Nome: Apulija-13 (v 2.0)
Editora: NA
Autor: Alessandro Grussu
Ano de lançamento: 2013/2018
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1
Depois de Alessandro Grussu ter revisitado Lost in My Spectrum, o seu primeiro jogo, lança agora um remake de Apulija-13, criado com o AGD há cerca de cinco anos, tendo sido uma homenagem aquele que considera como o melhor jogo de sempre. Laser Squad. E neste aspecto estamos inteiramente de acordo com Grussu.
Além dos muitos melhoramentos que foram feitos, Grussu aproveitou ainda para traduzir Apulija-13 para a nossa língua, até porque a conhece bem (é o próprio quem faz as traduções). Aliás, o próprio manual encontra-se traduzido para português e é extremamente informativo. Mas ainda antes de falarmos das novidades desta nova versão, convém falar-se um pouco da sua história.
Tal como qualquer filme de terror, o enredo começa com uma verdadeira cena cinematográfica estilo Aliens, com mortos e muito suspense à mistura. Aliás, só por isso vale a pena dar uma espreitadela ao extenso manual. Mas basicamente controlamos uma personagem chamada Jonlan, temos que nos infiltrar num pequeno planeta rochoso (Apulija-13), e roubar os planos de uma arma de destruição maciça, única forma de virarmos o destino de um grave conflito armado a nosso favor.
A acção passa-se numa base, fazendo lembrar o já referido Laser Squad. Mas enquanto nesse tínhamos um brilhante jogo de estratégia (tactical combat) por turnos, aqui temos um misto de aventura de arcada com acção. Aliás, o ritmo é mesmo frenético, não dando para parar para respirar nem um segundo, com inimigos por todos os cantos, alguns a seguirem um padrão regular, e portanto mais facilmente evitáveis, mas outros que nos movem uma perseguição autêntica.
Ainda por cima a nossa missão é complexa, pois não é só chegar à base e roubar os planos. Muitas das salas estão fechadas e para lá entrarmos temos que encontrar e utilizar o passe correspondente. Mas além disso teremos que roubar um disco de dados contendo os planos das armas experimentais em desenvolvimento, colocar uma bomba-relógio na câmara que abriga o núcleo do gerador de energia que alimenta a base e encontrar um nanoreator de reserva para o motor de antimatéria de nossa nave. Sem esquecer que assim que colocam a bomba-relógio inicia-se a contagem decrescente e ai é regressar à nave o quanto antes, para depois terem ainda uma surpresa final deixada pelo programador (vão necessitar de completar a missão para ter o código de acesso que vos permite ver a sequência final). Coisa pouca, não é?
Assim, quem já jogou Sophia, lançado o ano passado por Grussu, verá que foi a evolução lógica deste Apulija 13, com uma mecânica de jogo semelhante em muitos aspectos (como por exemplo o movimento dos inimigos). Por outro lado, a nível gráfico, além das óbvias influências de Laser Squad, nota-se um bom nível de detalhe da base, com uma interessante profusão de cores, não evitando o colour clash, que no entanto é uma característica do Spectrum que até lhe dá algum carisma.
Quanto às novidades relativamente à versão original, são mais que muitas, mas incluem, entre outras:
- Dois ecrãs adicionais
- Dois níveis de dificuldade
- Código de acesso à parte extra
- A tecla de disparo apanha os objectos (continuam a ter a de inventário)
- Novo painel de bordo
- Os inimigos causam menos danos
- Quando eliminados, alguns inimigos deixam (por vezes) munições e medicina
- Algumas mudanças ao nível dos sprites e dos próprios cenários
- Metade dos objectos são colocados aleatoriamente no início do jogo
- Todos os objectos estão visíveis
- Foi adicionado o extintor (para apagar os fogos)
- Novos efeitos sonoros
- Música de fundo AY na versão 128 K
- Possibilidade de redefinição de teclas
- Tabela de pontuação
- Melhoria no ecrã de carregamento
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