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domingo, 27 de março de 2022

Bomb Bomb Buster


Nome: Bomb Bomb Buster
Editora: NA
Autor: Packobilly
Ano de lançamento: 2022
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1
Memória: 128 K
Link para descarga: Aqui

Eis um jogo sem história. E quando dizemos sem história, queremos dizer no sentido literal, pois, como o próprio programador diz, não há regras, não há guião, não há princesa para salvar, apenas... dinamite...

O objectivo é apenas um, apanhar a dinamite e atirá-la contra o chefão, conhecido como "The Big Fat". Isto ao longo de 25 níveis de adrenalina pura e alguns quebra-cabeças pelo meio, para no final, num nível um pouco diferente de todos os outros, se mandar o chefão definitivamente para os anjinhos.

Os níveis decorrem em blocos de cinco, cada um destes blocos com um tipo de cenário característico, desde cavernas até ambientes mais futuristas. Curiosamente (ou talvez não), alguns destes cenários fazem-nos lembrar os criados em anteriores trabalhos de Hicks ou Toku. Não se leve isso como uma crítica, apenas como a constatação de um facto, sendo uma demonstração da cooperação que existe entre a comunidade hispânica, que se vão ajudando uns aos outros nos seus trabalhos. De facto, esta cooperação é bastante salutar, todos ganhando com isso (programadores e jogadores).

Embora Bomb Bomb Buster seja um típico jogo (frenético) de plataformas, tem algumas nuances que o diferenciam da concorrência (sempre importante, sabendo-se a quantidade de jogos que hoje em dia saem através de motores como o AGD ou La Churrera). Assim, numa primeira fase, em cada um dos cenários, temos que apanhar a dinamite, representada por uma bomba verde. Por enquanto podemos demorar todo o tempo que quisermos para terminar o nível. Podemos (e devemos) estudar o cenário, analisar a movimentação de todos os inimigos, estudar o caminho a fazer-se, quer até à bomba, quer até ao chefão. No entanto, estamos desarmados (apesar da grande franja do nosso personagem, que até consegue tocar nos inimigos, sem que se perca a vida - atenção, apenas a franja). Assim, a única hipótese é desviarmo-nos deles, implicando muitos saltos no timing e pixel exactos.

Depois de apanharmos a bomba, inicia-se a segunda fase, esta muito mais frenética, pois o relógio começa a contar os segundos, começando no nove, e chegando até ao zero, altura em que se perde a vida. A vantagem é que estamos agora armados com uma potente bomba que elimina todos os inimigos (atenção ao ângulo de tiro, a principal dificuldade nesta fase), assim como o chefão. Se conseguirmos chegar até este último, vamos precisar de vários tiros certeiros para que seja eliminado, só então se podendo passar ao nível seguinte. Mas o tempo disponível é muito curto, como se irá sentir na pele...

Com a experiência, vamos entrando na mecânica do jogo, começamos a conhecer os percursos feitos pelos inimigos, incluindo aqueles que não podem ser eliminados, e vamos escalando os níveis. Em alguns temos também que movimentar uma plataforma, colocando-a no sítio mais propício para atingir alguns pontos mais elevados. Uma coisa é certa, convém deixarmos os elementos do cenário  da forma mais favorável possível, antes de pegarmos a dinamite, pois assim que o relógio começa o countdown, apenas temos tempo de ir até ao chefão da forma mais directa possível. 

Para que um jogo com estas características funcione é fundamental que os cenários estejam bem imaginados. E é aqui que Bomb Bomb Buster ganha pontos relativamente à concorrência. Estes são muito atractivos (assim como a música), e o facto de ter cinco tipos diferentes de cenários (além do desafio final), incentiva o jogador a ir até ao fim, mesmo tendo em conta o elevado nível de dificuldade (característica comum aos jogos espanhóis desde o início dos anos 80, como bem se sabe).

Assim, se já tínhamos gostado bastante de MagicAble: A Kind of Magic, ainda mais gostámos de Bomb Bomb Buster. Packobilly revela uma grande progressão e longe vão os tempos dos seus primeiros jogos, que primavam pela simplicidade e por um grau de dificuldade demasiado baixo. Todos ficamos a ganhar com isso...

9 comentários:

  1. Muchas gracias por el análisis, lo cierto es que cuando Packobilly contó con nosotros unicamente nos dedicamos a testearlo, no hemos nada mas que eso. Todo el codigo y gráficos son de su cosecha propia, no ha habido colaboración mas allá de eso.
    Saludos y enhorabuena a Packobilly por su nuevo juego!

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  2. Bom Dia!
    Muito obrigado pela análise elaborada que você fez do Buster; Adorei a exposição do enredo, assim como a explicação do desenvolvimento e mecânica do jogo. Muito bem.
    Parabéns antecipadamente pelo trabalho que você vem fazendo há tanto tempo com este site, que é uma referência para a máquina que tanto amamos. Embora eu não seja muito bom em notas, fiquei surpreso e lisonjeado com a classificação que você deu. excelente.
    Em outra ordem de coisas, deixe-me dizer-lhe que não me permiti ser influenciado de forma alguma pelo estilo de Hicks ou Toku; minhas técnicas para desenvolver gráficos e sprites são muito pessoais... também é verdade que eu jogo Spectrum desde pequeno, então, obviamente, minhas influências vêm de longe.
    Bem, o que foi dito; Muito obrigado pela análise e continuaremos desenvolvendo títulos no futuro, esperando que sejam tão bem recebidos quanto este. Saudações do Sul!

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    1. Muito obrigado, é apenas justo. De facto gostei muito do jogo, enquanto não o terminei, não descansei :)

      Abraço

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  3. O review muito abrangente já disse tudo. Mas eu exponho um pouco das minhas impressões sobre essa perola de jogo...

    Tudo muito bem feito! Gráficos, sons, jogabilidade muito acima da media da maioria dos jogos de plataforma desenvolvido com os motores. Pra ser justo, Stars (Gumi) II é outra perola surpreendente.

    A dinâmica minuciosamente calculada inicialmente "assusta" mas é o que "vicia" e estimula a seguir jogando.

    Nada mais a dizer. Apenas que é um jogo que merece ser jogado por todo retro gamer!!!

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    1. Totalmente de acordo, Luiz. Uma verdadeira pérola :)

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  4. Só consegui terminar agora! As fases do level 04 foram as mais difíceis pra mim.

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    1. Não é nada fácil, não. Mas vale bem a pena chegar ao fim :)

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    2. sim! Entretém bastante! :D

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