Alien Slaphead

Nome: Alien Slaphead
Editora: Joesoft
Autor: John Davies
Ano de lançamento: 2022
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 128 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui

John Davies estava afastado do ZX Spectrum há algum tempo (desde Julho 2021). No entanto, assim de uma assentada resolve recuperar o tempo perdido e mete cá para fora dois jogos. Um deles é Alien Slaphead, que além da habitual competente programação de John, tem ainda os artistas Pedro Pimenta na banda sonora e Andy Green na paleta, que é como quem diz, responsável pelo ecrã de carregamento.

No jogo controlamos um curioso alienígena enviado ao solo terrestre para conhecer os humanos e assim descobrir como melhor preparar a conquista deste planeta. Mas na sua viagem deixou-se conquistar pela bondade dos humanos e especialmente por um rapaz chamado Joe (nome do filho de John) que lhe mostrou as maravilhas deste mundo. Ao decidir cancelar a sua missão e informar os seus superiores que o planeta ainda não estava preparado para a colonização, reparou que a sua nave estava sem combustível. Decide então encetar uma viagem para recolher todos os itens necessários para converter em combustível. 

Para aqueles que vão ficar desiludidos pela aparente facilidade do desafio, adianta-se desde já que Alien Slaphead está orientado para um público mais juvenil, o que justifica plenamente essa opção. Aliás, o jogo foi inicialmente concebido para Joe Davies. Decerto não quereríamos cativar uma criança com um jogo com a dificuldade de Manic Miner, pois não?

E falarmos em Manic Miner não é de todo inocente, pois a mecânica deste jogo é muito semelhante ao clássico de Matthew Smith. Assim, ao longo de 25 níveis, temos que apanhar o máximo de objectos que piscam, evitando os muitos inimigos que povoam os cenários, alcançando depois a base, marcada com um "H". É possível alcançarmos logo a base sem recolher todos os objectos, mas nesse caso a pontuação será menor. No entanto, se estivermos "à rasquinha", isso é, o tempo quase no limite, que remédio temos senão deixarmos as coisas a meio.

O tempo é mesmo o maior inimigo, se bem que John tenha sido bastante generoso. Sempre que tocamos num inimigo ou num obstáculo mortal, não perdemos uma vida. Simplesmente temos que recomeçar o nível, no entanto sem que seja feito um "reset" no relógio. Quer isso dizer que se tivermos que recomeçar muitas vezes o nível, podemos ver o relógio chegar a zero sem termos possibilidade de chegar à base. Se isso acontece, é o fim, "game over", o jogo termina e temos que recomeçar do primeiro nível. Mas não há que ter medo, pois como dissemos, o programador foi condescendente, não se esqueceu que o público-alvo é juvenil e que o principal objectivo é  cativar a criançada para o ZX Spectrum.

Depois de se apanhar os objectos e/ou chegarmos à base, é-nos colocada uma questão, sendo dada três hipóteses de resposta. Se acertarmos, a nossa pontuação aumenta. Se errarmos, passamos para o nível seguinte sem esta pontuação extra, mas com um pouco mais de cultura. De qualquer forma, as questões colocadas são bastante simples, nada que faça as crianças entrarem em desespero com medo de reprovarem o exame.

Quer a música, quer o grafismo adoptado, estão também orientados para a pequenada. Simples, mas eficazes, orelhudos e a saltarem à vista, certamente que os jogadores não irão ficar indiferentes ao que lhes é apresentado.

Assim, não tendo Alien Slaphead nada de imensamente inovador ou que não tenha sido feito antes com o Arcade Game Desinger e variantes, exeptuando o pequeno teste de conhecimentos sempre que se termina um nível, parece-nos que vai ser um agradável entretenimento para os mais novos, mas também para todos aqueles que depois de um árduo dia de trabalho, apenas querem esquecer os muitos problemas que ultimamente enfrentamos e descontrair um pouco. Para isso, Alien Slaphead cumpre perfeitamente com o que se propôs.