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sábado, 6 de janeiro de 2018

Crash 2018 Annual


Nome: Crash 2018 Annual
Editora: Fusion Retro Books
Autor: Chris Wilkins
Ano de lançamento: 2017

Durante quase uma dezena de anos a revista Crash, juntamente com a Your Spectrum / Your Sinclair e a Sinclair User, dominou o mercado britânico (e não só) no que diz respeito a publicações relacionadas com o Spectrum. Algumas delas tinham também o hábito de lançar um anuário com o que de melhor tinha acontecido ao longo do ano ou temas que não foram cabendo nas revistas mensais. E vinte e cinco anos depois da última revista Crash, eis que um novo número é lançado, graças aos esforços de Chris Wilkins, que já nos deu outros livros muito interessantes, entre os quais The Little Book of ZX Spectrum e  The Story of the ZX Spectrum in Pixels (vol 1, 2 e 3).

O que vão encontrar neste anuário é exactamente aquilo que foi anunciado na campanha Kickstarter, que tão bem-sucedida foi. E ainda bem, pois vieram alguns brindes adicionais, sendo o nosso preferido o mapa de Pentagram desenhado pelo mítico Oliver Frey. Aliás, o que mais encontram no anuário são referências a este artista gráfico e que por si só vale a sua aquisição.

As reviews (que tanto apreciamos), também aqui têm lugar de destaque. São às dezenas e cobrem os últimos sete anos. Mas se este é um dos aspectos que mais apreciamos, também aqui residem, no nosso entender, os dois únicos pontos que poderão ser melhorados. Por um lado foram poucos os jogos seleccionados de 2017 comparativamente ao resto dos anos. Sendo que se trata do anuário de 2018, pela lógica 2017 deveria ser o ano predominante. Ainda mais quando durante esse ano saiu mais de uma centena de jogos, alguns de elevada qualidade, e mesmo sabendo que o anuário começou a ser preparado em meados do ano, já havia indicações fortes que um jogo como o The Sword of Ianna, por exemplo, estaria eminente (pelo menos deveria aparecer na rubrica das previews). Mas a sensação que se fica é que o mercado ibérico (Portugal e Espanha) não conta para os britânicos. Por outro lado, o esquema de pontuação dos jogos também não é consistente. Dizer que se deve evitar um jogo e dar-lhe uma pontuação entre 70% e 79% não nos parece muito lógico.

No entanto, os pontos positivos superam em muito os negativos. Assim, a estrutura está bem organizada, os textos bem escritos e com temas muito pertinentes (gostámos especialmente do artigo sobre o Spectrum Next, que no fundo representa o futuro do panorama). E graficamente está um espanto, talvez o melhor que já vimos sair da mente criativa de Chris Wilkins.

Deixamos apenas mais uma sugestão para o autor: os jogos de estratégia / gestão também representam um nicho muito interessante e a merecer tanto ou mais destaque que os jogos de aventura. Não é à toa que Laser Squad e Formula One estejam justamente nas escolhas dos melhores jogos de sempre desta plataforma. Assim, porque não aumentar (ainda mais) o destaque para este género, que diga-se,  não foi esquecido no anuário? Por outro lado, adorámos ver o Johnny Reb II ser considerado um dos melhores jogos do género, jogo pelo qual temos um carinho muito especial.

Em resumo, damos nota máxima a este anuário, não só porque estamos ávidos de publicações do género, mas porque realmente tem uma qualidade extraordinária. Quem não o fez durante a campanha de crowdunding, pode agora adquirir o mesmo por £15 aqui.

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