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domingo, 27 de janeiro de 2019

Crazy Cars II


Nome: Crazy Cars II
Editora: Titus
Autor: Desconhecido
Ano de lançamento: 1988
Género: Race'n'chase
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: 48/128K
Número de jogadores: 1

Quando a Titus lançou Crazy Cars em 1988, na ressaca de Out Run, pensou-se que poderia ser o sucessor deste. No entanto a realidade veio demonstrar o contrário, Crazy Cars não passava de um race'n'chase chato, sem nada que o distinguisse dos muitos jogos do género. No entanto vendeu que se fartou, a que não é alheio a forte campanha de marketing associada. Passado uns meses a Titus volta à carga com a sequela. O facto de não apresentar sequer screenshots da versão do Spectrum na capa, mas sim do Amiga, não augurava nada de bom. Fomos então dar uma espreitadela ao jogo.

Em Crazy Cars II conduzimos um potente Ferrari F40,e estamos numa luta contra o tempo para apanhar os maus da fita, neste caso polícias corruptos. O problema é que os restantes polícias não sabem da história, e não têm qualquer pejo em nos tentar capturar, dificultando a nossa vida ao máximo. Até barreiras vão colocando à nossa frente, pelo que a tarefa não é fácil.

Devemos também estar munidos do mapa de estradas, pois vão aparecendo bifurcações e teremos que optar pela correcta. Aqui surge o primeiro problema, é que possuímos a edição original, e esta não contém o mapa que reproduzido aqui ao lado, e sem este, é um exercício de pura sorte darmos com as estradas corretas.

Não sabemos se será uma falha da Titus no lançamento do jogo, que inclusive refere o mapa no manual que o acompanha (além do próprio dashboard do carro indicar o número das estradas), mas o facto é que não o encontrámos em edição alguma.

Por outro lado, os próprios cenários são todos muito idênticos, apenas a preto e branco, não sendo fácil memorizar a rota ideal para chegar ao fim. Às tantas começamos a andar em círculos, entrando e saindo constantemente de cada um dos quatro estados que fazem parte deste jogo.

Embora se note alguma evolução relativamente ao primeiro jogo da série, não é suficiente para dizer que estamos perante um bom jogo. Está bem implementado, sem dúvida, e ao contrário do primeiro, neste temos a sensação de velocidade (que por exemplo não têm em Out Run). No entanto, pouco mais fazemos do que acelerar ao máximo, tentar não abalroar a polícia ou as barreiras colocadas por esta, e de vez em quando sair por uma escapatória que leva a outra estrada praticamente igual à anterior.


Esta sensação de monotonia, potenciada pelo cenários quase iguais e o ronronar constante do motor, leva a que nos enfademos rapidamente e carreguemos algo mais emocionante, como Chase H.Q., cujo conceito é semelhante, mas muito mais animado que este Crazy cars II.

Mesmo assim, não pensem que Crazy Cars II é muito mau. Porventura os aficionados dos race'n'chase irão gostar. Mas é um jogo apenas para os apreciadores do género, pois é como diz o ditado: "muita parra e pouca uva".

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