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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Cruising on Broadway


Nome: Cruising on Broadway
Editora: Solarsoft
Autor: Jeff Naylor
Ano de lançamento: 1983
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick:  Não
Memória: 16 K
Número de jogadores: 1

Muitas vezes as coisas mais simples são aquelas que mais nos cativam. E isto também se aplica aos videojogos, sendo Cruising on Broadway um exemplo perfeito desta situação (Jumping Jack, do qual já aqui falámos, é outro caso). Assim, simplicidade é o que podem encontrar neste jogo de 1983, lançado por uma software house praticamente desconhecida e que conta apenas com três títulos na sua carteira. Não obstante, este é daqueles jogos que permanecem na nossa memória como tendo sido dos primeiros que tivemos o privilégio de jogar.

Em Cruising on Broadway controlamos um pequeno quadrado que, ao longo de quatro diferentes cenários, tem que conseguir passar por todos os pontos do caminho, representados por linhas que vão ficando preenchidas (mudam de cor). No entanto existe um inimigo, que de forma aleatória vai andando ao longo desses caminhos e que se nos apanha, o jogo termina.


Essas linhas, por sua vez ligam a outras linhas, e aqui reside o segredo do jogo. Assim, temos que planear muito bem o caminho que vamos fazer, de modo a não sermos abalroados pelo inimigo (que se move aleatoriamente, relembre-se).

Temos também uma ajuda. Assim, se estivermos prestes a ser abalroados, poderemos criar um gap, que permanece durante vários segundos, e que evita que o inimigo possa passar nesse ponto. Mas também nós, o que por vezes leva a que fiquemos bloqueados e sem escapatória, à espera de ver o inimigo vir contra nós.

Como seria de esperar, um jogo tão simples apenas será bem-sucedido se a jogabilidade for boa. Pouco interessa para o efeito os gráficos, o som, e outras variáveis que aqui não passarão de pormenores. E neste aspecto Cruising on Broadway leva nota máxima, já que a velocidade é estonteante, contribuindo para muitos saltos na cadeira e uma certa dose de frustração, mas sempre convidando a fazer-se mais uma tentativa para bater o recorde de pontos (estes são dados de cada vez que terminamos um cenário, tendo em conta o tempo que demorámos a conclui-lo).


Se conseguirem terminar o quarto cenário, voltam ao primeiro, mas desta vez com dois inimigos no vosso encalço, duplicando o grau de dificuldade. Não esperem assim ver uma mensagem de parabéns ou algo do género, pois este é um jogo sem fim e cujo objectivo é fazer-se o máximo de pontos possível.

Aliás, entre o seu lançamento e o início de 1984, a editora oferecia mesmo um prémio regular em dinheiro para quem fizesse a mais alta pontuação (deveria ser impresso o high score). Claro que nessa altura ainda não estavam em voga os habituais os pokes para se aldrabar os jogos, doutra forma este concurso estaria condenado ao insucesso.

Em suma, este é um jogo muito simples, mas tremendamente viciante, sendo daqueles que dificilmente conseguimos parar de jogar e que volta e meia lá temos que ir fazer mais uma perninha.

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