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domingo, 6 de outubro de 2019

A Troll's Revenge


Nome: A Troll's Revenge
Editora: NA
Autor: Gareth Pitchford
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

O ano de 2019 está a ser épico para as aventuras de texto, e para isso muito contribuem dois autores: John Wilson e Gareth Pitchford. Os dois amigos vão lançando aventuras atrás de aventuras, e nem o facto de algumas serem relativamente pequenas, fazem com que sejam menos interessantes. É o caso de A Troll's Revenge, com apenas 16 locais, pouco mais de meia dúzia de objectos para serem usados, e ainda menos personagens, mas que nem por isso deixa de constituir um desafio a puxar pelos neurónios dos aventureiros.

O jogo participa também na competição CaveJam 2019, tendo sido inicialmente criado para ser jogado nos browsers, e pouco tempo depois convertido para o Spectrum. E se a primeira versão tem gráficos (ecrã abaixo), naturalmente que na conversão para o nosso computador preferido, Gareth abdicou deles. É pena, realmente, mas não se pode ter tudo, e além disso esta aventura, mesmo sendo mini, tem predicados suficientes para manter o interesse até ao fim. Referimo-nos obviamente à história e aos desafios apresentados. De qualquer forma, não está colocada de parte, no futuro, uma versão deluxe com alguns gráficos.


Em A Troll's Revenge, tal como o nome o dá a entender, voltamos ao mundo da mitologia escandinava. O nosso irmão, um conhecido troll da zona, é o guardião do tesouro do feiticeiro. Sendo guloso por natureza, não resistiu a umas saborosas maçãs que uns desconhecidos lhe deram, não se apercebendo que estas eram encantadas. Assim que as comeu, entrou no mundo dos sonhos e deixou a porta da gruta aberta para os desconhecidos se servirem do que lá estava, levando o tesouro. Quando o feiticeiro se aperceber que o seu tesouro já era, apenas restando umas moedas como compensação, alguém irá sofrer. Assim, na pele do irmão do troll, cabe a nós recuperar o tesouro roubado.

O primeiro passo é começar a explorar os cenários desta aventura. Inicialmente pouco conseguimos descobrir, até porque a maior parte dos caminhos estão-nos vedados. Além disso encontramos o nosso irmão ainda sob o efeito do encantamento, sendo a prioridade acordá-lo, até para acedermos à gruta onde estava o tesouro. Mas como o acordar? Será que ir ao lago nos poderá ajudar?


À medida que vamos superando os desafios, vamos desbloqueando novos caminhos. A certa altura vamos encontrar os ladrões, mas esses, apesar de desonestos, não são estúpidos. Não vale a pena dar-lhes o isco que utilizaram no nosso irmão. Mas será que podemos fazer com que provem o próprio veneno? É este tipo de quebras-cabeças que vamos encontrando ao longo da aventura, a maior parte inteiramente lógicos, mas nem por isso mais fáceis de serem deslindados.

Em alguns pontos também teremos que repetir algumas acções. Isso porque só após termos cumprido com certas tarefas, ou termos alguns objectos em nosso poder, vamos conseguir ultrapassar certas situações que antes não eram visíveis. No fundo aquilo a que já nos habituámos com Gareth Pitchford, e que teve expoente máximo em Deer Creek, aventura que apreciámos particularmente. E tal como nesse jogo, também aqui vão sendo dadas dicas sobre como resolver as tarefas, embora não de forma tão explícita. Digamos que o grau de dificuldade de A Troll's Revenge é um pouco maior, mesmo o jogo sendo mais pequeno.


A exploração que fizemos permitiu-nos criar o mapa que partilhamos em cima. É já uma boa ajuda para quem se queira iniciar em A Troll's Revenge. isso não evita que tenham que explorar devidamente todos os recantos, conversar com todos os personagens (alguns estão lá para nos ajudar), mas convém ser-se educado, doutra forma terão oportunidade de apanhar umas boas palmadas (experimentem a apalpar a taberneira, para verem o que acontece).

Resumindo, apesar de A Troll's Revenge ser apenas uma pequena brincadeira destinada a entrar numa competição, tem todos os elementos típicos das aventuras criadas por Pitchford, agarrando-nos desde logo, quer pela temática, quer pela história e diálogos, mas acima de tudo pelos desafios bem construídos. Mal podemos agora esperar para ver a versão com gráficos, sem duvida uma novidade, pelo menos daquilo que conhecemos neste contador de histórias.

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