Nome: Alien Highway
Editora: Vortex Software
Autor: Mark Haigh-Hutchinson
Ano de lançamento: 1986
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1
Memória: 48 K
Link para descarga: Aqui
Depois do estrondoso sucesso de Highway Encounter, a Vortex achou por bem capitalizar o seu sucesso e lançar uma sequela. E esta revelou-se uma aposta semi-falhada, não tendo alcançado, nem de perto, nem de longe, o sucesso do primeiro jogo. Para isso, na nossa opinião, contribuíram vários factores, que já iremos referir. Não nos entendam mal, Alien Highway não é um mau jogo. Está bastante acima da média, com bons gráficos e jogabilidade, mas o factor novidade foi-se, ainda mais numa altura em que os novos jogos e de grande qualidade eram a ordem do dia na cena do ZX Spectrum.
Outro ponto que nosso entender contribuiu para a menor projecção de Alien Highway, foi a mudança de programador. Não que Mark Haigh-Hutchinson seja mau programador, ou que não tenha pergaminhos no desenvolvimento de jogos, com uma carteira com alguns hits, mas não tem o génio de Costa Panayi, o programador original de Highway Encounter. E reconheça-se, Costa Panayi apenas existe um, como se comprova em praticamente todos os seus trabalhos.
A história de Alien Highway faz a ligação ao episódio anterior. Assim, depois de termos conseguido repelir a invasão alienígena, destruindo a sua nave-mãe, temos agora que nos embrenharmo-nos no coração do complexo industrial dos inimigos. Para isso, conduzimos um Terratron (antes era um Lasertron), que permitirá destruir as instalações alienígenas, evitando que esses possam voltar a visitar o nosso planeta.
A mecânica é muito semelhante a Highway Encounter, embora com algumas pequenas diferenças, e uma armadilha (em que nós caímos), que se não tomarmos cuidado, impedir-nos-á de cumprir com a missão. Assim, mais uma vez temos que ir limpando os sectores dos inimigos e obstáculos, sendo que depois podemos "pegar" no Terratron e fazê-lo avançar. O nosso dróide vai empurrando o Terratron, tendo que fazer uma autêntica gincana para conseguir ultrapassar alguns dos obstáculos. A sua mobilidade é agora um pouco maior, podendo deslocar-se para os lados (diagonalmente), por outro lado, e porque ao invés de dróides extras, apenas temos um dróide que perde energia em contacto com os inimigos, quer isso dizer que o Terratron tem que ser permanentemente empurrado para chegar à zona 0 (se bem se lembram, no episódio anterior, enquanto tivéssemos dróides extras e não houvesse obstáculos à sua frente, o Lasetron ia avançando automaticamente).
Outra das diferenças é que, e para pena nossa, o jogo tem agora uma maior componente de shoot'em'up, em detrimento da componente de quebra-cabeças. Possivelmente o público pedia mais jogos deste género em 1986, mas, no nosso entender, isso retira-lhe alguma profundidade (e também se esbate aquele toque de génio de Costa Panayi).
Referimos atrás que havia uma pequena armadilha que, caso não lêssemos as instruções devidamente, não iríamos conseguir chegar ao final da missão, ficando bloqueados no penúltimo ecrã, como poderão ver no ecrã acima (existe um obstáculo a impedir o Terratron de avançar). É então obrigatório tocarmos nas sete estações regeneradoras, não só porque concedem um pouco mais de energia ao nosso dróide, mas também porque se não o fizermos, então o obstáculo final não desaparece.
O tempo continua a ser um grande inimigo e é desesperante vermos o tempo para se cumprir a missão a diminuir, enquanto andamos às voltas com o Terratron para ultrapassar determinado obstáculo. Apesar da sua maior mobilidade, alguns dos obstáculos exigem uma precisão ao pixel por onde nos movimentamos. Embora o Terratron não sofra em contacto com os inimigos ou obstáculos, o nosso dróide perde energia sempre que toca em algo que não deve. Reside aqui a maior dificuldade deste jogo, aumentando o nível de dificuldade em comparação com Highway Encounter, mas também diminuindo a jogabilidade.
Resumindo, mesmo estando Alien Highway num patamar acima da média, e continuando a ser cativante, de alguma forma vulgarizou-se e perdeu o brilho do original. Mas continua sempre a ser um jogo a experimentar.




Tenho que jogar a este! Só me lembro do primeiro ao qual joguei bastante.
ResponderEliminarO primeiro era fantástico. Este soa um pouco a desilusão, para quem jogou muito o primeiro. Mas continua a ser interessante.
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