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terça-feira, 30 de outubro de 2018
Chibi Akuma's
Nome: Chibi Akuma's
Editora: Poly.play
Autor: Akuyou56
Género: Shoot'em'up
Ano de lançamento: 2018
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: 128 K
Número de jogadores: 2
Após a nosso preview e a posterior notícia do lançamento (que podem ver aqui), publicada no passado dia 26, podemos finalmente apresentar-vos a nossa análise ao jogo.
Para começar, devo dizer que nunca fui fã de jogos tipo bullet hell e olhando para este jogo tive sempre como ponto de comparação o clássico R-Type, que considero ser dos melhores, senão o melhor side-scrolling shooter feito para o Spectrum.
Dito isto, ainda assim tentei manter-me de mente aberta, mesmo sabendo que muito dificilmente o Spectrum conseguiria suportar a complexidade de gráficos e movimento que um jogo destes pede, mas de nada serviu pois fiquei seriamente desiludido com este novo lançamento.
Tinha a ideia que seria um bom jogo e vendo as versões para o MSX ou Amstrad CPC, que me parecem bem mais interessantes, posso compreender as limitações, mas devo dizer que o Spectrum não é de todo a máquina ideal para este tipo de jogo. Considero que a conversão e implementação neste sistema, tendo em conta os excelentes títulos que temos tido nos últimos tempos, que puxam pelo computador ao seu limite, ficou bastante aquém do esperado e o resultado final não me agradou de todo.
No entanto, devo elogiar a história e o humor negro usado ao longo do desenrolar do jogo que lhe dão uma personalidade única e a complexidade do jogo no seu todo, algo que nunca esperei ver num Spectrum.
Infelizmente este não tem capacidade para processar as centenas de projecteis que são lançados no ecrã, levando assim a uma alteração constante da velocidade do jogo, dependendo da quantidade de inimigos presentes no ecrã que ora acelera, ora fica muito lento, alterando também a música de fundo do jogo.
Graficamente achei um esforço bastante fraco, tanto o desenho em geral como a escolha das cores não me agradaram. Reparei que de modo a evitar o colour clash e separar os elementos do cenário, tanto a personagem como alguns inimigos e power-ups tem uma moldura negra / azul em sua volta que além de ocultar o cenário em volta, visualmente considero ficar bastante mal.
A música é extremamente repetitiva e desinteressante, se esperam ouvir uma daquelas músicas que até têm vontade de ouvir fora do jogo esqueçam, esta tornou-se irritante ao ponto de me fazer tirar o som enquanto jogava...
Quanto à jogabilidade, não está má de todo, mas com os problemas que já apresentei torna-se difícil a navegação pelo ecrã. Devo dizer que o jogo também se torna bastante difícil, especialmente a partir do terceiro nível em que a quantidades de projecteis e inimigos no ecrã se tornam demasiado numerosos, ficando cada vez mais difícil assegurar a sobrevivência do nosso personagem. Felizmente o autor do jogo decidiu conceder-nos uma grande quantidade de novas tentativas (até 250, valor que pode ser alterado nas configurações do jogo) e quando retornamos ao mesmo, somos colocados no mesmo local onde morremos, o que não é mau, mas ainda assim não faz com que o jogo deixe de ser frustrante.
Sinceramente, joguei durante um bom tempo, mas não tive a paciência de chegar ao final. Numa era em que são lançados dezenas de jogos todas as semanas, cada vez de maior qualidade e a levar cada vez mais longe as capacidades do Spectrum, não consegui encontrar nenhuma justificação para perder mais tempo com um jogo que não me estava a dar prazer algum jogar.
Talvez os entendidos possam contestar que houve algum mérito pelo esforço de colocar tudo aquilo num computador com as limitações do Spectrum e pelo menos devo reconhecer a ambição e que a ideia seria boa, mas a execução desiludiu-me bastante.
Dou três estrelas pelo esforço, mas não o posso considerar um jogo bom, tendo a bitola alta com que algumas produções recentes nos deixaram. Infelizmente, na minha opinião, ainda não foi desta que conseguimos ter um bom bullet hell shooter no Spectrum.
Se, no entanto estiverem interessados em testá-lo e tirar as vossas próprias conclusões, aqui têm o link para download gratuito. Também está disponível à venda no site da editora Poly.play, aqui, nas versões Zx Spectrum em disquete para o +3, para MSX2, Amstrad CPC ou Enterprise.
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