Nome: The Iron Wolves
Editora: Cronosoft
Autor: Andy Remic
Ano de lançamento: 2021
Género: Aventura de texto
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1
Para esta análise vamos fazer aquilo que odiamos: vamos avaliar o jogo, sem que tenhamos conseguido chegar ao fim (embora tenhamos ficado perto). Isso apesar de durante muitas horas termos andado a correr todos os locais por onde conseguimos acesso. Alguns encontravam-se bloqueados, e com mais ou menos custo, conseguimos passar, no entanto quando chegámos a um certo ponto da floresta, um bandido bloqueia-nos o caminho e não conseguimos eliminá-lo (na realidade não conseguimos armar o arco que dispara a flecha). Já experimentámos aventuras de texto suficientes para percebermos que o problema não reside apenas em nós. O jogo é pouco intuitivo e amigável, aconselhado apenas para aqueles que já andam a virar frangos há muitos anos e que sejam fluentes na língua inglesa.
Mas comecemos pela história, inspirada num dos livros editados por Andy Remic (este autor, além de lançar jogos para o Spectrum desde 1989, também publica livros relacionados com temas fantásticos e gore). Assim, há 30 anos, os Iron Wolves contiveram hordas de Orcs em Pass of Splintered Bones e lideraram uma carga brutal que levou à morte do feiticeiro Morkagoth. No entanto, a ameaça não terminou e agora um novo perigo espreita o reino. Orlana, the Changer, escapou de Chaos Halls e está a construir um formidável exército, transformando cavalos, leões e ursos em terríveis caçadores sangrentos, a convocar Orcs aos magotes, e a rumar a Norte para conquistar a poderosa região de Vagandrak onde, dizem, o rei enlouqueceu. O general Dalgoran tenta então reunir os heróis de outrora, para aquilo que ele acredita ser a batalha final. Mas descobre também que os Iron Wolves não são mais os lendários heróis e que podem ser mais perigosos do que as hordas invasoras...
É então neste ambiente fantástico e aterrador que nos movemos ao longo desta enorme aventura. E tudo começa quando acordamos num bar pouco recomendável, onde, a avaliar pelo nome, é objecto de muitas picardias e rixas. Talvez pela bonita empregada, que não se cansa de matar a sede da ralé que frequenta a taberna. No entanto, o facto é que todos se encontram armados e bem armados, o ambiente é pesadíssimo, e qualquer palavra menos adequada pode ser a fonte de ignição para uma batalha campal.
Rapidamente nos piramos da taberna e começamos a explorar as redondezas. Tem os locais típicos de uma decadente cidadela medieval, com as suas praças principais repletas de odores estranhos e desagradáveis, comerciantes sempre prontos a fazerem uma troca, onde geralmente ficam a ganhar, aliviando-nos das nossa moedas de prata, e até uma estranha e aterradora torre avermelhada, cuja descrição desde logo dá a entender os perigos que encerra. Aliás, deixamos desde já a dica: deve-se começar precisamente por esta torre (ver ecrã acima), explorando tudo, não esquecendo que, e esta é outra das grandes lacunas deste jogo, nem todas as saídas se encontram descritas. É fundamental observar-se muito bem as imagens e até fazermos de adivinho. Mas não devia ser assim...
Os gráficos, obra e graça de Clive "Saboteur" Townsend, são o melhor desta aventura. Se tudo o resto estivesse ao nível das magníficas ilustrações, algo que já tínhamos visto em Ninja Carnage, então estaríamos perante uma aventura de excelência. Mas isso infelizmente não acontece...
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