro de roer. Não que esteja mal implementado, mas também não tem nada que sobressaia em relação a muitos outros jogos do género.
Os gráficos são excelentes, em especial nos níveis com as plataformas, o som também é muito agradável, e regra geral a jogabilidade é muito boa. Talvez o grau de dificuldade seja um pouco elevado demais, isto porque apenas temos uma vida e é muito fácil darmos um passo em falso e cairmos onde não devemos.
Estamos assim perante uma produção de alto nível e que apenas não leva a classificação máxima porque os dois níveis em que conduzimos a viatura não atingem o mesmo patamar dos restantes.
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