Nome: Pacman Begins
Editora: Highriser
Autor: Allan Turvey
Ano de lançamento: 2024
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48K
Número de jogadores: 1
Descarga: Aqui
O Pac-Man está na moda e que ninguém diga o contrário! De facto, depois de Marco Leal ter feito uma estreia brilhante no ZX Spectrum com o famoso personagem (ver aqui a review), agora é um especialista das conversões de arcade, Allan Turvey, a regressar ao tema. Mas com algo completamente diferente, como diriam os saudosos Monty Python. Ou talvez não, senão vejamos...
Graficamente os sprites estão de acordo com aquilo que se encontra nas máquinas, quer seja o nosso herói, quer sejam os fantasmas, as pílulas ou até mesmo os bónus. Além disso, quando o fantasma está em modo "medroso", muda a tonalidade para azul tal e qual como se estivéssemos diante da máquina de arcada.
O som, idem. Reflecte na perfeição aquilo a que os fãs de Pac-Man estão habituados, com as devidas diferenças por estarmos a jogar no ZX Spectrum. Mas quer estejamos a comer uma pílula ou os pontos, fantasma ou um fruto, quer estejamos a perseguir o fantasma, mesmo sem estar a ver o ecrã, qualquer pessoa identifica imediatamente aquilo que se está a passar no jogo.
Quanto ao objectivo, também passa por limpar todas os pontos do ecrã, se possível comendo os frutos e o fantasma pelo meio. Para depois se voltar a fazer o mesmo, tentando-se fazer o máximo de pontuação possível e não tendo o jogo um fim efectivo (o original na realidade tinha, pois o jogo crashava ao final de um certo nível).
Poder-se-ia então pensar que estávamos perante mais um clone puro e duro de Pac-man, mas a realidade é que apesar de tudo aquilo que dissemos atrás, o jogo é completamente diferente (ou, pelo menos, suficientemente diferente para não ser considerado um clone, antes uma variante). Também já devem ter percebido, a inspiração está em Paku Paku, o que aliás é referido no ecrã inicial.
Pacman Begins é então uma variante de Pac-man, que anda em apenas uma única linha (contínua), na qual, quando passa um dos extremos, surge no extremo oposto, confundindo o fantasma que nos persegue, que imediatamente muda a direcção, tentando alcançar-nos por todos os meios. No início é tudo muito fácil, pois a velocidade de Pac-man é superior à do fantasma e conseguimos ir comendo todas os pontos, bónus (quando aparecem) e até o próprio fantasma, sem que este nos apanhe. Se o conseguirmos comer em sucessão, isto é, suficientemente rápido, os pontos duplicam. Obtém-se 200 pontos para a primeira vez que comemos o fantasma, 400 para a segunda, 800 para a terceira e 1.600 para a quarta. Qualquer táctica que utilizemos para tentar durar o máximo possível no jogo deve contemplar a tentativa de se comer rapidamente os fantasmas, pois é assim que damos impulso à pontuação, mesmo isso implicando o aumento no risco de sermos apanhados.
Sempre que comemos todas os pontos, espera-se uns segundos e novos pontos aparecem (assim como a pílula que permite comer o fantasma). No entanto, à medida que vamos passando os níveis, o fantasma vai-se tornando mais rápido, ressurgindo também mais rapidamente depois de ser comido, além de ficar menos tempo em modo "medroso" (normalmente isso acontece por volta dos 10.000 pontos, dependendo dos bónus e fantasmas que conseguirmos ir comendo pelo caminho). E não é preciso esperar muito para se atingir um nível no qual teremos que rapidamente mudar de táctica, para passarmos a atacar apenas pela certa.
A táctica que connosco deu mais resultado foi mantermo-nos no meio e arriscar apenas pela certa. Por um lado, permite-nos conseguir chegar a um dos extremos com maior hipótese de escapar ao fantasma que, lembre-se, nos níveis mais avançados é mais rápido que nós. Por outro, aguardamos pelo momento certo para comer a pílula que activa o modo "medroso", pois é a melhor forma de conseguirmos limpar os pontos do ecrã. Foi desta forma que conseguimos chegar a uma pontuação que nem o próprio autor imaginava ser possível.
Mas o que acima de tudo faz deste jogo um referência é a sua capacidade viciante. Não estamos a exagerar, assim que Allan nos deu o jogo para testarmos, estivemos horas a tentar aperfeiçoar a técnica e fazer a maior pontuação possível. Não que fosse necessário para os testes, apenas porque o jogo é tão viciante que não conseguíamos deixar de o jogar. Mesmo quando já passava da hora de dormir e íamos ter que acordar cedo no dia seguinte, nem mesmo assim descansávamos. Esta é mesmo a melhor forma de caracterizar Pacman Begins: viciante! E com apenas uma tecla!!!!
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