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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Hunt Buck: Nuclear Defense


Nome: Hunt Buck: Nuclear Defense
Editora: NA
Autor: Red Triangle
Ano de lançamento: 2019
Género: Aventura
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Estamos mais habituados a ver jogos do estilo de Hunt Buck criados com motores como o Arcade Game Designer ou o MK2. No entanto, a equipa programadora optou por não utilizar essas ferramentas, o que se por um lado lhe permitiu flexibilizar a aventura, introduzindo pormenores deliciosos como o de sacar e disparar a arma, ou tornar o mapa maior (esses motores "roubam" sempre importante memória), também lhe trouxe alguns problemas, sendo os maiores a considerável lentidão da acção, assim como o scroll.

Deixamos também uma nota que não nos apercebemos logo, até porque o jogo encontra-se em russo e alguma informação importante escapou-nos. Assim, se carregarmos na tecla "R“, temos acesso a um menu, onde além de podermos redefinir as teclas, escolher o joystick, ou o modo de scroll, visualizamos o mapa já revelado. Teria sido muito útil nas nossas primeiras tentativas (ainda não chegámos ao fim), mas será seguramente um incentivo para voltarmos a Hunt Buck logo que o tempo nos permita.

Outra das opções que esse menu permite é o modo de câmara. No clássico, o scroll vai avançando à medida que nos vamos movimentando, mas havendo sempre uma margem de espaço até esse "rolar". Já no modo avançado, desloca-se de modo contínuo, mas pelo menos no emulador que testámos, aos "soluços", não sendo uma opção confortável. Talvez na máquina real se comporte de outra forma.


Quanto à história, essa é muito simples: o agente Hunt Buck estava a investigar o estranho caso de um ataque de um animal, quando é novamente confrontado com o seu adversário de longa data, o professor Rekless. Para deslindar o caso terá que comunicar com os restantes personagens (embora nos pareça que a maioria só responde à lei da bala), apanhar objectos e resolver charadas. Uma pena realmente os diálogos não estarem em inglês, pois isso iria certamente alargar o espectro de utilizadores e melhorar a experiência.

Iniciamos a aventura à entrada de uma floresta. O nosso carro é visível, e poderemos desde logo encetar um diálogo com outras personagens. É-nos então dado um primeiro objecto, que confessamos não sabermos de que se trata. De qualquer modo recolhemo-lo e vamos então à exploração dos cenários. À direita uma porta bloqueia-nos o caminho, pelo que a única opção é ir para baixo (disparando + baixo faz com que se desça as plataformas). Ai, no meio das catacumbas e de muita bicharada, toda bastante agressiva, teremos que encontrar os objectos que permitem depois desbloquear a porta que vimos inicialmente.


Explorar o mapa do jogo é então fundamental se quisermos avançar nesta enigmática aventura. Isto porque não podemos simplesmente avançar indiscriminadamente, desatando aos tiros a tudo o que se mexa. A nossa arma tem munições bastante limitadas, e se optarmos por esse caminho, e muito embora possamos obter mais munições quando eliminamos os adversários "humanos", o mais certo é ficarmos indefesos perante os muitos bicharocos que povoam os cenários. Será bastante mais assertivo primeiro desenhar-se o mapa, assinalando os objectos a recolher, só depois se partir para a conclusão da aventura. Na nossa experiência, parece-nos muito mais eficaz evitarmos os inimigos, do que enfrentá-los directamente. 

Não são só as munições limitadas que provocam problemas. O nosso agente desloca-se muito lentamente e tem uma forma no mínimo estranha de saltar. Não é fácil conseguir dominar-se este sistema, e é uma pena, pois doutra forma estaríamos aqui perante uma aventura de topo, certamente, já que os gráficos são interessantes, os cenários adequados e coloridos, e a melodia inicial bastante agradável. Aliás, basta verem os screenshots que deixamos para o aferirem, convidam certamente a tentar explorar este mundo.


Frisámos bastante algumas das lacunas deste jogo, e poderia parecer que não gostámos dele. Antes pelo contrário, achamos que é uma aventura com bastante potencial, consegue manter o interesse do início ao fim, e se estes pormenores tivessem sido um pouco melhor afinados (isso, e a tradução para inglês), estamos seguros que teria sido um sério concorrente a vencer a competição Yandex Retro Games Battle 2019.

Para já, e dado que o tempo não nos permitiu para mais, ficámos a meio da aventura, eventualmente faltando assinalar alguma coisa relevante, se bem que aquilo que vimos, derivado a umas boas horas de exploração, já dão uma ideia concreta do jogo. Mas após passar esta fase crítica em termos de lançamentos de jogos (19 num único dia é obra), iremos aqui voltar (assim como a alguns outros que entraram na competição), pois parece-nos que neste caso será justificado.

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