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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Mad Mix Game


Nome: Mad Mix Game
Editora: Topo Soft
Autor: Rafael Gomez Rodriguez, ACE, Gominolas
Ano de lançamento: 1988
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

De vez em quando aparecem jogos que reinventam um género que parecia estar esquecido no tempo. Aconteceu isso com Arkanoid, que deu uma roupagem nova a Breakout e fazendo aparecer logo uma série de novos títulos semelhantes, e com este Mad Mix Game, que pegou em Pacman e o revolucionou de uma forma difícil de imaginar inicialmente. Curiosamente, na mesma altura surgiu Pac-Mania, embora ficasse uns (poucos) furos atrás, na nossa opinião.

Assim, ao invés de termos um único cenário em 2D, temos agora quinze diferentes cenários em 3D, correspondentes aos quinze níveis do jogo, voltando depois ao início quando o terminamos (terão que suar muito para isso). E se o primeiro nível é relativamente simples de ultrapassar, já a partir do segundo a coisa complica-se bastante. É que como se não bastasse termos que comer todas as pílulas de cada cenário (aqui representadas por icons que se parecem com lâmpadas), agora apenas temos uma parte do cenário visível, levando-nos por vezes a andar às aranhas à procura das pílulas que estão por comer. Temos também os quatro habituais fantasmas que nos perseguem e mais uma série de obstáculos de que já falaremos.


Para começar, a partir do segundo nível aparece um novo personagem, que além de ter o mesmo efeito que os fantasmas, isto é, se lhe tocamos rouba-nos uma vida, vai também estragando as pílulas. Então, para as comermos, teremos previamente que passar por elas com uma ferramenta semelhante a uma pá, que as torna novamente operacionais, e só depois as podemos voltar a comer. Mas o problema maior é que para termos a pá, teremos que apanhar um icon que apenas se encontra num local do cenário, e enquanto tivermos a pá nas nossas mãos, não podemos comer as pílulas. Complicado, não é?

Depois aparece também uma joaninha que vai plantando novas pílulas pelo cenário, aumentando a dimensão da nossa tarefa. Não raras vezes pensamos já ter comido todas as pílulas e aparece mais uma, algures num ponto distante do cenário, colocada por esta hedionda criatura (quem disse que a joaninha era um ser adorável?).

Há depois portas que apenas se abrem para um dos lados (cuidado para não ficarem bloqueados, embora por vezes até sejam úteis fazendo-nos escapar dos fantasmas), setas que fazem com que Pac-man se movimente sem possibilidade de parar ou mudar de direcção e fazendo muitas vezes ir de encontro a um fantasma com os resultados que podem calcular, além de becos sem saída que potenciam as hipóteses de sermos apanhados pelos fantasmas (mas que têm à mesma que ser percorridos se queremos comer todas as pílulas).


Claro que, tal como no original, também aqui temos algumas ajudas. O icon com o vampiro transforma-nos durante alguns segundos nessa personagem, podendo comer os fantasmas, joaninhas e outros inimigos e ao mesmo tempo comer as pílulas. É sem dúvida o melhor add-on do jogo. Mas também podemos apanhar o icon com o hipopótamo e sermos transformados num. Não é por acaso que este é o animal mais temido em África, pois leva tudo à frente. No entanto tem um contra, pois enquanto estivermos na pele de um hipopótamo, não conseguimos comer as pílulas. Podemos ainda em certos locais sermos transformados numa nave e desatar aos tiros a tudo o que se mexa, eliminando os nossos inimigos.

Mad Mix, ao contrário de uma boa parte dos jogos espanhóis, tem uma jogabilidade espantosa. É fácil de nele entrar, mas muito difícil de o dominar (típico dos bons jogos). E tem aquele toque especial que nos faz sempre voltar a carrega-lo, tentando agora chegar mais longe do que da vez anterior.

E que dizer dos gráficos? Quem esperava algo básico vai ficar maravilhado com a revolução que também por aqui chegou. Apesar de monocromáticos, os cenários são muito imaginativos e atractivos, contribuindo ainda mais para o enorme gozo que temos a jogar Mad Mix.

6 comentários:

  1. Este jogo é uma pequena jóia da coroa. Tecnicamente espantoso bem como uma jogabilidade surpreendente. Mas sou suspeito de falar, porque sempre foi um dos meus favoritos, desde que este jogo e a sua sequela chegaram às minhas mãos numa das cassetes distribuídas com a Microhobby. :)

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  2. A jogabilidade espantosa foi aquilo que me chamou logo a atenção

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  3. Mário Viegas25/1/18 05:19

    Provavelmente o meu jogo espanhol predilecto.

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  4. Um dos melhores jogos do seu tempo.

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  5. estamos todos de acordo com este jogo :)

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