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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Red Raid: the Infiltrating


Nome: Red Raid: the Infiltrating
Editora: NA
Autor: ZXBitles
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Depois de uma estreia muito prometedora com Red Raid: the Beginning, que fez um brilharete na última competição Yandex, e de uma valorosa sequela (Red Raid: the Sinking), que mais não foi que um pequeno aperitivo para o terceiro episódio da série, Red Raid: the Infiltrating, a equipa ZXBitles obtém com este, muito merecidamente, o galardão de Mega Jogo. E se dissermos que cada um dos episódios tem duas partes, que só por si já o tornariam bastante interessante, e que foram todos desenvolvidos em Boriel, mais espantoso se torna.

Insistimos na questão das duas partes, pois se no primeiro episódio eram bastante semelhantes, no segundo, embora a mecânica de jogo fosse a mesma, os objectivos das missões eram substancialmente diferentes. Agora, neste novo episódio, a própria mecânica é bastante destinta, alicerçada numa história entre ambas as parte, que se complementa às mil maravilhas. E vamos começar precisamente por ai.

Assim, quem terminou Red Raid: the Sinking, poderá ter reparado que aquando da fuga, um parasita infiltrou-se no helicóptero, infectando o nosso personagem, Redrick. Este chega agora à base de Marte, levando consigo o parasita. Na primeira parte assumimos o papel, não de Roderick, como se poderia esperar, mas sim do próprio parasita, uma substância viscosa, semelhante à de Ooze, e que se move como essa, ou seja, agarra-se às paredes. Dominar o sistema de controlo do parasita é o primeiro passo para se conseguir completar os 10 níveis que compõem esta parte. Para se conseguir terminar cada um deles, tem que se infectar os guardas da base, caindo-lhes em cima de modo furtivo. Claro que se esses detectam o parasita, imediatamente disparam contra ele e tentam esquivar-se. 

Quando o parasita infecta o guarda, imediatamente assume o seu controlo. A ideia é levar os guardas a realizarem determinadas acções que o parasita, não conseguiria. Por exemplo, activar os computadores que desbloqueiam as portas e pontes de acesso. Depois do guarda perder a sua utilidade, o parasita deixa-o, fazendo com que este morra, passando ao próximo (é um parasita, não se esqueçam). Assim, nesta primeira parte, sem dúvida a mais interessante das duas, temos que estudar previamente os cenários, identificar os guardas a infectar e que constituem peças-chave para a resolução dos puzzles, alcançando a saída.

O parasita tem algumas características interessantes, como a de se agarrar ao tecto ou deslocar-se no intricado sistema de pequenas passagens que ligam as diversas câmaras da gruta. Mas além disso, à medida que vai avançando, vai obtendo novas capacidades, nomeadamente;

  • Brain Control: permite assumir o controlo dos inimigos à distância, sem ser necessário previamente infectá-los.
  • Mitosis: o parasita divide-se em dois, podendo assumir o controlo de qualquer uma delas, muito útil para quando se tem que manter pressionado os botões de acesso das portas.
  • Spitting: o parasita cospe ácido, podendo eliminar os inimigos à distância e até destruir paredes, alcançando novos locais.
  • Symbiosis: o parasita adquire a capacidade de simbiose num embrião humano, possibilitando-o replicar-se. 

Nesta primeira parte, cada nível é um quebra-cabeças, que tem uma única forma de ser resolvido. Se inadvertidamente infectamos algum guarda e o deixamos morrer, sem que este cumpra com as tarefas previstas, a resolução desse nível fica irremediavelmente comprometida. Além disso, o parasita tem que recolher a matéria genética amarela, espalhada nas galerias, para que possa então incubar as suas réplicas no último nível, numa sequência a fazer lembrar Aliens. 

Finalizada a primeira parte, verificamos então que Redrick conseguiu sobreviver ao parasita, muito graças ao kit de primeiros socorros que se vê no primeiro nível. Esta segunda parte, composta por 16 níveis, é substancialmente diferente da primeira, aproximando-se mais dos episódios anteriores. O objectivo é mais uma vez encontrar a saída, eliminando o máximo de inimigos, neste caso os parasitas. Aliás, se for escolhido o nível de dificuldade médio ou difícil, é obrigatório eliminar todos os parasita, doutra forma a missão fica incompleta. 

Quem conhece os anteriores episódios, não vai encontrar aqui grandes novidades, se bem que o sistema esteja agora mais refinado e os cenários sejam ainda mais atractivos e com uma pormenorização e detalhe realmente impressionante. Espantoso o que se consegue fazer hoje em dia por quem domine o Boriel. Mas além disso, os quebra-cabeças tornam-no como um dos jogos mais interessantes do ano (e  a dificultar a nossa tarefa na escolha do Jogo do Mês).

Red Raid: the Infiltrating não é gratuito, pelo menos para já, no entanto, este é daqueles jogos em que não damos o dinheiro por perdido. Antes de conseguirmos chegar ao fim, vamos ter muitas horas pela frente até conseguirmos resolver todos os quebra-cabeças. Podem confiar, tem o selo de qualidade de Planeta Sinclair...

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