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terça-feira, 3 de maio de 2022

Mazania: Mage Rage Part II

Nome: Mazania: Mage Rage Part II
Editora: Joesoft
Autor: John Davies
Ano de lançamento: 2022
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui

Depois de John Davies nos ter trazido obras maiores como a saga Road Trippin', não pudemos deixar de sentir um certo sabor a desilusão com a sequela de Mage Rage, um jogo que também não nos tinha caído no goto. bem sabemos que John queria desenvolver um trabalho em tempo recorde para apresentar no aniversário do ZX Spectrum, no entanto, parece-nos que o principal problema não está sequer na concepção ou parte técnica, mas nas lacunas ao nível da jogabilidade. Assim, o nível de dificuldade é tão elevado, entrando no campo da frustração. E ao contrário de Road Trippim', que apesar de não ser fácil, tinha uma curva de experiência que permitia ir avançando nos níveis sempre um pouco mais de cada vez que jogávamos, isto não acontece aqui (não conseguimos sequer passar do primeiro nível).

As principais lacunas estão na velocidade a que toda a acção decorre, sendo por vezes difícil conseguir posicionar o personagem de forma a poder rapidamente mudar de caminho, a aleatoriedade dos inimigos, levando a que não se possa definir uma estratégia de ataque aos objectivos (comer todos os objectos à la Pac-Man), mas especialmente pelo exagerado número de inimigos que povoam o cenário, aumentando de forma cadenciada à medida que o tempo decorre. É um exagero, levando à tal frustração referida.

Falámos em Pac-Man e esse jogo é de facto a principal referência. Também aqui existem as pílulas que permitem eliminar os inimigos. No entanto, em vez de os "comermos", disparamos bolas de energia contra eles. O problema, ou melhor, os problemas é que não só temos que estar virados para o inimigo (a bola é disparada na direcção para a qual estamos virados), os caminhos são tortuosos, ainda mais com a aleatoriedade de movimentos dos adversários, culminando numa velocidade tal que apenas por acaso conseguimos acertar no alvo. A maior parte das vezes a bola perde-se no vazio e o que acontece de seguida é sermos abalroados, perdendo-se mais uma vida. O que acontece com demasiada frequência, para ser minimamente confortável.

Como não passámos do primeiro ecrã por mais que tentássemos, não sabemos quantos níveis o jogo terá. Sabemos sim, que são inspirados em jogos famosos, como Cybernoid (The Fighting Machine), ou Fred (That You Roland?). E é uma pena, pois fosse a jogabilidade melhor, contemplando uma curva de dificuldade gradual (bastava diminuir o número de inimigos, ou pelo menos a cadência com que estes surgem), e estaríamos seguramente perante um jogo bastante mais interessante. 

Nota especial para o ecrã de carregamento, um magnífico de trabalho de Clive Townsend, que ainda a semana passada esteve connosco em Cantanhede...

2 comentários:

  1. Aw, it's a real shame you weren't into this one, I had a lot of fun with it. It is a challenge for sure, but one worth persisting with. I really enjoyed the classic game references

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