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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Astro Phobos


Nome: Astro Phobos
Editora: NA
Autor: Sasa Bjedovic
Ano de lançamento: 2021
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Sasa Bjedovic tomou-lhe o gosto e agora lança jogos ao ritmo de um por mês. E sempre bastante interessantes e com algo que os distingue da concorrência, embora Astro Phobos, o terceiro episódio da série Dark Transit, ser aquele que se aproxima mais dos habituais jogos de plataformas. No entanto, a surpresa está reservada para o penúltimo nível, quando somos colocados perante um dilema moral que nos vai deixar a pensar durante algum tempo (não vamos revelar o desafio, muito menos indicar qual a melhor forma de o resolver). 

Assim, quem experimentou Dark Transit e Dark Transit 2, ficará feliz por saber que neste novo jogo ainda permanecemos no mesmo universo. Na realidade, os eventos em Astro Phobos aconteceram algumas semanas antes dos eventos de Dark Transit.  Se bem se lembram, os alienígenas colocaram na colónia mineira as criaturas horripilantes que atacaram e mataram a maioria dos Kappas, e que tivémos que defrontar nesses primeiros episódios.

Entretanto, no papel de AkA-Hal, terminámos o nosso turno, quando ocorreu um incidente muito grave, cabendo a nós a missão de salvar os os outros Kappas, ao mesmo tempo recolhendo o máximo de tesouros possíveis. Além disso, temos que localizar o nosso amigo "Ash" / Kappa 120 A / 2, e salvá-lo. Ou será que não?

O objectivo (ou melhor, objectivos, pois são vários, independentes uns dos outros) é então salvar os outros Kappas, encontrar e salvar o "Ash", apanhar os diamantes e dinheiro, e matar o máximo de criaturas possível. No final, temos que encontrar a saída e arrancar na nave especial para bem longe de Dark Transit. Isto se resolvermos satisfatoriamente o nosso dilema moral (estamos a aguçar a vossa curiosidade?). Na prática, o jogo tem dois finais, concedendo um mais pontos que o outro. E por falar em pontos, o programador até avançou com uma pequena competição, convidando os jogadores a mostrarem a sua pontuação. Os melhores terão direito a ver o seu nome aparecer na tabela de recordes deste jogo, numa versão que será enviada por Sasa, e, quem sabe, em jogos futuros.

Graficamente, Astro Phobos tem muitas semelhanças com o episódio anterior, assim como na própria mecânica. No primeiro episódio, estávamos perante um exercício puro de habilidade, com laivos de aventura (era fundamental dar bom uso aos objectos que recolhíamos). No segundo, importante era encontrar a forma de eliminar os alienígenas, pois cada um tinha uma diferente forma de se matar. Neste novo episódio, é tudo muito mais directo, só existe uma forma de eliminar os inimigos, usando o "vagão de esmagamento". O próprio caminho é sempre a direito, embora em alguns ecrãs existam pequenos quebra-cabeças para serem resolvidos, nomeadamente através das alavancas que abrem e fecham as portas de acesso. 

No fundo, Astro Phobos é o mais simples do três episódios, e talvez aquele que se termina mais rapidamente. O nível de dificuldade não é muito elevado, embora o facto do nosso Kappa não poder saltar, complica a vida em alguns ecrãs, em especial quando temos que apanhar as plataformas móveis. O timing correcto para as apanharmos é fulcral, doutra forma acabamos escaldados na lava ou com um passaroco em cima.

Assim, não sendo um jogo que traga algo de inovador, pelo menos nada que não tenha aparecido nos outros episódios, os cenários agradáveis, a excelente jogabilidade, e uma música que fica no ouvido, fazem com que estejamos perante um divertimento capaz de agradar a Gregos e Troianos. É o desafio ideal para quem quer passar uns momentos de relaxamento.

Entretanto, e tendo sido a nossa pontuação uma das melhores, recebemos por parte do programador o devido prémio, a quem desde já agradecemos.

 

Acabamos com o belíssimo (e terrorífico) poema que inspira este jogo. Da autoria de H. P. Lovecraft, como era previsível...

Now I know t
he fiendish fable
That the golden glitter bore
Now I shun the spangled sable
That I watch’d and lov’d before
But the horror, set and stable
Haunts my soul for evermore

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