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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Ninjakul 2: The Last Ninja


Nome: Ninjakul 2: The Last Ninja
Editora: NA
Autor: Pat Morita Team
Ano de lançamento: 2019
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Ninjakul 2: The Last Ninja saiu no final de Janeiro. Na altura ao preço simbólico de um euro, sendo prometido que a partir de 1 de Março seria gratuito, isso porque entrou na competição ZX-DEV-MIA-Remakes. Em condições normais não teríamos qualquer pejo em adquirir o jogo, no entanto não o fizemos neste caso, existindo uma razão válida para isso no nosso entender, e que passamos a explicar antes de entrar na própria análise do jogo.

Como sabem, a competição ZX –DEV-MIA-Remakes destina-se ao que o próprio nome indica, isto é, fazer renascer jogos que por uma razão ou outra não chegaram a ser lançados (os “missing in action"), ou pegar em jogos que já existem, refazendo-os. E era supostamente o que iria ser feito com Ninjakul 2, aparecendo até numa fase muita embrionária do desenvolvimento do jogo um loading screen que remetia para The Last Ninja, jogo que nunca apareceu para o Spectrum (apenas a sequela, The Last Ninja 2). No entanto, quando apareceram os primeiros ecrãs do jogo, depressa se verificou que de Last Ninja, apenas tinha o nome. Independentemente da qualidade deste, parece-nos que o aproveitamento indevido para se promover através de uma prestigiada competição como é a ZX DEV, não abona muito a seu favor, por muito que os autores digam que foi apenas uma brincadeira. Lições de moral à parte, estamos aqui para analisar o jogo, e é isso que iremos fazer, sem que o resto interfira na classificação que lhe vamos dar…  

Ninkakul 2 é a sequela do jogo  NinjaKul in the Auic Temple, que foi disponibilizado exclusivamente e de forma muito limitada na RetroMadrid 2018. A acção desenrola-se após a morte do irmão de Akul, o último ninja de seu clã, e este vai tentar vingar-se, para isso necessitando de derrotar a máfia do ópio: O Clã Gunshi. O objectivo passa também por encontrar os quatro pergaminhos sagrados. Só após as quatro primeiras zonas serem limpas, Akul poderá tentar num último nível destruir Paco Romita, o grande chefe, completando a missão.


O primeiro nível é passado num comboio em andamento (ecrã acima), e controlamos aqui o defunto, ficando também a saber como ele foi para os anjinhos. Tem algumas semelhanças com Stop the Express, tendo-se provavelmente ai inspirado. Depois deste pequeno (e fácil) prólogo, começa a aventura propriamente dita. O local da acção é o Hong Kong Park e temos que no meio de árvores, edifícios e muitos inimigos encontrar o primeiro dos pergaminhos (este parece mais um rolo de papel higiénico do que outra coisa qualquer).

Depois de passado este primeiro nível e seleccionado um super-poder entre quatro à disposição (apenas a experiência irá dizer qual o mais indicado), avançamos para o Happy Valley. Este nível é muito curto, sendo apenas uma introdução para o seguinte, The Market. Escolhemos então mais um super-poder, andamos pelo meio do mercado e de edifícios, até encontrarmos o pergaminho, seguindo-se um confronto com um "big boss", o Smelly Cat.


Após derrotarmos o gato fedorento (curioso o nome, celebrizado também pelos célebres comediantes portugueses - quem viu a série "Friends" sabe do que falamos), entramos no The Harbour. O objectivo é chegar ao submarino, entrar pela escotilha (existem duas, e teremos que entrar em ambas várias vezes), activar os mecanismos que abrem algumas portas interiores, e mais uma vez dar com o pergaminho. No fim dá-se o confronto com Mr. Chucky, e qualquer semelhança desse com o Chuck Norris é pura coincidência.

Depois de darmos uma tareia no mestre do karaté, que até a cabeça nos atira, voltamos a Hong Kong Park, mas agora munido de todos os super-poderes, entre os quais os óculos de visão nocturna, permitindo ir ao encontro de mais um "big boss", o Monkey Tank. Depois deste, voltamos a Happy Valley, mas desta vez a acção passa-se num exterior de um mosteiro e dá-nos a possibilidade de enfrentar o Big Fanty. 

Finalmente, após o confronto com o simpático, mas mortífero fantasma, entramos na Gunshi House. Teremos então oportunidade de voltar a derrotar todos os "big bosses" num segundo round, e só então se dá a batalha final com o próprio Paco Romita.


Ninjakul 2 tem três níveis de dificuldade, adaptando-se à habilidade de cada jogador e é bastante longo, sendo garantia de diversão por muitas e boas horas até se conseguir terminar. Utiliza o motor MK2, pelo que a jogabilidade é a habitual nos jogos criados com este motor (normalmente de plataformas, como é aqui o caso), mesmo tendo em conta que são necessárias sete teclas. No entanto, ganha em relação à maioria pelos cenários e gráficos criados, muito bons, assim como as oito diferentes melodias que acompanham a aventura. Alguns pormenores são deliciosos, como o facto do nosso ninja com o seu escudo conseguir deflectir os disparos inimigos, e bem o vamos ter que utilizar para derrotar alguns dos "big bosses". 

Estamos assim perante um excelente jogo, e que mesmo que tenha sido adquirido pelo peço simbólico de um euro, possuí um excelente rácio custo / benefício. Dos melhores mesmo que vimos criados com este motor, do qual não somos particularmente fãs, mas que neste caso serve às mil maravilhas.

Ninjakul 2 pode aqui ser obtido. De referir ainda que existe a possibilidade de ser mais tarde lançado em formato físico (cartridge), à semelhança do que a Retrosouls fez com (The Sword of Ianna, Retroworks Mini). E com alguns bónus, nomeadamente um nível extra. Talvez apostemos antes nesse formato, se chegar a sair.

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