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sábado, 27 de outubro de 2018

Sex Crime


Nome: Sex Crime
Editora: Omycron Software
Autor: Paulo Jacob, Miguel França
Ano de lançamento: 1985
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Sex Crime é um jogo estilo arcade com uma premissa algo bizarra que, aproveitando o alvoroço gerado pelo Paradise Café procurou apanhar também algum do público que demonstrou interesse nesse jogo. Fê-lo aproveitando as temáticas que mais deram que falar na altura - o sexo e a violência, sendo o objectivo principal do jogo violar mulheres, sem se ser apanhado. Também, de modo semelhante ao Paradise Café, aposta no humor, apesar de um pouco básico, para apelar ao público e aposto que terá por isso mesmo sido um sucesso junto das camadas mais jovens.

Decidi abordar este jogo, por ser dos poucos que tenho em formato físico, numa cassete pirata da época, vendida pela loja Helgo Computadores da Pontinha e por ter um tema algo incomum no nosso panorama nacional e, diria até, internacional.


A história, bem... não existe. Neste jogo controlamos um homem de bigode (o típico macho tuga) que deverá percorrer um prédio, entrando nos vários apartamentos, violando tantas mulheres quanto possível dentro de um limite de tempo. Devemos ter o cuidado de não ser apanhados pelo guarda que nos mata imediatamente com um tiro nos "tomates" (palavra do jogo) e de não cair no poço do elevador, os dois principais perigos.

Podemos utilizar esse mesmo elevador para navegar por entre os pisos, mas como também o polícia o poderá usar, temos de gerir com cuidado esse recurso. Caso nos vejamos encurralados, podemos também saltar da varanda para o piso inferior para escapar.


Tem como pontos positivos desenhos simples, cómicos e coloridos, apesar de as personagens serem transparentes, e as pequenas músicas que acompanham o jogo. Outro pormenor engraçado é o "attract mode" do jogo, que tal como nos clássicos jogos arcade, enquanto estamos no menu, nos mostra um pouco de gameplay e algumas animações com efeitos sonoros muito chamativos. Tem uma boa jogabilidade e daria um bom jogo estilo arcade não fosse o tema e alguns defeitos, sendo o maior o reduzido tempo que temos disponível.

Será mesmo esse o principal problema, já que como temos apenas pouco mais de 20 segundos de tempo de jogo, torna-se muito difícil explorá-lo devidamente, além disso este é bastante curto e limitado. Não existem vários níveis para explorar ou cenários e só existe um método para se obter pontuação.

Infelizmente não conhecemos mais jogos dos mesmos autores, o que é pena, pois demonstram ter capacidade para fazer muito mais e melhor, ficando Sex Crime para a história, fundamentalmente pela sua temática. Ainda assim, para quem o quiser experimentar está preservado há alguns anos e podem encontrá-lo na página do World of Spectrum e da Spectrum Computing.

2 comentários:

  1. Ora aqui está um jogo cuja história também eu gostaria de conhecer um pouco mais.
    Sem dúvida um jogo muito básico, mas pela abordagem totalmente fora da corrente do que era habitual encontrar nos jogos para ZX Spectrum da época, ficou completamente marcado nas nossas memórias devido a esse facto, e por isso mesmo, muita de aquela curiosidade, ainda por cá anda, eheh...

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    1. Curiosamente, o Pedro Pimenta (quem escreveu estar review), ainda por cá não andava quando este jogo saiu (é o Benjamim do grupo). Só o conheceu bastante mais tarde (naturalmente), mas eu lembro-me bem de ainda dar uns "toques" nisto nos anos 80, eheh

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