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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Yanga


Nome: Yanga
Editora: NA
Autor: Vitaliy Serdyuk
Ano de lançamento: 2019
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Também não podia faltar o habitual quebra-cabeças aparentado com o Sokoban na competição Yandex Retro Games Battle 2019. E dizemos aparentado porque o seu criador contemplou alguns elementos inovadores neste Yanga.

Vamos também abster-nos de explicar o que é o Sokoban. Basta reverem a análise que fizemos a Dirty Dozer, para perceberem o conceito deste quebra-cabeças. E por falar em Dirty Dozer, Yanga até tem semelhanças, não obstante a acção ser aqui vista de cima. Mas Vitaliy Serdyuk também inclui alguns elementos extra ao popular quebra-cabeças, nomeadamente alguns inimigos que vão cirandando as salas e que não podemos tocar, assim como armadilhas. Nem todos os elementos dos cenários têm utilidade, mas não deixem de pensar em tudo, pois alguns deles, incluindo os inimigos, são fundamentais para se resolver as charadas.


Este é também um jogo de runas. Isto porque a bloquear as portas de saída, na maior parte dos níveis, encontram-se paredes com runas inscritas. Para se conseguir desbloquear o acesso, destruindo a parede, tem que se conseguir juntar as runas com inscrições iguais. Mas é necessário algum cuidado, pois assim que elas se tocam, colapsam, e na maioria das vezes tem que se fazer com que três runas se toquem em simultâneo. Como o fazer? é essa a chave do jogo...

As salas, 32 no total, embora a última seja apenas de celebração da conquista, estão bem imaginadas, exigindo na maior parte dos casos algum pensamento lateral, nomeadamente quando se tem que utilizar os inimigos como apoio para se juntar os blocos rúnicos. Por outro lado, existem alguns interruptores que desbloqueiam o acesso a outros pontos, sendo necessário estarem activados continuamente. Mas como o fazer se assim que saímos do perto deles voltam a desligar-se? Talvez os blocos soltos que aparecem nos cenários ajudem.

Yanga não ficou muito bem classificado na competição, não porque o jogo seja mau, mas porque alguns factores que eram importantes para atribuição da classificação o penalizaram. Em primeiro lugar a ausência de som, que era um dos parâmetros em avaliação. Não existe, e nota-se bastante a falta dele, poderia realmente dar outro "colorido" ao jogo. Depois por não estar traduzido para inglês, levando a quem não percebesse a língua russa não conseguisse entender o que tinha que fazer. Estivessem estes dois factores devidamente salvaguardados (o terceiro não era relevante, a ausência de ecrã de carregamento), e seguramente Yanga estaria mais acima na classificação, pois o desafio está bem montado.

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