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domingo, 8 de março de 2020

Bit Factory


Nome: Bit Factory
Editora: NA
Autor: Juan Antonio Fernández
Género: Acção
Ano de lançamento: 2020
Teclas: Não redefinível
Joystick:  NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Bit factory é um jogo estranho. Aliás, é tão estranho que até o seu autor, Juan Antonio Fernández, o define como um programa educacional destinado a ensinar a manipulação de operações de programação. Para isso coloca-nas na pele de um operário fabril que tem como objectivo produzir o mais rápido possível os produtos acabados, transformando as matérias-primas.

A primeira abordagem é muita confusa. Tanto que nem ao fim de jogarmos Bit Factory uma série de vezes, entendemos se estamos a fazer as coisas de forma correcta. E as parcas instruções dadas também não ajudam grande coisa, se bem que carregando na tecla "h" conseguimos ter então uma ideia mais aproximada daquilo que há a fazer.

Aparentemente temos que colocar as matérias-primas, com dois símbolos diferentes (um "O" e um "T" invertido), nas máquinas respectivas (assinaladas com um "0" e um "1"). Essas vão-se deslocando ao longo dum tapete rolante, e carregando-se num número de 0 a 7, o operador empurra a peça para a máquina. Aqui surge o principal problema: as máquinas não têm o número visível, apenas quando se carrega num número se consegue identificar a máquina em questão. Como temos que estar com atenção simultaneamente à esteira e às peças que vão avançando, e como existem oito diferentes máquinas, o mais certo é andarmos aos "papéis" à procura do número de cada máquina, e quando o pressionamos, já a peça se deslocou na esteira para o local errado.


Temos ainda a possibilidade de fazer o tapete rolante andar para trás ou para a frente, mudando a posição das peças, ou simplesmente trocá-las (para isso, e como se não fossem poucas, temos mais três teclas). Se errarmos três peças, isto é, se forem colocadas na máquina errada (uma matéria-prima "O" numa máquina "1", por exemplo), então o tapete fica atolado e teremos que o movimentar manualmente.

À partida, aquilo que parecia ser um exercício extremamente original (é-o, sem dúvida) e com grande potencial (quem não se lembra de Night Shift, lançado pela US Gold em 1991), acaba por não resultar em pleno. Tantas teclas para estar com atenção, e mesmo não sendo a velocidade excessiva, apenas resulta numa grande confusão e o mais certo é fugirmos da fábrica ao fim de algumas tentativas e por-nos ao fresco.

Mesmo assim, poderá haver quem goste deste tipo de desafios, para isso pode descarregar o jogo na página da competição BASIC 2020 e dar-lhe uma espreitadela. Também não perde nada e sempre é melhor do que estar numa fábrica verdadeira a meter peças para dentro duma máquina...

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