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quinta-feira, 19 de julho de 2018

The Big Sleaze 2 1/2


Nome: The Big Sleaze 2 1/2
Editora: NA
Autor: Mark Hardisty
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2018
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1

The Big Sleaze surgiu em 1987 pelas mãos da Piranha e foi das mais bem-sucedidas aventuras de texto de sempre. Foi ai que pela  apareceu o personagem Spillade, detective particular, a quem nem o crachá falta, surgido da mente de Fergus McNeill, especialista em lançar para o mercado excelentes aventuras de texto.

Coube agora a Mark Hardisty a difícil tarefa de lançar uma sequela com qualidade que pelo menos se aproximasse do original. E o mínimo que podemos dizer é que conseguiu-o plenamente, mantendo ainda o estilo gráfico e literário da primeira aventura, com um humor e um calão típico Nova-iorquino, local onde se passa a acção.

A aventura inicia-se na casa do detective, ressacado e vestido ainda com as roupas do dia anterior, depois de (mais) uma bem regada noite a álcool, como é tónica neste tipo de literatura. Spillade é então contratado para resolver o caso de um roubo de pedras preciosas, e a partir daí tem que desenvencilhar-se nos locais mais obscuros e perigosos de Nova Iorque.


As dificuldades começam logo com o tipo de linguagem, isso para quem não tem o inglês como língua nativa, como é o nosso caso. É que o calão é profusamente utilizado, muito embora os comandos a utilizar sejam os normais neste tipo de jogos. Assim, depois de se habituarem a este calão (um bom dicionário de calão americano disponível é meio caminho andado para o sucesso), rapidamente começam a avançar na aventura, e por vezes a levar com chumbo, também.

Para nos ajudar, o programador deixou algumas instruções para os que testaram o jogo e que na altura em que o fomos descarregar, vinha incluído. Se propositadamente ou não, não o sabemos, mas ficam aqui algumas dicas:

  • To escape the bed, rise!
  • To interrogate, distract Valentine and channel la condifential
  • Crowd like a distant star? Think like Copernicus
  • Hang around in the bar and get inside information
  • Cross characters palms with silver or try force
  • The flower lady may sell more than one variety
  • Don’t defuse danger
  • Need things to buy? Think Mr Benn
  • Look before you leap


Como podem verificar nos screenshots que aqui disponibilizamos, o grafismo segue muito de perto o original, e são o complemento perfeito para uma aventura muito negra, tal e qual um film noir de grande categoria. 

Os (poucos) puzzles que já resolvemos também estão bem conseguidos, e apesar de ainda não termos conseguido avançar muito nesta aventura (isto vai ser trabalho para uma semana inteira), tudo aquilo que vimos agradou-nos sobremaneira, convidando-nos a continuar a tentar resolver o mistério do roubo das pedras preciosas. De facto, desde o início que entramos totalmente na atmosfera de The Big Sleaze, vivendo intensamente a personagem, um pouco à semelhança do que acontecia em algumas outras aventuras, com as da CRL e Melbourne House à cabeça (a trilogia de Tolkien, The Boggit, Bored of the Rings, etc.).

Este é um jogo que qualquer fã de aventuras de texto deverá obrigatoriamente experimentar, e não se esqueçam de ter a seis tiros sempre à mão, devidamente carregada.  

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