Nome: Dark Transit
Editora: NA
Autor: Sasa Bjedovic
Ano de lançamento: 2021
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Ora aqui está uma boa surpresa. Isto porque quando pegámos neste jogo, vamos ser sinceros, parecia-nos que íamos estar perante uma estopada injogável, com som e gráficos minimalistas, com um sistema de controlo no mínimo estranho, sem inimigos aparentemente à volta, e ainda por cima criado num motor obsoleto, que poucos jogos nos trouxe, e nenhum deles memorável: 2D Game Maker. Enganámo-nos em quase tudo, como vamos ver.
Comecemos pela música... É bem verdade que o som é minimalista, certamente por limitações do motor em que foi desenvolvido. Mas o seu autor compensa-nos, dando o link para a trilha musical que inspirou este jogo. Assim, enquanto vamos jogando, deveremos colocar a rodar a música de Steven Prince, que fez inúmeras bandas sonoras, nomeadamente a de "Gravity". E que música fenomenal, altamente atmosférica, criando o ambiente perfeito para o jogo (e para esta review - estamos com ela a rodar). Está certo, não faz parte propriamente do programa e, portanto, não irá influenciar a avaliação do som, mas a ideia está excelente e faz toda a diferença jogar com e sem música. Não acreditam? Escutem aqui...
A história de Dark Transit está de acordo com a banda sonora. Melancólica, futurista, um pouco sinistra, até. A acção desenrola-se no ano de 2173, quando a Humanidade se expande para além do sistema solar e descobre como viajar entre as estrelas utilizando os motores de plasma. É agora possível alcançar o sistema mais próximo, Proxima Centauri, num período "relativamente" curto. No entanto, demasiado longo para os parâmetros humanos, pelo que são enviados ciborgues geneticamente modificados, metade humanos, metade máquinas. São os Kappas, tal como os monstros do folclore japonês, e têm dupla personalidade, uma mais racional, outra mais emocional, levando-os a executarem as suas tarefas de forma mais eficaz. Estas são basicamente a mineração das estrelas. Mas recentemente perdeu-se o contacto com alguns postos de mineração, existindo rumores de que possivelmente foram atacados por ovnis. No entanto, como até agora não existiram contactos com outras raças, a Agência Espacial Internacional (ISS) lança as culpas sobre os Kappas.
Estávamos nesta situação, Kappa 33975 executava o seu trabalho diário na plataforma de mineração, quando recebe um SOS do posto 353. A mensagem apenas dizia: Estamos a ser atacados. Cabe a Kapa 33975 investigar o que se passa.
Assumindo o papel de Kappa 33975, pousamos então no posto de mineração e o primeiro problema a resolver é o da movimentação. Apesar de não haver inimigos por perto e tudo parecer meio abandonado, existem obstáculos que parecem intransponíveis. Felizmente que estamos munidos de um jetpac, e percebemos finalmente a razão para o jogo nos ter parecido injogável inicialmente. O sistema tem um truque. Assim, para se conseguir usar o jetpac, há que dar um salto e logo de seguida carregar na tecla para cima. Isso mantém Kappa estável, como se estivesse a pairar. A partir dai, sem nunca largar a tecla para cima, deslocamos o nosso personagem. Mas o jetpac não tem um propulsor potente e para se conseguir ir até pontos mais acima, tem que em primeiro lugar encontrar-se uma base estável para Kappa dar o salto, movimentando-o depois para alguma plataforma que esteja a esse nível, permitindo-lhe então dar outro salto e subir mais um pouco. E assim por diante até se conseguir alcançar o ponto desejado. Ao início parece estranho, mas rapidamente se apanha o jeito, sendo necessária alguma perícia para se ultrapassar os obstáculos mais estreitos.
Depois de resolvido o problema da movimentação, rapidamente nos apercebemos que estamos num mundo labiríntico, sendo necessário desbravar caminho. Partes do cenário estão bloqueados e para se poder avançar é necessário ir recolhendo os objectos que vamos encontrando. Brocas para furar paredes, TNT e outros explosivos, chaves, todos têm uma utilidade muito específica ao longo do jogo e que rapidamente nos apercebemos para que servem. Aliás, quando chegamos a aparentes becos sem saída, normalmente existe um obstáculo que tem que ser removido com um dos objectos recolhidos.
Já referimos, não existem inimigos móveis à vista, mas isso não impede que o caminho seja muito perigoso. Obstáculos naturais, como lava, ou menos naturais, como discos voadores, felizmente estáticos, impedem a movimentação livre de Kappa, que tem que os ir contornando, um pouco aos solavancos, isto é, saltando de plataforma para plataforma, passando por vezes em pontos tão estreitos que é difícil encontrar o ponto exacto de passagem. É necessária muita habilidade para se conseguir chegar ao fim.
Surpreendentemente, este é o primeiro trabalho de Sasa Bjedovic, Aka Goliat, que parece já dominar a ferramenta há muito tempo. Talvez porque tenhamos sempre jogado com a banda sonora a tocar, não a parámos sequer para escrever a review, o jogo de alguma forma foi "enriquecido", tornando-se uma experiência sensorial bastante recomendável. Experimentem-no. Mas com música. Provavelmente vão entender o sentimento que tivémos com este Dark Transit.
Obrigado por sua avaliação profissional e honesta do meu joguinho Andre, estou muito satisfeito que vocês e muitos outros fãs de Speccy tenham gostado de jogar Dark Transit, pois isso me dará mais chance de trabalhar em Dark Transit 2 !!!
ResponderEliminarGame Author:Sasa Bjedovic
you welcome :)
EliminarHey Andre you might be interested Dark Transit II just get released
ResponderEliminarLink:
https://goliat.itch.io/dark-transit-ii
WOW! Great :)
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