Nome: Turbo Esprit
Editora: Durell Software
Autor: Mike A. Richardson, Dave Cummings
Ano de lançamento: 1986
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Das minhas memórias de adolescente relacionadas com o Spectrum, Turbo Esprit é dos jogos que melhores recordações me traz. Não que tivesse alguma pancada por carros (nunca o tive), mas conduzir um Lotus Turbo Esprit como o do ecrã ao lado era realmente uma experiência gratificante e que não conseguiria ter doutra forma que não fosse através de um computador. Até porque ainda faltariam muitos anos para poder estar habilitado a ter carta de condução.
Outra das recordações que tenho deste jogo é que nunca entendi bem o que se pretendia. É natural, pois apenas tinha em meu poder um "original" tuga, quer isso dizer uma cassete pirata, sem instruções ou algo do género. Mas com o ecrã da Durell a oferecer uma recompensa para quem denunciasse os piratas... No entanto, mesmo sem perceber os objectivos, delirava andar a conduzir por uma das quatro cidades disponíveis, pois era a sensação mais próxima de conduzir um carro que poderia ter nessa altura (a não ser que falássemos em carrinhos de rolamentos).
E será que estas sensações se mantém mais de trinta anos depois? Foi isso que fomos experimentar, carregando a velhinha clam shell do Turbo Esprit, desta vez lendo as instruções que se encontram no reverso da capa. E incrivelmente, passado tantos anos, pouca diferença se nota. Turbo Esprit continua a ter uma jogabilidade muito acima da média, e não nos cansamos de passear nas ruas da cidade ao volante deste bólide. E não deveríamos dizer aqui, mas continuamos a não nos preocuparmos muito em evitar atropelar os peões ou a destruir os carros civis que inocentemente se atravessam à nossa frente, e que nos concedem pontos de penalidade.
Mas vamos então aos objectivos. A nossa missão é apanhar, em cada uma das quatro cidades, quatro traficantes de drogas mais o carro abastecedor. Mas isso exige alguma estratégia se queremos fazer uma pontuação decente. Por um lado, devemos aguardar que o carro abastecedor faça a entrega a cada um dos traficantes e só depois os deveremos tentar apanhar (e no fim o carro abastecedor). Por outro lado, se os traficantes nos topam, isto é, se nos aproximamos muito deles antes de ser feita a entrega, esta não é efectivada e pouco ganho temos em apanhá-los. Assim, temos que aguardar pacientemente, mais ou menos nas proximidades da entrega (o painel de bordo vai dando indicações de onde são feitas e onde andam os traficantes), para só depois conduzirmos que nem uns loucos atrás dos criminosos.
A perseguição é feita ao volante da nossa viatura, que atinge as 150 mph. O ecrã mostra-nos uma panorâmica das ruas da cidade, e mais ou menos ao centro, a nossa viatura. Carregando nas teclas da esquerda e direita esta vai mudando de faixa. No entanto, quando chegamos a cruzamentos, teremos que mudar de direcção, aí sendo necessário carregar na tecla de disparar, que permite o carro fazer uma viragem de 90 graus. Convém ainda estarmos com atenção à gasolina e ao aquecimento do motor, sendo que nestes casos poderemos socorrer-nos dos postos de combustíveis que se encontram pela cidade. Além de que não é muito conveniente não respeitar as boas práticas e regras de condução.
Perante isso tudo, só poderíamos considerar Turbo Esprit como um mega jogo, daqueles que não nos cansamos de jogar e jogar, nem que seja porque conduzir a viatura, mesmo sem pensar nos objectivos a cumprir, é extremamente gratificante. E mesmo depois de limparmos o sebo a todos os traficantes, há sempre novos motivos para aqui voltar. E vruuuummm, aqui vamos nós dar mais uma voltinha pela cidade...
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