Nome: Main Course
Editora: NAAutor: Quantum Sheep
Ano de lançamento: 2020
Género: Aventura de texto
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Há assim coisas curiosas. Quantum Sheep tinha até lançado Main Course antes de The Seance, no entanto ainda não tínhamos conseguido pegar neste jogo que já vinha a ser trabalhado pelo seu autor desde 2008 e que levou agora os acabamentos finais. Em comum com The Seance, o facto de ser uma mini-aventura, que apesar de pequena, é bastante interessante. A temática é que é completamente diferente, tendo aqui um toque de surrealidade e de bom humor, o que nos levou a gostar ainda mais do jogo.
Assim, tudo se passa no espaço profundo a bordo de uma nave que vai a caminho da Terra. O seu comandante, Alan Davies, vai na câmara de criogenia em sono induzido, assim como o seu gato artificial de companhia. Hum, um gato sintético a necessitar de dormir na viagem e que ainda por cima alimenta-se de "catnips". Sabemos bem que qualquer nave que se preze tem um gato, mas não deixa de ser estranho... Adiante...
A carga que a nave transporta é preciosa, pois leva um SoMorph vindo do planeta Omorphos. Este vai bem adormecido numa caixa. Pensávamos nós, pois acorda, meio estremunhado, com uma ressaca monumental, cheio de fome e zangado, muito zangado por se ver num meio que não lhe é familiar, ainda por cima a sentir o cheiro a humanos. E vai fazer tudo o que for possível para regressar a casa, se possível ao mesmo tempo alimentando-se do pitéu que que é um humano e o seu bicho de estimação.
Está assim dado o mote para uma aventura de texto sci-fi, com quebra-cabeças relativamente simples para resolver, e que mesmo quem não domina o inglês, vai conseguir avançar sem grande dificuldade. São apenas 11 locais, alguns que não são imediatamente acessíveis sem antes se conseguir realizar determinadas acções. Talvez o mais hilariante deles seja a casa de banho, e particularmente aquilo que se passa na retrete, a fazer lembrar algumas das desventuras de Balrog (John Wilson). E é bom que a utilizem, pois doutra forma não vão longe.
Os textos são brilhantes, e como podem ver no exemplo acima, repletos de erros. E isto por uma simples razão: ao contrário daquilo que esperavam, não assumimos a pele do comandante Alan Davies, muito menos do seu bichano sintético, mas sim do SoMorph. Ah pois, por esta é que não esperavam, não é? Um grande aplauso para o toque de originalidade que o programador concedeu a este jogo...
Seremos assim capazes de limpar o sebo ao humano e levar a nave de volta a Omorphos, de onde nunca deveria ter saído? É isso que nos propõe Quantum Sheep, mais conhecido pelos seus jogos de plataformas, mas que consegue aqui dar asas à sua imaginação, criando uma das mais divertidas mini-aventuras de texto dos últimos tempos.
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