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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Escape from Freakonia


Nome: Escape from Freakonia
Editora: NA
Autor: KrappyGamez
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Por vezes acontece-nos isto: estamos quase a desistir de um jogo, tal o nível de dificuldade. Colocamo-lo de lado várias vezes e pensamos que não lhe vamos voltar, tal a frustração com que ficamos. Irritamo-nos, vociferamos, damos murros na mesa. Mas no fim vamos sempre fazer mais uma tentativa. E em boa hora o fizemos, pois por trás da capa de um vulgar jogo, reside um dos melhores desafios do ano. Curiosamente até nos fez lembrar um jogo português, Nave, mas também o mítico Equinox, e até Cibernoid, jogos que se encontram no nosso Top 50, e isto diz tudo da qualidade de Escape from Freakonia. E vamos ser sinceros, nada nos dava a entender que depois de Yet Another Krappy Platformer e Retrobloc, KrappyGamez tirava da cartola um Mega Jogo.

O objectivo é extremamente simples, apenas escaparmos do planeta Freakonia (já conseguir atingi-lo, a história é outra). Conseguimos roubar uma pequena nave e temos agora que alcançar o foguetão, para conseguirmos fugir à gravidade do planeta. A nave inicial é apenas um paliativo, pois não tem praticamente defesas, vem desarmada, e ainda por cima a inércia faz com que seja difícil manobrá-la. E como se fosse pouco, o planeta é habitado por milhares de inimigos e armadilhas mortais. Assim que destruímos um, logo outros surgem, levando a que a melhor estratégia seja mesmo não perder muito tempo em cada ecrã. E mesmo no nível mais fácil (existem dois níveis), a tarefa é quase sobre-humana...


Começamos então com uma caranguejola e a primeira tarefa é explorar tudo. O planeta é enorme e existem pontos onde apenas poderemos ir, depois de passarmos nas oficinas e fazermos alguns melhoramentos na nave (alguma oficinas permite restaurar a energia). A primeira das oficinas que encontramos é das mais importantes, pois permite-nos colocar o sistema de armamento da nave a funcionar. Sem ele não vamos longe. Aliás, sem ele não vamos longe nem perto, pois para se passar para outras áreas / silos, teremos que que passar por zonas intermédias (reconhecíveis através de um efeito a parecer scroll horizontal), nas quais temos limpar do caminho todos os inimigos. 

Além disso, para se conseguir aceder a posteriores melhoramentos, teremos que entrar numa sala, que se fecha, e onde teremos que defrontar um "big boss" num duelo de vida ou de morte. Caso sobrevivamos, teremos então direito a apanhar na oficina mais próxima qualquer coisa de útil para a nave, sejam novas armas, mais rapidez, mais defesas, ou até terminar com o efeito de inércia da nave. Seja ele qual for, vai permitir-nos ir a novos pontos do planeta que antes nos estavam vedados.

Por falar em "big bosses", quem quiser treinar esta vertente, no menu inicial pode escolher a opção do "boss challenge". Tem assim a oportunidade de entrar em duelo com cada um dos chefões, quem sabe ficando melhor preparado para aquilo que vai encontrar durante o jogo.
    

É também necessário estar com muita atenção aos detalhes do cenário. Existem portas secretas que permitem atalhar para outras zonas do planeta. Algumas são óbvias, mas outras só à força do tiro as descobrimos. Assim, dedo leve no gatilho é necessário, não só vamos eliminando os inimigos ou as baterias de armas que se encontram fixas no cenário, mas também permite descobrir acessos a novas áreas. Se parecer que estamos num beco sem saída, a solução é fácil: há que encontrar a porta secreta.

Convém ainda seguir os avisos que se encontram afixados em alguns pontos do planeta. Um deles indica uma zona em obras na qual não se deve passar. Obviamente que irão passar por ela, mas não se equeçam que a curiosidade matou o gato, neste caso, o astronauta...

Escape from Freakonia é assim divertimento para muitas e muitas horas. Primeiro que tudo há que tentar fazer um mapa, doutra forma vamos andar perdidos de um lado para outro. Depois, tentar rapidamente obter os melhoramentos para a nave. Finalmente, após esta estar devidamente equipada, a missão torna-se bem mais fácil e é um delírio ver os inimigos a perecerem ao sabor das nossas balas. Como ponto menor, apenas o scroll, que poderia ser um pouco mais fluído. De qualquer forma é um jogo muito original e com um sabor "old school", a fazer crescer em nós uma imensa nostalgia.

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