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sábado, 4 de maio de 2019

Chip Rescue


Nome: Chip Rescue
Editora: NA
Autor:  Romancha
Ano de lançamento: 2019
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

A página russa Pixel Perfeito, depois de um período de acalmia, voltou à carga nas notícias sobre jogos para o Sectrum, sendo mesmo a nossa principal fonte de informação daquilo que aparece a Leste. E deu agora com Chip Rescue, sendo a principal novidade o código ter sido todo escrito da forma tradicional, não sendo utilizadas as mais comuns ferramentas para construção de jogos de plataformas: Arcade Game Designer ou La Churrera.

Este é o principal ponto positivo, no entanto tem algumas desvantagens, como gráficos apenas medianos, mas acima de tudo a lentidão com que o nosso personagem se desloca. Não conseguimos perceber inteiramente a história por dificuldades linguísticas, mas segundo Pixel Perfeito, o objectivo é entrar no laboratório de um cientista louco que ameaça a paz mundial e recuperar as oito partes de um chip. Estas estão espalhadas ao longo do laboratório, mas o cientista deixou-o muito bem guardado.


Os inimigos são muitos, alguns até surreais, tendo em conta que estamos num laboratório. Assim, o próprio Conde Drácula aparece na história, sendo a melhor forma de lhe escapar, esperar que se tape com a sua capa, podendo então passar-se em segurança. Mas outros inimigos não são assim tão simples e temos que fazer uma verdadeira ginástica para apanharmos plataformas intermédias que nos permitam ficar em segurança durante algum tempo, ao abrigo dos inimigos.

Existem ainda outros obstáculos, como um tanque de ácido, robôs que disparam contra nós, picos,  portas que necessitam de chaves para serem abertas, enfim, o normal neste tipo de platformers, mas nada que faça a diferença em relação aos muitos jogos existentes do género. Entende-se que sendo o autor um amador, quisesse testar as suas habilidades ao nível da programação, mas gostaríamos de ter visto aqui algo um pouco mais inovador. Mesmo os gráficos e a música não têm grandes rasgos, contribuindo para a sensação que tudo isto já foi feito e visto vezes sem conta.


Outro ponto menos favorável é o facto do jogo apenas suportar o Sinclair e as teclas não serem redefiníveis, obrigando a jogar com as habituais desse joystick ('6','7','8','9','0'), o que não é assim muito funcional, fazendo diminuir a sua jogabilidade. Por outro lado, Chip Rescue não é particularmente difícil, não sendo de admirar que se termine o jogo à terceira ou quarta tentativa, baixando drasticamente a sua longevidade.

De qualquer forma, consegue entreter durante uma hora, pelo menos até se apanhar os oito chips e voltarmos ao ecrã inicial. Há coisas bem piores, portanto também não perdem nada em virem aqui descarregar o jogo. Para estreia não está mau, esperemos agora que o programador ambicione outros vôos...

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