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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
Sardonic
Nome: Sardonic
Editora: Penisoft
Autor: MadAxe
Ano de lançamento: 2019
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Foi lançado o primeiro jogo do ano, e, coincidência ou não, foi criado por autores portugueses. Não conhecíamos José Mário Machado, ou MadAxe, se preferirem, que desenvolveu o jogo ao longo dos últimos dezassete anos, dando-lhe o sugestivo nome de Sardonic, tendo sido editado pela não menos sugestiva Penisoft (nisso os tugas são imbatíveis). De realçar ainda que, além da versão para Spectrum, também existe na versão para PC, e está em desenvolvimento a versão para o Amiga.
Para primeiro jogo de MadAxe, ainda mais desenvolvido em Assembly (o autor disponibiliza também na sua página o source), não se podia pedir muito mais. Estamos perante um shoot'em'up puro com todos os ingredientes que fazem as delicias dos shooters, isto é, grande rapidez de movimentos e de acção, power-ups com fartura (demais, até, no nosso entender), inimigos variados e um boss no fim de cada um dos cinco níveis existentes.
Quanto aos inimigos, estes aparecem de quatro diferentes formas. Diferem no formato, obviamente, mas também no número de hits que necessitam para serem eliminados, além de que deslocam-se também a diferentes velocidades. Disparam constantemente, por vezes assim que aparecem no cimo do ecrã, mas não de forma a que torne o desafio demasiado difícil.
Por outro lado, periodicamente e à medida que vamos eliminando os inimigos, aparecem os já referidos power-ups. Poder de fogo extra (F) é bastante útil, pois duplica os lasers ao nosso dispor, facilitando bastante a tarefa. O (P) concede pontos extra, mas se virmos um (L), devemos fazer tudo por o apanhar, pois concede vidas. Por fim, o (B) dá-nos uma bomba extra. Esta, quando activada (tecla "X"), destrói tudo o que está no ecrã, no entanto deve ser guardada para os inimigos de fim-de-nível, não porque sejam particularmente difíceis de serem eliminados, mas porque necessitam de muitos tiros e as bombas abreviam a tarefa.
Sardonic também tem as suas fragilidades. Em primeiro lugar a sua repetitividade. Não existe variação ao nível da acção, com os inimigos sempre a aparecerem por cima, sob um fundo preto. Os gráficos foram desenhados no Art Studio, daí que estes sejam básicos, embora cumpram a sua função.
Por outro lado, a tarefa é demasiado fácil. Logo na primeira tentativa e mesmo fazendo algumas pausas inconvenientes para tirar os screenshots (com vidas desperdiçadas pelo meio para o fazer), chegámos ao fim. Ainda por cima, como estamos perante apenas cinco níveis, rapidamente o jogador médio termina o jogo, diminuindo bastante a sua longevidade.
A música original, criada por Fred, tal como o resto, cumpre a missão, pelo que quem vier descarregar Sardonic (pode aqui fazer), certamente que irá passar alguns momentos divertidos a tentar bater o recorde de pontos. Não esperem é por grandes primores ou um jogo muito elaborado, pois ai as expectativas poderiam sair furadas. Assim, saudamos a estreia de mais um programador nacional e esperamos que Sardonic seja o incentivo para mais aparecerem (e para mais jogos de MadAxe).
Uma nota final: inauguramos hoje o novo sistema de pontuação que nos parece mais assertivo.
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