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sábado, 18 de julho de 2020

The Shining


Nome: The Shining
Editora: NA
Autor: Francesco Forte
Ano de lançamento: 2020
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Baseado na obra de Stephen King, The Shining deu origem a uma dos grandes filmes da Sétima Arte em 1980, do mestre Stanley Kubrick , tendo também imortalizado a expressão "Here's Johnny", quando Jack Torrance tenta entrar na casa de banho onde a sua mulher está refugiada, cena que aliás está presente na capa deste novo jogo de Francesco Forte, que em tempos já nos tinha deixado uma proposta bastante estranha, Gerry Anderson´s UFO.

Jack Torrance, ex-alcoólico e aspirante a escritor, foi contratado para zelador de do Overlook Hotel, podendo assim aproveitar para escrever a sua obra-prima. Ou pelo menos ele assim pensa. Refugiado uns meses num hotel isolado, apenas acompanhado da sua família (mulher e filho), o que é que pode dar errado? Tudo! Aos poucos vai enlouquecendo e quem paga é a família, claro, que tem agora que fugir de um louco homicida, no filme representado fabulosamente por Jack Nicholson.

Está então dado o mote para o jogo, que se desenrola em duas partes e que começa precisamente após a cena da casa de banho. A mulher de Jack, Wendy, após ameaçada com um machado, consegue fazer com que o seu filho escape por uma pequena janela, escondendo-se no jardim. Entretanto Wendy fica presa dentro do hotel e tem que encontrar uma forma de escapar, para ir então procurar por Danny, o seu filho. Só que o hotel é um enorme labirinto de quartos, a maior parte deles fechados, sendo a primeira tarefa encontrar as chaves que abrem as portas.


São quatro as chaves a procurar, a verde que abre as portas do primeiro andar, a vermelha as do segundo andar, a amarela as do terceiro andar e finalmente a branca que abre a porta de entrada do hotel. A primeira das chaves está disponível num local acessível, mas a partir dai Wendy tem que entrar nos quartos e casas de banho anexas para procurar nos armários pelas restantes chaves. Além dos fantasmas que assombram os corredores, não faltando as duas meninas, o próprio Jack vai rondando o hotel e de cada vez que se abre uma porta, ele aparece, sendo então necessário jogar ao gato e ao rato para lhe conseguir escapar. Se algum dos fantasmas ou Jack toca em Wendy, esta perde um pouco de energia. Depois de conseguir encontrar todas as chaves, Wendy deve procurar a porta de entrada e começa então a segunda parte do jogo.

Quem leu o livro ou viu o filme, sabe bem do que se trata. Wendy tem que encontrar Danny no jardim labiríntico, mas Jack anda atrás dela com um machado. Nesta fase, se Jack apanha Wendy, o jogo termina imediatamente. Esta parte contém ainda uma dificuldade extra, pois para entrar por alguns dos caminhos é necessário estar completamente alinhado com estes, tendo em conta que Jack está em nossa perseguição, por vezes, mesmo com reflexos muito rápidos, a tarefa é quase impossível.

Depois de encontrar Danny, Wendy tem que regressar ao ponto de partida, sempre com Jack atrás, onde então se encontra o cozinheiro pronto para a salvar (não falta sequer a ambulância).


Apesar de muito simples, gráficos básicos, e quase ausência de som, mas que ajudam a criar a atmosfera sinistra do hotel, The Shining tem algum interesse. Francesco conseguiu fazer uma evolução interessante relativamente ao seu jogo anterior, que confessamos, nos tinha deixado decepcionado. Claro que a vertente gráfica poderia ser melhor, criando um desafio mais atractivo, e algumas arestas poderiam ser melhor limadas, nomeadamente a questão da precisão exigida para entrar nos caminhos no labirinto. Mas o programador consegue criar aquela ansiedade em quem joga, tal como se estivéssemos a ver o filme, e esse será o ponto mais positivo deste jogo.

Vale assim a pena espreitar o jogo, que ainda por cima é gratuito, servindo também de desculpa para se voltar a ver The Shining. Poderão aqui descarregá-lo, e agora, que as temperaturas ultrapassam os 40 graus em Portugal, parece o mais adequado para refrescar as ideias. Afinal de contas, o que é que pode dar errado?

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