Nome: Dark Transit: Kappa Strikes Back
Editora: NA
Autor: Sasa Bjedovic
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Depois do surpreendente Dark Transit, o primeiro jogo de Sasa Bjedovic, este programador regressou com a sequela. O jogo tem agora um formato mais padronizado, no entanto, não deixando o autor de lhe dar o seu cunho pessoal. E é mesmo isto que pro vezes sentimos falta, não é necessário ser um exímio programador, tão ou mais importante é perceber aquilo que torna um jogo divertido, ajustar o nível de dificuldade, não esquecendo que se vai encontrar jogadores com mais e menos habilidade (e tempo para jogar), e, se possível, incorporar elementos que de alguma forma sejam inovadores e que rompam com o que está instituído. E em jogos de plataformas / acção, como é aqui o caso, mais importante se torna.
Dark Transit II (chamemos-lhe assim), tem isso tudo. É divertido? Sem dúvida, não sendo um jogo muito longo, consegue captar a nossa atenção até se chegar ao fim. Tem o nível de dificuldade ajustado? Sim, não sendo muito difícil, as três vidas iniciais são suficientes para se completar a missão, depois de se ganhar alguma experiência. Preferimos mil vezes um jogo com um nível de dificuldade médio e poucas vidas, do que um jogo com muitas vidas e um nível de dificuldade extremo. E por fim, é de algum modo é inovador? Também, pois ao incluir inimigos que são eliminados de diferentes maneiras, e objectos que podem ser utilizados para desbloquear o caminho, consegue-se dar um aspecto diferente ao jogo.
Outro aspecto muito cuidado em Dark Transit II é a sua apresentação. Assim, o programador inclui a história e as instruções junto com os ficheiros do jogo (versão 128K com música que já antes ouvíramos noutros jogos, versão 48K sem música, mas remetendo para a banda sonora que de resto tanto gostámos aquando do primeiro episódio). Basta olhar para o ecrã acima para se perceber isso.
Assim, após Kappa 33975 (o número que se pode ver no ecrã de carregamento) regressar a Proxima 1a, informou a ISS que os alienígenas destruíram e mataram todos os Kappa no posto de mineração 353 em Proxima 3b (ver a história do primeiro episódio). Mas mais uma vez recusaram-se a acreditar em Kappa. Não obstante, ele tem fortes evidências daquilo que diz: o corpo de um alienígena.
A ISS queria certificar-se disso rapidamente e enviou a nave mais próximo para a base. Esperava-se que a viagem demorasse 47 dias terrestres. Mas poucos dias depois, Kappa 33975 recebe um SOS de um dos postos de mineração em Proxima 2b, pois um ataque alienígena estava muito perto da base e junto a Dark Transit. Cabe a Kappa 33975 voltar a resolver o problema, só que desta vez devidamente preparado, isto é, armado e perigoso...
É neste ambiente futurista que se desenrola este agradável jogo. Se experimentaram o primeiro episódio, decerto recordar-se-ão que a missão era bastante relaxante (a música também o ajudava). O mesmo se passa com este segundo episódio, mesmo tendo inúmeros inimigos e, em alguns caso, ter que entrar a matar nos novos ecrãs, isto é, disparar logo para tudo o que se mexa. Mas existem sempre pontos seguros onde podemos parar para descansar e recarregar energias. É mais um ponto positivo, pois contribui para criar uma sensação de bem-estar. Não sabemos sequer bem explicar, mas o facto é que o jogo tem um efeito calmante.
Referimos logo de início às diferentes formas de eliminar os inimigos. Estes são de vários tipos, e enquanto uns morrem com um disparo da nossa arma, outros são imunes a ela e necessitam uma forma mais engenhosa de serem colocados fora do mapa. Alguns ecrãs têm um vagão de esmagamento ("crushing cart", no original), que pode ser movido contra os inimigos e desta forma eliminar os drones verticais. Por outro lado, os nativos do planeta onde nos encontramos também são insensíveis ao disparo da nossa arma, e apenas podem ser abatidos com o drone de guarda que gira à nossa volta. Mas esse, por vezes deixa de funcionar quando entra em contacto com um alienígena (eliminando-o), pelo que convém que seja poupado apenas para quando necessário e em tudo o resto utilizar-se a arma, pois essa tem munições ilimitadas.
Os próprios cenários são um pouco labirínticos, e entre lava e outros obstáculos que matam ao contacto, sendo-nos exigido destreza a movimentar Kappa, existem portas de acesso que necessitam de um cartão para serem abertas, e paredes que necessitam de ser desobstruídas. Para isso utiliza-se os objectos que temos em nosso poder, de uma maneira estranha, diga-se. Carregando na tecla "1" podemos seleccionar o objecto que queremos usar, esse cai então à nossa frente. Apanha-se o objecto, e eis que surte efeito, desbloqueando as portas ou os obstáculos. Talvez neste aspecto existisse uma forma mais funcional de fazer a coisa, evitando esta tecla adicional e a consequente pausa, sempre complicado quando temos um inimigo a aproximar-se, mas é apenas um pormenor.
Assim, Sasa consegue transformar aquilo que poderia ser um banal jogo de plataformas / acção, num desafio competente e divertido, com gráficos que não são um espanto, mas que os cenários bem imaginados disfarçam. Mas acima de tudo com uma jogabilidade bastante acima da média. Nota-se assim uma excelente evolução deste programador, que promete trazer-nos muitas alegrias no futuro.
Hey Andre It's me Goliat I just released Astro Phobos
ResponderEliminarhttps://goliat.itch.io/atro-phobos-zx-spectrum-48kb128kb
TY...Enjoy...
Thanks :)
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