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sábado, 4 de janeiro de 2020

Space Monsters Meet the Hardy


Nome: Space Monsters Meet the Hardy
Editora: NA
Autor: MAYhEM & CONSCIENCE
Ano de lançamento: 2019
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K / 128 K
Número de jogadores: 1

Surgiu um novo herói na cena do Spectrum: Hardy! E tal como o nome indica, é um verdadeiro durão, dando saltos espectaculares, tendo uma velocidade estonteante e limpando o sebo a qualquer alienígena que tente invadir-nos. Esta é a proposta de um dos jogos mais apreciados da competição Yandex Retro Games Battle 2019, tendo ficado no segundo lugar do pódio, quer na votação dos júris, quer na popular.

A tarefa de Hardy, que é como quem diz a nossa, é encontrar e neutralizar os monstros espaciais escondidos nos labirintos dos vários níveis (são 9, embora o último seja apenas o corolário da nossa batalha épica). Para aceder entre os níveis existem elevadores, mas só funcionam após encontrarmos o cartão de acesso. Estes estão devidamente guardados pelos alienígenas, que vão patrulhando os corredores da nave e que se nos tocam fazem diminuir a nossa energia a uma velocidade alucinante. Outros obstáculos encontram-se pelo caminho, nem todos hostis, embora a maior parte tenham como consequência o roubo de mais energia. E há que ter cuidado com as quedas, não vamos nós aterrar em alguma armadilha fatal. Mas o maior inimigo é mesmo o tempo, pois este é muito curto, sendo que apenas conseguimos passar de nível depois de recolhermos o cartão de acesso e encontrar o tele-transportador.


A nosso favor, Hardy tem uma grande agilidade, que nos permite uma velocidade estonteante e um poder de salto fabuloso, além de um laser que neutraliza os inimigos. Aliás, o primeiro factor a dominar-se neste excelente jogo é o salto. Descolocando-se Hardy a grande velocidade, não é fácil conseguir aterrar-se no local pretendido. E estando uma boa parte do piso armadilhado, não raras vezes vamos parar por cima dos campos electrificados, diminuindo a nossa energia.

O segundo factor a ter que ser dominado é o sentido de orientação. A nave, especialmente nos níveis mais avançados, é labiríntica, e tendo em conta que o tempo para se encontrar o cartão de acesso e o tele-transportador é muito curto, em alguns níveis a primeira coisa que se tem que fazer é explorar os corredores. Só depois se conseguirá delinear o melhor caminho a fazer, por forma a conseguir chegar-se ao final do nível sem que o tempo se esgote.

Finalmente, no oitavo nível encontra-se Mekon, desculpem, o Big Boss, uma aberração vinda do outro mundo, que necessita de uma dose elevada de chumbo até ir assombrar outras paragens. Só que esse também dispara contra nós, e antes de o conseguirmos derrotar, teremos que penar muito.


Outro pormenor de Space Monsters Meet the Hardy é que suporta o modo ULAplus. E é um verdadeiro delírio para os sentidos, as cores parece que ganham vida, não fazendo o ecrã de cima o devido reconhecimento a todas as potencialidades deste sistema. Quase que apetece terminar o jogo no modo normal, e logo de seguida repetir a proeza neste modo com cores expandidas, para se ver a diferença.

Por vezes Hardy faz-nos também lembrar Dan Dare III. Para o bem e para o mal (já lá vamos a esta parte). Assim, a jogabilidade é fantástica, com uma movimentação brilhante das personagens, com sprites magníficos, e um som ao (excelente) nível de tudo o resto. Caso para dizer que a equipa programadora não deixou nada ao acaso, todos os pormenores estão devidamente tratados. Mesmo sem se tentar cumprir com os objectivos de cada nível, é um prazer imenso explorar todos os cenários.


Qual é então o único senão de Space Monsters Meet the Hardy? O mesmo de Dan Dare III, isto é, sabe-nos a pouco. É que apesar dos oito níveis do jogo (nove se contarmos com o final, que não tem inimigos), alguns são muito curtos e rapidamente se consegue ir avançando. Os últimos, descontando o final, já dão mais alguma luta, em especial a batalha com a aberração, no entanto não irá demorar muito tempo até se conseguir terminar o desafio.

Claro que temos que reconhecer que milagres não existem, e com tanta coisa seria complicado colocar tudo em apenas 48 K (o modo 128K inclui uma melodia muito boa). Assim, a forma mais óbvia foi reduzir o número de níveis, não comprometendo a qualidade do jogo. A nosso ver foi a melhor opção que a equipa poderia ter tomado, pois vai ter a oportunidade de apresentar uma sequela ao segundo classificado da competição Yandex, galardão inteiramente justo, sendo também,  sem dúvida alguma um dos melhores jogos do ano.

É caso para dizer que, tal como Chico Bill, Hardy é duraço, como palha de aço!

4 comentários:

  1. Two of screenshots are wrong: the game engine by Alone Coder is using multicolor technique, and two screenshots are showing a corrupted picture without right colors.

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    1. Fixed one of the screenshots. The multicolor was not activated when playing the first time, hence the difference in the colours

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  2. Anónimo6/1/20 12:12

    No need to "activate" multicolor, it just works when you use a proper emulator with a proper hardware for certain version of a game. Also this game not support ULAPlus and moreover now ALL screenshots are broken, sorry mate :)

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