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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
Dragon Tale Fantasy
Nome: Dragon Tale Fantasy
Editora: NA
Autor: +3Code
Ano de lançamento: 2020
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 128 K (+3)
Número de jogadores: 1
Estávamos a aguardar que +3Code corrigisse alguns erros no jogo, para então fazermos a nossa análise. E como tivemos agora acesso a um novo ficheiro, e pareceu-nos que alguns dos problemas ficaram resolvidos, resolvemos levar o jogo até ao fim e avançar com a review.
Em primeiro lugar, será de referir que o jogo foi programado em Basic através do motor CharAde de J.J. Railton, e isso nota-se nos gráficos e quase ausência de som, mas sobretudo na velocidade de movimentação das personagens. Nada que não se resolva aumentando a velocidade do processador, se jogado num emulador, coisa que fizemos. Desta forma consegue-se realmente ter uma experiência mais gratificante, doutra forma Dragon tale Fantasy torna-se entediante, por razões que já iremos detalhar.
A história é muito básica, tal como a linguagem de programação com que o jogo foi criado. Assumimos a pele de um aventureiro, que tem que recuperar alguns objectos sagrados e entregá-lo ao Dragão das Montanhas do Norte. Este encontra-se numa casa no ponto mais distante de onde começamos a missão (fica desde já a dica). Mas para entrarmos no seu poiso, teremos que encontrar uma chave, e a chave apenas se obtém após cumprirmos algumas tarefas, isto é, entregar certos objectos em determinadas casas. Quer isso dizer que existe uma certa ordem para se conseguir cumprir com a missão.
Iniciamo-la junto a uma das casas, que também servem de abrigo para o nosso aventureiro. Cada vez que entramos numa delas, a nossa energia, medida por dois parâmetros (HP e KI), é reposto. Estes parâmetros vão também aumentando à medida que vamos cumprindo com as tarefas, no entanto, o terreno é perigoso, e encontram-se bandidos pelo caminho. Se dermos com um, temos duas hipóteses, fugir, ou lutar. Se conseguirmos fugir, melhor, pois continuamos o caminho como se nada tivesse acontecido, mas se temos a infelicidade de não poder evitar o confronto, o que acontece a maior parte das vezes, entramos numa sequência de batalha, na qual vamos atingindo o nosso inimigo e fazendo baixar a energia desse, e também a nossa, pois o bandido responde aos ataques. Se a energia for baixa, então teremos que deslocar-nos o mais rapidamente a um dos abrigos para repor a energia e voltar a fazer o mesmo caminho. Existe aqui o factor sorte, pois os inimigos aparecem aleatoriamente, pelo que nos pareceu, e isso implica fazermos o mesmo caminho vezes sem conta, até conseguirmos de forma mais ou menos "limpa" cumprir com a tarefa. É nesta parte que convém que a velocidade de processamento seja superior aos 3.54 Mhz, por forma a tornar este "vai e volta" constante, pelo menos, menos chato.
Dragon Tale Fantasy tenta então recriar, embora de forma muito simplificada, jogos como Brunilda ou Wanderers, mas sendo desenvolvido em Basic, as limitações desta linguagem fazem-se notar e assumem-se como preponderantes, retirando uma boa parte do interesse da aventura. Sem dúvida que o trabalho feito pelo programador é espantoso, e já agora revela grande coragem, pois criar um jogo com estas características em Basic é algo de extraordinário. No entanto, teremos que ser honestos e pensar também no jogo, enquanto divertimento, além da própria técnica envolvida na criação do mesmo, e nesse aspecto, a coisa já resvala para a mediania.
De qualquer forma, e mesmo tendo em conta todas as lacunas apontadas, Dragon tale Fantasy consegue manter a chama até ao fim, convidando-nos a cumprir com a missão, não obstante a má sorte que frequentemente acompanha a nossa personagem, poder levar a alguma frustração.
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