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sábado, 5 de janeiro de 2019

Elon M. with Jetpack


Nome: Elon M. with Jetpack
Editora: NA
Autor: Rafa Vico
Ano de lançamento: 2018
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Fazer um remake de Jetpac, clássico de 1983 da Ultimate e justamente considerado como um dos melhores jogos de sempre a aparecer para o Spectrum, seria sempre um projecto muito ambicioso. Mas Rafavico não se intimidou e meteu mãos à obra, lançando-o na competição ZX-DEV-MIA-Remakes. Deu-lhe então o curioso nome de Elon M. with Jetpack, baseado na personagem do multimilionário Elon Musk, ao qual não faltou um loading screen muito engraçado de Igor Errazking (de Espanha chegam alguns dos melhores artistas gráficos, legado que também teve o contributo do nosso amigo Borrocop), dando uma roupagem completamente nova ao clássico da Ultimate.

Os objectivos permanecem iguais ao original: somos deixados num planeta longínquo, apenas armados com uma pistola laser e munidos de um jetpac que nos permite voar, e temos que ir recolhendo os pedaços de nave e o combustível que vão caindo do céu, levando-os depois para um ponto pré-definido do cenário. Após todos os objectos serem recolhidos, podemos então entrar na nave que descola para novo planeta, numa sequência em tudo semelhante ao original. Nada de novo até aqui, portanto...


Mas em que é que este Elon M. with Jetpack se diferencia então do clássico da Ultimate? Em primeiro lugar, e como seria de esperar, os cenários e os sprites. Cada planeta é agora completamente distinto do anterior, com as plataformas colocadas nos mais diversos locais, dificultando bastante a tarefa do nosso herói, em alguns casos. Os inimigos mantém a forma e as características principais, havendo alguns mais pacíficos e fáceis de evitar, mas outros, como é o caso dos robôs semelhantes a pássaros, que são umas autênticas pestes e atiram-se a nós com todas as ganas.

Outra novidade deste jogo é a impossibilidade de disparar continuamente, tal como acontecia no original e que facilitava em demasia a missão. Podemos aqui fazê-lo, mas apenas momentaneamente, pois ao fim de alguns segundos a pistola laser aquece (fica avermelhada), impossibilitando-nos de durante alguns segundos continuar a disparar.

Por fim, por vezes os próprios objectos ultrapassam as plataformas. Parece um pouco estranho, mas esta possibilidade, que acontece de forma aleatória, foi a forma mais ou menos engenhosa que o programador encontrou para evitar que permanecêssemos sempre no topo das plataformas. Assim, volta e meia, temos que descer à terra para apanhar os objectos, ficando mais sujeitos a encontros imediatos de terceiro grau.


A jogabilidade está bastante aceitável, com um nível de dificuldade crescente, mas não frustrante, se bem que alguns níveis sejam verdadeiramente diabólicos. Mas à medida que fomos explorando o jogo, fomos avançando gradualmente nos níveis (ainda não chegámos ao fim, não sabemos quantos existem, mas seguramente mais que no original). Para o jogador médio, o desafio é perfeitamente ajustado, se bem que existam sempre aqueles "pros" que rapidamente irão dar a volta a todos os níveis.

Música apenas no modo 128 K, da autoria do também conhecido Sergio thEp0pE. Estando bem conseguida, quase que nos passa despercebida devido à velocidade frenética do jogo, mas vale a pena fazer umas pausas para a apreciar.

Assim, não atingindo o brilhantismo do original, o que seria praticamente impossível, diga-se, estamos perante um trabalho muito meritório e que seguramente irá fazer as delicias de todos os shooters que por ai andam. É gratuito, podendo aqui ser descarregado.

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