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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Drift!


Nome: Drift!
Editora: NA
Autor: ZOSYA Entertainment
Ano de lançamento: 2019
Género: Race'n'chase
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Drift! era dos jogos que mais prometia na mais recente competição Yandex Retro Games Battle 2019. E será que o jogo cumpre com o prometido? É isso que vamos ver...

Assim que o carregamos, inicia-se uma apresentação fabulosa com imagens de algumas das viaturas que teremos depois possibilidade de conduzir. A sensação de velocidade é perfeita, a música entusiasmante, antecipando logo suores frios para aqueles que sofrem com as velocidades.

Depois de um menu inicial, no qual poderemos seleccionar os controles, colocar o nosso nome, definir o nível e até escolher se querermos volante à esquerda ou à direita, iniciamos a época de 2019. Convém desde já dizer que Drift! contempla seis pistas diferentes, e também cinco diferentes viaturas. No entanto, quer umas, quer outras, apenas vão ficando desbloqueadas à medida do nosso sucesso nas provas.


Mesmo assim a equipa programadora foi generosa, pois concede-nos a possibilidade de escolher dois chaços, um novo e outro usado, mas este último até parece ter um comportamento melhor em pista. Escolha feita, vê-se o carro a ir para a prova, em mais uma excelente animação. começamos a ficar com água na boca....

Finalmente surgem os concorrentes. Cada prova é composta de duas mangas e quatro concorrentes, e existe um tempo aconselhável para se fazer a prova, sendo que se não o conseguirmos atingir, incorremos em penalizações, que naturalmente definem depois a posição final. Mas vamos à primeira prova, Oslo, pois a ansiedade já transborda por todos os poros. Depois do mapa da manga, somos colocados na linha de partida, aguardamos cinco segundos que a bandeira seja levantada, e aqui vamos nós...

Carregamos a fundo no acelerador, surge a primeira curva e... Que raio... O carro é praticamente incontrolável... Mesmo a baixa velocidade faz piões atrás de piões, exercício apenas semelhante a Hard Drivin', um jogo que também prometeu muito em 1989 e que rapidamente caiu no esquecimento. Tal como Drift!, foi inovador em termos técnicos, mas esqueceram-se que isto é um jogo, não uma demo apenas para fazer vista. Onde está a jogabilidade? Desde quando um carro se comporta desta maneira?


Bem, temos que estar a fazer qualquer coisa errada, vamos lá voltar atrás. Revemos a introdução, e esta diz-nos então como abordar as curvas: cortá-las o mais breve possível, fazer o carro derrapar, e depois prego a fundo com o volante para o lado contrário. Vamos lá experimentar, agora escolhendo a outra viatura que está disponível.

Por esta altura já desconfiávamos que algo de errado se passava com este jogo, e isto confirmou-se quando experimentamos o segundo carro e verificámos que mantém exactamente os mesmos problemas. A equipa programadora esqueceu-se simplesmente da jogabilidade, e isso nota-se a vários níveis. Ora vejamos:
  • O controlo da viatura é errático e demasiado complexo, e por isso irrealista;
  • Para agravar a situação, os cenários, embora esplendorosos, são muito confusos, não se percebendo qual a direcção a seguir.
Se no segundo caso era facilmente solucionável, bastando uma pequena seta a indicar a direcção a tomar, no primeiro parece-nos um problema estrutural ter deixado este sistema de controlo da viatura tão complexo, quer tenha sido propositado, ou não.


Queremos acreditar que será tudo uma questão de perseverança, e que ao final de algum tempo conseguimos dominar a viatura e começar a pontuar. Aliás, já o fizemos, tendo para isso feito uma corrida perto da perfeição (na nossa óptica), com várias derrapagens pelo meio (concedem pontos de bónus), tendo inclusive a nossa equipa obtido alguns pontos no campeonato. No entanto, nunca o suficiente para se ganhar dinheiro com a corrida e avançar para a terceira prova (apenas temos inicialmente para entrar nas duas primeiras, a já referida na Noruega, e a de Paris). Muito menos para se conseguir aceder a outras opções, como a garagem, onde podemos melhorar as características do nosso carro, aceder a novas corridas (Japão, Rússia e Reino Unido, além das já mencionadas, ou experimentar as novas viaturas. Aliás, a última delas, Larissa, apenas é desbloqueada após vencermos a competição, que diga-se, será tarefa muito árdua, criando um forte sentimento de decepção e frustração.

Pelos vistos este problema também não é só nosso, uma vez que a generalidade das opiniões vão de encontro ao que dissemos: grande apresentação, gráficos excelentes, inovador, mas injogável. E é uma pena, pois Drift! tinha potencial para se tornar no Simulador de Rally. Assim sendo, é uma curiosidade que apenas os fanáticos e os mais pacientes poderão vir a conseguir usufruir de todas as suas potencialidades. 

2 comentários:

  1. Couldn't agree more. Looks great, totally unplayable. I'm surprised it rated 7/10.

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    1. However, soon will try it again. Maybe I'm doing something wrong.

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