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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Uridium


Nome: Uridium
Editora: Hewson Consultants
Autor: Dominic Robinson, Stephen J. Crow
Ano de lançamento: 1986
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

A Hewson é reconhecidamente uma das melhores editoras de Software para o Spectrum. Empregava alguns dos mais competentes programadores, com Raffaele Cecco à cabeça, mas também com Dominic Robinson, responsável por alguns dos grandes shoot'em'ups dos 8 bit. Além disso, os seus jogos, à semelhança da Ultimate, apresentavam a maioria das vezes elementos totalmente inovadores e que o diferenciavam da concorrência.

É precisamente o caso de Uridium, um verdadeiro shooter no sentido pleno da palavra. Controlamos uma nave, denominada manta, que tem que limpar todos os planetas de um sistema solar de uns invasores que vieram roubar os seus recursos. Para isso temos que neutralizar as defesas do planeta e tentar abater o máximo possível de inimigos, para, no final de cada nível, encontrarmos a pista onde poderemos aterrar a nossa nave e seguir para o nível seguinte.

Mas se abater as naves inimigas é tarefa não muito complicada, o mesmo já não se pode dizer dos obstáculos de cada planeta. A começar por um sistema de minas, em número de 3 ou 4 por nível, e que sempre que passamos ao seu largo, se não formos à velocidade máxima, envia-nos um míssil a que muito dificilmente conseguimos escapar. O problema é que indo à velocidade máxima, necessitamos de reflexos ultra rápidos para nos desviarmos dos muitos obstáculos que povoam cada cenário. E em alguns locais temos mesmo que rodar lateralmente a nave 90 graus, doura forma não existe espaço para passarmos o obstáculo em segurança.


No entanto, Uridium tem alguns pontos desfavoráveis e que o impedem de ter uma classificação mais elevada. A primeira é a sua jogabilidade, que diminuí bastante por força de não ter teclas redefiníveis (e as dadas por defeito serem tudo menos confortáveis, à semelhança do que acontecia nos jogos da Ultimate), mas também pelo elevado grau de dificuldade, que logo à partida vai desincentivar muitos de persistirem. Por outro lado, sendo Uridium monocromático e os obstáculos muito semelhantes ao longo dos níveis, também isso faz com que alguns jogadores desmotivem e não tentem passar para os níveis mais avançados. E o que é uma pena, pois para quem persistir, será recompensado com alguns cenários muito bem conseguidos.

Em suma, um jogo que atinge um patamar alto mas que poderia ser ainda melhor, bastando para isso ter tido a possibilidade de redefinir as teclas, por exemplo.

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