Nome: Stripping Penelope
Editora: NA
Autor: Jaime Grilo
Ano de lançamento: 2021
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Jaime Grilo já andava a prometer há muito um jogo com a etiqueta "18". Isto porque o jogo é apenas para maiores de 18 anos. Aliás, o próprio nome já o dava a entender, assim como se percebe logo o objectivo principal: despir a Penelope, senhora de grandes virtudes (no sentido literal do termo). Também fazemos já o aviso, puritanos e pessoas que se escandalizam com desenhos de nus em 8 bits, podem já passar para outra página...
Por outro lado, e ao contrário do que é habitual em jogos nos quais temos que despir a personagem, não estamos perante nenhum jogo de poker, de slot machines, ou os habituais jogos de sorte e azar. Apenas é necessário habilidade e destreza nos dedos para conseguirmos ir sacando as peças de roupa a Penelope. Surpreendentemente, estamos perante um jogo de plataformas que se aproxima de Manic Miner, onde cumprindo certos objectivos, teremos direito ao tão almejado prémio.
O ecrã inicial de Stripping Penelope também é bastante esclarecedor sobre o que temos que fazer e o que ganharemos com isso. Senão vejamos...
Pois, estamos num bar e vemos a mulher dos nossos sonhos à frente. Como somos muito assertivos, vamos logo directo ao assunto. Convidamos a moçoila, que tem ar de ter um bonito par de... olhos... embora esteja de óculos escuros, para beber um copo. Mas ela não está para ai virada e muito educadamente diz-nos para irmos caçar gambuzinos...
Mas somos persistentes, e dizemos então ao que vamos. Sempre nos disseram que a abordagem directa era a mais proveitosa, e neste caso resultou inteiramente, pois assim a moça ficou a perceber que não somos alcoólicos, apenas estávamos contentes por a ver e com o bolso cheio de moedas. Bem, mas como Penelope é adepta de jogos, e pelos vistos também gosta de receber algumas prendas, propõe-nos então um desafio: se lhe trouxermos as prendas que ela deseja, teremos direito a desfrutar do tão merecido prémio e irá ver realmente se estamos mesmo contentes por a ver ou se era apenas um fogacho e não conseguimos acender a chama perante tão fogosa manceba.
Ora vejam lá se a imagem aqui ao lado não provoca qualquer reaçãozita involuntária e não dá vontade de ver mais?
Mas adiante, já dissemos que o jogo era do género de plataformas, com forte influência dos trabalhos de Matthew Smith, nomeadamente de Manic Miner. Uma coisa boa é que o nível de dificuldade nada tem a ver com os jogos de Willy. Penelope, ao contrário de Maria, sabe que a vida é dura e que já não estamos na flor da idade, e se nos vamos esforçar muito a recolher as prendas, se calhar depois o resto corre mal...
O jogo tem então 12 níveis corridos, sem contar com aqueles onde vamos aliviando Penelope do incómodo peso das suas roupas. Existe bastante diversidade, e o último deles, é diferente de todos os outros. Mas já lá vamos.
A primeira tarefa é estudar o cenário, em especial a movimentação dos inimigos. Em alguns deles não convém perder-se muito tempo nesta tarefa, pois arriscamo-nos a ter logo um encontro indesejado com um adversário. E se esses encontros acontecerem com muita frequência, haverá um que seguramente não irá acontecer: o encontro com a frondosa e abundante de atributos, Penelope.
Reparamos então que algumas peças de roupa piscam no ecrã. Deverão todas serem apanhadas, pois só nessa altura surge o presente que devemos levar até à nossa amiga. E como boa amiga que é, abre o seu coração, e no fim talvez mais qualquer coisa, a tão solícitas ofertas. Cada prenda normalmente dá direito a uma peça de roupa a menos, mas atenção, nem sempre isso acontece...
Em alguns níveis, uma máscara vai também pairando. Esta é para apanhar (ao princípio fugíamos dela), pois de cada vez que a recolhemos, juntamos uma letra ao nome "PENELOPE". Quanto todas as letras estiverem preenchidas no ecrã (canto inferior direito), temos direito a uma vida extra, que se pode juntar a outras duas que aparecem em determinados níveis. Digam lá se o Jaime não faz tudo para que possamos passar a noite com a mulher dos nossos sonhos?
Mas o que é que faz com que este jogo seja tão especial como a noite que perspectivamos ter? Acima de tudo por alguns pormenores deliciosos, tais como a estonteante figura de Penelope (nham nham). Mas também com algumas variações que vamos encontrando em alguns dos níveis. Em alguns temos que activar certas alavancas (um deles em particular o programador fez uma bela de uma maldade). Noutro temos que apanhar um pára-quedas e saltar, num pormenor muito bem conseguido. E o último nível é completamente diferente de todos os outros. Este é sem dúvida o mais dificil, pois os perseguidores não seguem um padrão regular. Felizmente que existem escudos de imunidade que permitem que o nosso gingão passe pelos mauzões sem ser castrado da sua virilidade...
Se tudo correr bem, no final não só iremos despir completamente Penelope, como teremos então direito ao merecido prémio. Mas isso não vamos aqui contar, pois não queremos ferir (mais) susceptibilidades...
Assim, Stripping Penelope é talvez o jogo mais cómico de Jaime Grilo. Joga-se com todo o prazer até final (e nessa altura, talvez tenhamos ainda mais prazer). É assim um jogo a experimentar sem reservas (para os maiores de 18 anos), podendo
aqui ser descarregado.
Bom texto humorístico, facilitado pelo tema :)
ResponderEliminareheh, obrigado :)
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