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quinta-feira, 13 de julho de 2017

Brum Brum


Nome: Brum Brum
Editora: Astor Software
Autor: Pedro Bandeira e Cunha
Ano de lançamento: 1984
Género: Gestão de desportiva
Teclas: NA
Joystick: NA
Número de jogadores: 6

Brum Brum é um dos jogos portugueses mais conhecidos de sempre. Atrevemo-nos mesmo a dizer que apenas é suplantado por Paradise Café, mas isso por razões que ficam para outras núpcias...

Neste jogo assumimos a figura de um patrão de uma escuderia da Formula One. Em primeiro lugar temos que escolher o nosso carro, com seis diferentes à escolha (os mais prestigiados em 1984). Preparamo-nos então para a primeira corrida da época, seleccionando o nível de performance entre 60, 80 ou 100%. O primeiro dá-nos maiores garantias  de terminar as corridas, mas também muito menos hipóteses de as ganharmos. Já na terceira hipótese assumimos uma condução de maior risco, com maior probabilidade de vitória, mas também de ter um acidente. Uma boa parte da estratégia passa por este opção, que deve ser conjugada com o nível do carro que temos na mão.

E aqui entra o segundo factor estratégico. Temos os vários componentes do carro e o respectivo estado, visualizado através de um gráfico de barras. Tendo dinheiro para gastar (só obtemos dinheiro terminando as provas), teremos que decidir se compramos ou arranjamos os diversos componentes, que se vão desgastando ao longo das corridas. Obviamente que se tivermos o carro no máximo, as hipóteses de ficarmos bem classificados aumenta. Por outro lado, se tivermos o carro preso por arames, dificilmente conseguimos terminar as provas. Não as terminando, não obtemos dinheiro para os arranjos, não nos sendo permitido entrar nas provas e entramos então num ciclo vicioso difícil de sair, residindo aqui um dos poucos aspectos negativos deste jogo.


Depois de termos o carro pronto para a corrida, surge a grelha de partida. Os carros arrancam e depois vemos um a um os carros a terminarem a prova (ou não, o que é mau sinal). Todo este processo é bastante rápido, levando a que consigamos acabar um campeonato, mesmo com seis jogadores humanos ao mesmo tempo, em pouco mais de uma hora.

A possibilidade de ter até seis jogadores em simultâneo é mesmo um dos seus grandes pontos fortes, pois dá um gozo danado arranjar-se um grupo para fazer uns campeonatos (só comparável aos campeonatos de Match Day). Muitos dos pontos fortes de Brum Brum foram posteriormente e de forma superior aproveitados por Formula One, da CRL, que permanece ainda hoje como o supra sumo deste tipo de jogos, pese embora as críticas destrutivas que teve na altura feitas pelas revistas britânicas.


Ao nível gráfico Brum Brum é básico e mais não precisa. Mas som não existe e talvez aqui houvesse espaço para introduzir uns beeps que animassem um pouco a coisa. Mas isto é apenas um pormenor, num jogo que sendo português e tendo aparecido nos primeiros tempos do Spectrum, continua a dar cartas.

Uma nota final: no World of Spectrum, o ficheiro .tzx encontra-se com um erro, situação que corrigimos e que brevemente será disponibilizada para os nossos leitores.

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