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terça-feira, 4 de julho de 2017

Bobby Bearing


Nome: Bobby Bearing
Editora: The Edge
Autor: Robert Figgins, Trevor Figgins
Ano de lançamento: 1986
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Entre 1986 e 1987 foram colocados no mercado uma série de jogos inspirados em Gyroscope, alguns fraquitos, outros de grande qualidade, como é o caso deste Bobby Bearing.

Nesta aventura assumimos o papel de Bobby, que vive descansadinho da vida com a sua família em Technofear, terra futurista feita de aço. No entanto estavam avisados que não podia sair da região e ir para a terra dos Metaplanes, terríveis rolamentos mutantes semelhantes a esferas pretas e que fazem todo o tipo de judiarias a quem se aventura na sua terra. Mas Bobby tem uma ovelha negra na família, o seu primo, que o veio ver e convenceu os seus irmãos mais novos a visitarem a terra dos Metaplanes. E estes foram agora aprisionados, cabendo a Bobby resgatar os 4 irmãos e o primo, mesmo este não o merecendo.


A história dá logo a entender que estaremos perante uma árdua tarefa, e assim é. Ao longo de um labirinto 3D teremos que procurar pelos entes aprisionados e trazê-los de volta a casa, isto é, empurrá-los no caminho de volta a Technofear. O problema é que são muitos os obstáculos com que nos deparamos. Além dos terríveis Metaplanes, existem plataformas que nos esmagam, puzzles para deslindar, entroncamentos que parecem inultrapassáveis, em especial quando empurramos o nosso familiar (em muitos caso teremos que descobrir um caminho alternativo para desbloquear o congestionamento). E como se não bastasse, temos um tempo limite para isso.

O tempo é mesmo o nosso principal inimigo, pois de cada vez que caímos numa armadilha, isto é, sermos esmagados por uma plataforma ou darmos uma grande queda, lá se vão mais uns minutos preciosos. E sendo o labirinto enorme, não nos podemos dar ao luxo de perder tempo, pois se este chega a zero, o jogo naturalmente acaba.


Apesar da dificuldade, este é daqueles jogos que é fácil de entrar mas muito difícil de dominar. Aliás, é isto mesmo que define os bons jogos. Apenas vaguear livremente pelo labirinto, sem ter a preocupação de cumprir com a missão, já é um prazer, pois está tudo tão bem implementado, o movimento de Bobby é tão suave e o efeito de inércia respeita todas as regras da física, que é um deleite para os nossos olhos vê-lo rebolar pelos trilhos.

Depois, os gráficos são do melhor que já se viu para o Spectrum, com um efeito 3D perfeito, e que mesmo sendo monocromáticos não lhes retira brilho. Apenas o som poderia ser um pouco melhor, mas para apenas 48 K de memória não se poderia pedir mais.


Fica também uma cheat, apesar de estar devidamente "legalizada" pelo próprio programa que inclusive a assinala no menu das opções. Assim, quando encontram um dos vossos familiares, se carregarem na tecla "Q", este é automaticamente levado para a saída, não tendo Bobby que se preocupar em transportá-lo. A vossa tarefa fica assim substancialmente mais facilitada.

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