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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

El Mandarino


Nome: El Mandarino
Editora: NA
Autor: Mananuk ’20
Género: Plataformas
Ano de lançamento: 2020
Teclas: Não redefiníveis
Joystick:  Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Neste novo jogo criado com o motor La Churrera e participante no Concurso MK1 con Retromaniac controlamos Mandarino, que foi recrutado pelos rebeldes para embarcar numa missão suicida de alto risco. A missão é localizar e resgatar uma pequena criatura sequestrada pelo império do maléfico Head Can. Esta criatura, de acordo com as últimas informações fidedignas, encontra-se na base imperial remota Dying Orange, que está guardada por montanhas de soldados, dróides assassinos e outro lixo espacial. Mas a criatura é de vital importância para o avanço rebelde na sua luta contra o império, pelo que tem que ser resgatada com a máxima urgência.

Entramos assim em plena temática e ambiente sci-fi, com as personagens a virem directamente de Battlestar Galactica ou da Guerra das Estrelas. E os cenários criados por Mananuk, apesar de simples, desde logo nos cativam. Aliás, este será o principal ponto forte deste jogo, pois não sendo o mesmo de alguma forma inovador, já que motor La Churrera é utilizado da forma mais standard (para o bem e para o mal), o programador achou, e muito bem, acrescentamos nós, criar um ambiente que convidasse sempre a ver o que se encontra no ecrã seguinte.


Mas a missão não implica apenas percorrer as galerias, evitando ou eliminando os inimigos. Temos uma arma connosco, mas as munições são bastante limitadas, embora existam recargas pelo caminho, pelo que se desatamos a disparar sobre tudo o que se mexe, rapidamente ficamos impotentes perante os inimigos. E alguns têm mesmo que ser eliminados, única forma de se conseguir passar por eles sem perder uma vida. Atenção também que o inimigo apenas desaparece depois de levar três tiros certeiros e, por vezes, quando estes caminham rapidamente na nossa direcção, teremos que ter dedo rápido no gatilho, ou então seremos abalroados.

Além disso teremos que pelo caminho ir recolhendo as 12 células de energia que se encontram espalhadas pela base, sempre em pontos pouco cómodos para lá chegarmos, como seria de esperar. Existem ainda algumas derivações pelo caminho até à criatura, sendo que é obrigatório passar-se por todos os ecrãs para se conseguir cumprir com a missão. Assim, por vezes convém explorar-se um pouco os cenários, embora se consiga deduzir de forma mais ou menos simples qual o caminho mais aconselhado a percorrer.


Existem ainda algumas armadilhas pelo caminho, nomeadamente piso que desaparece, picos que surgem no chão, outros na parede, pelo que é necessário algum cuidado para transpor os obstáculos, se bem que não tendo um grau de dificuldade que torne o exercício frustrante. Aliás, as dez vidas concedidas inicialmente (mais algumas poderão ser apanhadas pelo caminho), são garantia que se consegue chegar ao fim sem recorrer a meios "ilegais". À medida que vamos avançando, vamos memorizando a melhor rota, assim como os padrões de movimentação dos inimigos, e de cada vez que iniciamos o jogo, avançamos mais um pouco. Até mesmo a primeira dificuldade com que nos vamos deparar, o controlo de Mandarino, que tem uma tendência para escorregar para onde não deve, rapidamente é ultrapassada e se apanha o jeito para o fazer atingir os pontos que queremos.

El Mandarino é assim um jogo que não traz nada de novo ao panorama do Spectrum e também não nos parece que venha a ser o vencedor da competição, dado a grande qualidade de algumas das outras propostas, no entanto está bem implementado, tem uma excelente jogabilidade, é cativante, e se esta foi a estreia deste programador em jogos para o Spectrum, ou pelo menos no uso desta ferramenta dos Mojon Twins, então estaremos perante valor seguro e que irá ter futuro, pois percebe exactamente aquilo que faz um jogo ser ou não um sucesso. Aguardamos agora ansiosamente pelo seu próximo trabalho...

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