Páginas

Páginas aconselhadas

sábado, 11 de março de 2023

Super Bomberman 2 Remix


Nome: Super Bomberman 2 Remix
Editora: ZX Evolution
Autor: Marie Slip, Gogin, Nik-O, Joe Vondayl, Black Cat
Ano de lançamento: 2023
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: 128 K
Número de jogadores: 2
Link para descarga: Aqui

Já se sabe que os nossos colegas do Leste têm a capacidade única de levar as capacidades do ZX Spectrum ao limite. Nomes como Natasha Zotova, Denis Grachev, Oleg Origin ou a equipa de Sanchez conseguem fazer verdadeiros milagres, proporcionando jogos difíceis de imaginar há 30 anos. E agora, do colectivo que se junta na página ZX Online, chega novo jogo. Desta vez um clone de Bomberman, sendo também um remake de um jogo que Marie Slip tinha desenvolvido em 2001. Tudo nos levava assim a pensar que estaríamos perante mais um projecto vencedor.  Não temos a mínima dúvida que será um sucesso, mas, ao contrário do que esperávamos, deixou-nos um sabor agridoce. 

Assim, O jogo é composto por uma vintena de níveis mais um duelo final. Quem conhece Bomberman (ou Eric and the Floaters), sabe do que se trata. Num ecrã repleto de inimigos e obstáculos, alguns dos quais podem ser eliminados à lei da bomba, temos que conseguir matar todos os adversários, sendo que apenas nessa altura poderemos aceder à porta de saída e passar ao nível seguinte. Mas a porta de saída não está imediatamente visível. Aliás, inicialmente muito pouca coisa está visível, pois além dos inimigos e blocos indestructíveis, encontram-se outros elementos do cenário que, esses sim, podem ser eliminados, revelando os seus segredos. Para isso teremos que lhes colocar uma bomba nas proximidades e esperar que ela rebente com o que se encontra à volta. Se algum inimigo estiver no seu raio de acção, é morto. No entanto, se nós estivermos no raio da explosão, também perdemos uma vida, portanto é necessário muito cuidado ao colocar as bombas.

Qual é então o principal problema do jogo? Diríamos que é o excesso de fartura... Estranho, mas é verdade. O que acontece é que de cada vez que destruímos algum dos elementos do cenário, existe uma grande probabilidade de aparecer um bónus. Estes podem assumir vários sabores:

  1. Fire – aumenta o raio da explosão (efeito máximo quando se apanha cinco ícones)
  2. Bomb – bombas extras colocadas em simultâneo (efeito máximo quando se apanha cinco ícones)
  3. Bomb-kicking foot – temos a possibilidade de pontapear as bombas para onde nos interessar
  4. Yellow heel – podemos atravessar as bombas
  5. Heart – Vida extra
  6. Green Blob – permite-nos colocar as bombas amarelas, que se pontapeadas contra uma parede, destroem-na
  7. Red Shield – concede imunidade às explosões
  8. Fuse bomb – permite activar o modo "standby" das bombas, que apenas explodem quando carregamos no botão de disparo
  9. White Skull – retira todos os bónus que tivermos em nosso poder
Além disso, sempre que passamos cinco níveis, temos possibilidade de jogar à roleta e ganhar mais uma vida e bónus. Ainda por cima, como os bónus são cumulativos e não desaparecem quando passamos de nível, só com muita inépcia nossa não chegamos ao duelo final. Bastava eliminar a possibilidade de os bónus transitarem sempre que mudamos de cenário (a cada cinco níveis), para aumentar um pouco a longevidade deste jogo, não obstante existirem três níveis de dificuldade (para se jogar no nível de dificuldade médio ou difícil é necessário activar o modo turbo). Ou, quem sabe, colocar um tempo limite para se fazer cada nível.


O duelo final revelou-nos mais alguns contratempos. Não que seja particularmente complicado vencer o big boss (a mesma táctica permite acertar-lhe com as bombas continuamente, sem que sejamos atingidos pela sua chama, tornando-se um exercício demasiado repetitivo), mas sim porque encontrámos alguns bugs que crashavam o jogo com demasiada frequência. Faltaram alguns testes neste nível final.

Mas o jogo, tirando as lacunas apontadas, é bastante divertido, em especial quando jogado a dois (mas isso acontece com praticamente todos os jogo, não é?). Seja em modo cooperativo, seja em modo de duelo, se tivermos algum amigo ou amiga ao lado, consegue-se passar uns bons momentos de diversão, até porque tal como acontece na maioria dos jogos vindos do Leste, a música é estupenda, se bem que nem sempre a mais adequada ao jogo, os gráficos bem trabalhados e os movimentos muito fluídos, contribuindo para uma razoável jogabilidade.

Assim, quem gosta do género, poderá despender os 3 euros (mínimo) para obter o jogo. Quem não esteja muito viradado para jogos puros de arcada (é mais o nosso caso), suspeitamos que irá achar "poucochinho"...

Sem comentários:

Enviar um comentário